Eis um herói pelo qual possuo um carinho afetivo (além de Thor, é claro). Batman remete a minha infância, quando assistia a série cult televisiva, estrelada por Adam West e Burt Ward.
Vi todos os filmes de Batman, estrelado pelos mais diversos atores, mas é inegável que Christian Bale fez um trabalho impecável. Trouxe o herói, cheio de traumas, angústias e ironia para os dias de hoje. Ou seja, é real. Ele pode até existir.
Assim, não só, mas também devido a atuação de Bale, Batman Begins superou as expectativas, pelo manos as minhas, e foi sucesso. Depois veio Batman – O Cavaleiro das Trevas absolutamente arrasador e intenso, trazendo aquele que, inegavelmente, está no altar dos melhores vilões do cinema: Coringa, com a performance precisa e marcante de Heath Ledger.
O que esperar do último filme da trilogia dos irmãos Nolan? Essa era a pergunta que não se calava, até hoje.
Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge tem 164 minutos de ação sufocante, intensa, demolidora. Ou seja, foi incrível !
Nesse longa encontramos um Bruce Wayne deprimido, sem animo para nada, completamente recluso em sua casa. O que o salva é, de certa maneira, a curiosidade e certo encantamento pela Mulher-Gato/Selina, que Anne Hathaway imprimiu sensualidade, ironia e agilidade a gatuna. Essa curiosidade o leva a outro vilão Bane (Tom Hardy), que já no visual imprime um certo medo e respeito.
Enfim, vida de herói não é fácil e mesmo deprê, Bruce teve que sair da toca, vestir a roupa (“máscara não é para se proteger, mas para proteger aqueles a quem você ama”, frase que nosso herói não se cansa de repetir ao longo do filme) e ir à luta para salvar Gotham City e seu povo. Tudo isso com pitadas de frases de autoajuda, de ironia e de reflexão.
Também temos vários novos personagens (como Miranda Tate e o policial John Blake, por exemplo) e alguns velhos conhecidos (Alfred, comissário Gordon e Sr. Fox), que fazem uma participação especial e não serei eu que falarei aqui. Aliás, não entrarei em nenhum detalhe sobre o filme em si, para não estragar as surpresas, que são muitas.
O fato é que este filme é imperdível e fecha uma trilogia que entrará na lista dos Top de qualquer crítico ou fã, tal qual Poderoso Chefão, por exemplo.
Nota: 9
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Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge (The Dark Knight Rises)
Diretor: Christopher Nolan
Atores: Christian Bale, Gary Oldman, Tom Hardy, Joseph Gordon-Levitt, Anne Hathaway, Marion Cotillard, Morgan Freeman, Michael Caine
2012, ação
domingo, 29 de julho de 2012
Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge (The Dark Knight Rises)
domingo, 22 de julho de 2012
Sherlock Holmes - O Jogo de Sombras (Sherlock Holmes - The Game of Shadows)
Cínico, irônico, louco, inteligente, egocêntrico, alucinado e alucinante, este é Sherlock Holmes na excelente interpretação de Robert Downey Jr.
Com ação do início ao fim, neste longa não temos tanta descarga sexual entre Holmes e Watson (Jude Law) como tivemos no primeiro, mas os laços de amizade irrestrita estão lá, bem como o ciúmes de Holmes. Também temos a presença de Mycroft (Stephen Fry), o irmão mais velho de Holmes (a excentricidade é de família).
Este segundo filme é empolgante e eletrizante. As cenas da fuga na floresta, filmada com câmeras especiais que nos mostram a verdadeira potência dos tiros, nos deixam acelerados; e os slow motions que traduzem os pensamentos de Holmes continuam, como no primeiro longa. A cena do jogo de xadrez é o cenário perfeito para o embate final entre Holmes e o professor Moriarty (Jared Harris). Entrar no cérebro desses dois homens é um dos pontos altos da história.
Enfim, Sherlock Holmes 2 é imperdível.
