Eva mora sozinha e teve sua casa e carro pintados de vermelho. Maltratada nas ruas, ela tenta recomeçar a vida com um novo emprego e vive temerosa, evitando as pessoas. O motivo desta situação vem de seu passado, da época em que era casada com Franklin, com quem teve dois filhos, Kevin e Lucy. Seu relacionamento com o primogênito, Kevin, sempre foi complicado, desde quando ele era bebê. Com o tempo a situação foi se agravando, mas, mesmo conhecendo o filho muito bem, Eva jamais imaginaria do que ele seria capaz de fazer.
Há 4 anos que uma amiga emprestou esse livro dizendo que era bom. Há 4 anos que eu tento sair da página 125 e não consigo. Acho chato e a leitura não flui. Aí veio o filme e pensei: Será que é como o livro? Então será uma droga... Mesmo assim tomei coragem e assisti. E sabe de uma coisa? Gostei.
O filme começa no presente e logo de cara nos deparamos com Eva Khatchadouria, uma mulher atormentada, amargurada e hostilizada pelas pessoas da cidade onde mora. O que aconteceu com ela? O filme vai e volta e assim nós tomamos conhecimento das coisas que ocorreram com a família daquela mulher.
Eva foi casada com Franklin (John C. Reilly) e teve 2 filhos: Kevin (na verdade, fruto de uma gravidez não desejada) e Celia. Seu relacionamento com o filho (e esse é o fio condutor do filme), desde o início, foi feito de amor, medo, rancor e muito, muito ódio. Após tantos desentendimentos, dissimulações, era evidente que o final seria trágico e perturbador: aos 16 anos ele entra no colégio em que estuda e promove uma chacina. Mas o que nos faz realmente pensar é: Kevin é o resultado das atitudes da mãe ou ele realmente nasceu psicopata?
Eu poderia dizer que Tilda Swinton está perfeita como Eva (e está!), mas essa atriz me incomoda muito... Para mim ela faz muito bem esses papéis de “furacão interno atormentado” porque ela tem internamente um furacão atormentado. Ela tem uma expressão tão vazia, tão branca, tão nada que realmente, a mim, me incomoda bastante. Ela me dá aflição ! #prontofalei
Porém, tenho que aplaudir de pé a interpretação incrível de Rock Duer, Jasper Newell e Ezra Miller, que fizeram um Kevin bem criança, criança e adolescente, respectivamente, de maneira espetacular. Atuação de tirar o chapéu.
O filme é pulsante, instigante, denso e tenso. Vale a pena assistir e, principalmente, trocar idéias a respeito. Não sei se conseguirei ler o livro todo, mas depois do filme, confesso que a curiosidade falou mais alto e uma nova tentativa de leitura será feita.
Nota: 7
____________________
Precisamos Falar Sobre o Kevin (We Need To Talk About Kevin)
Diretor: Lynne Ramsay
Atores: Tilda Swinton, Ezra Miller, John C. Reilly, Siobhan Fallon
2011, drama - suspense
sábado, 25 de fevereiro de 2012
Precisamos Falar Sobre o Kevin (We Need To Talk About Kevin)
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário