William, 17 anos, solitário, passa o tempo na Internet e abre um fórum de discussão para os adolescentes da cidade. Juntam-se a ele Eva, Emily, Mo e Jim, e todos falam sobre os pais, os supostos amigos, o que os perturba, os traumas que têm. William, muito atento, aconselha-os e incita-os a libertarem-se dos seus problemas através da ação… Ninguém sabe que, na vida real, William é um adolescente perturbado e que está determinado a influenciar o grupo no seu Chatroom “para a vida – para a morte”…
Este filme é baseado na peça homônima do dramaturgo irlandês Enda Walsh. De maneira original ele nos mostra a realidade adolescente no mundo virtual. O que deveria ficar apenas no virtual ganha proporções mega preocupantes no mundo real.
Neste longa, William é um jovem cheio de problemas que, virtualmente, assume uma postura doce e amigável, mas que na verdade é um vilão que manipula um grupo de adolescentes através da internet. No mundo real ninguém se conhece, mas todos freqüentam a mesma sala de bate-papo chamada “Chelsea Teens!”
A fragilidade da relação entre pais e filhos é um ponto a ser observado. Essa relação nunca foi 100% e com o advento da internet a mãe se transformou em Youtube, o pai em Google e os irmãos são os sites de relacionamento. Nada é verdadeiro dentro do mundo virtual. Todos querem ser o que não são, com medo de deixar que os outros os conheçam como realmente são. É o irreal que se torna realidade ou é a realidade que ganha corpo no virtual?
Mas não se engane. A história é interessante, o modo com que o diretor Nakata apresenta esse thriller psicológico também é legal, mas o filme é enfadonho e chato pra caramba. É uma pena, já que é sempre bom alertar os jovens e aos nem tão jovens, o perigo que se esconde atrás da internet. Ela usada de maneira apropriada é o portal das maravilhas existentes no mundo, mas usada a serviço do mau é ainda mais perigosa. Exemplos disso não nos faltam...
“Através da comunicação virtual, a Internet amplifica de forma espectacular as emoções negativas: a ansiedade, o medo, a vontade, o ódio e a raiva. Chega a acontecer algumas pessoas suicidarem-se ou tentarem matar outros inocentes”. – disse Hideo Nakata
Realmente a internet não é para os fracos e está muito longe de ser uma brincadeira.
Nota: 5
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Chatroom (Chatroom)
Diretor: Hideo Nakata
Atores: Aaron Johnson, Imogen Poots, Hannah Murray
2010, drama – suspense
domingo, 3 de junho de 2012
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