
Assistir este filme deveria ser obrigatório para todos os pais de jovens adolescentes. Vou mais longe ainda, as escolas deveriam passar esse filme e, logo após, promover um debate. Com o advento da internet, pais, filhos e educadores, na verdade, não sabem muito bem os limites que devem impor aos seus jovens. A internet é um portal para qualquer canto do mundo, mas também é a porta de entrada para a criminalidade, no caso do filme a pedofilia é o pano de fundo, bem como a erotização precoce em várias campanhas publicitárias. O filme serve como um alerta para muitas pessoas. Ele é ótimo!
Na trama, os pais superprotetores não conseguem impedir que a filha Annie, de 14 anos, seja vítima de estupro por um cara (Charlie) que conheceu em um chat na web. Enquanto a filha acha que não foi violentada, já que Charlie a tratava com tanto carinho (temos aqui a Síndrome de Estocolmo), o pai se torna obcecado em vingança, criando fantasias sobre isso que, ao mesmo tempo, o vai afastando da própria filha e abalando a estrutura familiar.
Não sei sobre o primeiro (Maratona do Amor), mas este é o segundo filme dirigido por David Schwimmer (ex-Friends Ross), e sua direção foi perfeita: firme e sensível.
Atuação perfeita, forte e segura de Clive Owen que faz o pai (Will) que entra em um olho de furacão quando a sua filha sofre o estupro. Annie (Liana Liberato) típica adolescente sonhadora, rebelde, mas de autoestima baixa, vê sua vida mudar de uma hora para outra, mas ao mesmo tempo ela tem a noção de que a vida deve continuar. Mas como se parece que tudo a faz relembrar do que aconteceu? Mas como se parece que apenas Charlie realmente se importava com ela? É um mundo novo, que a família está tentando superar.
O filme é de arrepiar. Bem feito, bem produzido, bem atuado. “Confiar” apenas narra uma história sem julgar ninguém e essa história pode estar acontecendo agora mesmo, em sua casa...
Nota: 9
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Confiar (Trust)
Diretor: David Schwimmer
Atores: Clive Owen, Catherine Keener, Liana Liberato
2011, drama
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