
É sabido por todos que a rotina mata qualquer relacionamento e o excesso de fantasia também acaba proporcionando um turbilhão de imagens que bem podem ser questionadas.
Catherine começou a fantasiar (ou não) sem motivos (ou com muitos) que o marido estava tendo um caso e em um momento total de muita coragem (e precisa ter muita) contrata uma linda garota de programa para testar o marido. Agora eu pergunto: ela está ou não procurando sarna para se coçar?
Durante o filme, mulher que sou, já vou logo pichando o maridão, já que, "tadinha da esposa", ela não tem o carinho do marido, o carinho do filho. Ambos mergulhados em seus problemas e em seus mundinhos.
Aí Chloe se aproveita da fragilidade de Catharine, que por um momento, tem os seus sentimentos embaçados, confusos em relação a garota de programa. Mas e os sentimentos de Chloe? Pois é, ela também os têm e isso é um problema já que bate de frente com o tipo do trabalho dela: "sou o que você quer que eu seja".
O filme é bom, faz você pensar que, muitas vezes, a ignorância é uma bênção. Mas o que realmente acontece é que não dá para levar uma vida em comum, saudável, desta maneira. Muitos até conseguem levar, mas até que ponto vale a pena vivermos de aparência em detrimento do nosso bem estar?
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O preço da traição (Chloe)
Diretor: Atom Egoyan
Atores: Julianne Moore, Liam Neeson, Amanda Seyfried
2010, drama e suspense
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