Nota: 9
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Sherlock Holmes - O Jogo de Sombras (Sherlock Holmes - The Game of Shadows)
Diretor: Guy Ritchie
Atores: Robert Downey Jr., Jude Law, Jared Harris, Kelly Reilly e Stephen Fry
2011, ação – Aventura
domingo, 15 de julho de 2012
A Era do Gelo 4 (Ice Age: Continental Drift)
Esse filme é a prova de que A Era do Gelo já deu o que tinha que dar, e isso desde o terceiro filme.
O filme começa com o esquilo Scrat (sempre ele !) tentando enterrar uma noz no gelo e eis que... Ele se torna responsável pelos deslocamentos continentais. tsc tsc tsc Com isso, Sid, Manny e Diego acabam se separando da família e de todo o bando, e vão para alto mar. Além das intempéries climáticas, eles tem que enfrentar um bando de piratas toscos, liderados pelo Capitão Entranha, uma espécie de gorila.
Mais uma vez o mote principal do filme é a amizade, a lealdade, a família e a necessidade que sentimentos de pertencer a um grupo. Acho muito bom que se bata sempre nessa tecla, afinal de contas o público alvo é, de fato, o infantil e essas qualidades devem ser sempre admiradas e ressaltadas.
O fato é que a história do filme, ao contrário das ondas que Manny e seus amigos enfrentaram, foi uma obviedade chata e entediante. Quando conhecemos a família de Sid, cheguei a pensar que o filme seguiria um caminho interessante, mas não ocorreu.
Mesmo assim a criançada vai curtir porque, para elas, o que interessa é rever os três amigos e, claro, o sempre hilário Scrat.
Nota: 7
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A Era do Gelo 4 (Ice Age: Continental Drift)
Diretor: Steve Martino, Mike Thurmeier
Vozes: Ray Romano, Denis Leary, John Leguizamo, Peter Dinklage, Queen Latifah
2012, animação – infantil
sábado, 7 de julho de 2012
Homens e Deuses (Des Hommes et des Dieux)

O filme, vencedor do Grande Prêmio do Júri do Festival de Cannes 2010, conta o ocorrido no mosteiro trapista situado em Tibhirine, na Argélia, quando da guerra civil no país. Os monges católicos viviam harmoniosamente com a população mulçumana local até que em 1996 um grupo de extremistas islâmicos, da facção Jamaat Islamyya captura 7 dos 9 monges e os matam. Uma história meio mal explicada, segundo alguns.
O filme é a cara do que eu penso que é um mosteiro: reflexivo, quase silencioso, pacífico e tranqüilo demais. Orações e cânticos complementam esse quase convite para dormir, aonde quer que você o esteja vendo.
O longa, basicamente, gira entorno do conflito entre ficar e acabar se tornando um mártir, já que a invasão dos terroristas é inevitável ou partir, um de cada vez (aqueles que querem ir), e deixar para trás tudo e todos… “O amor suporta tudo”, disse irmão Christian. O início do filme deixa bem claro que as provações são bem duras quando transcreve um trecho do salmo 81: “Eu vos digo: vocês são deuses... Entretanto, vão morrer como os homens.”.
As atuações foram perfeitas. Adorei Charles Herin que fez Amédée, um simpático monge, velhinho e cheio de sabedoria: no falar e no olhar. E como eles falavam pelo olhar e pelos gestos.
Uma cena, para mim, foi brilhante a da última ceia (na verdade eles não sabiam que seria a última ceia de muitos ali) dos nove monges, regada com 2 garrafas de vinho e ao som do “O Lago dos Cisnes”, de Tchaikovsky. O diretor fecha em close cada monge, principalmente no olhar de cada um. Foi uma cena de arrepiar! Brilhante !
A história é interessante, embora o diretor tenha preferido fazer um filme mais contido e lento e, por isso, eu não gostei. Devagar demais para o meu gosto e minha paciência. Isso, porém, não significa que não tenha admirado o desprendimento daqueles monges que, em nome da fé e pela fé, entregaram suas vidas. Isso é amor ao próximo e ao Pai. Não tenho dúvidas sobre isso.
Nota: 5
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Homens e Deuses (Des Hommes et des Dieux)
Diretor: Xavier Beauvois
Atores: Lambert Wilson, Michael Lonsdale, Olivier Rabourdin, Philippe Laudenbach
2011, drama