
Lá fui eu ao cinema, meio sem grandes expectativas, afinal de contas quem não sabe da história de Robin Hood, que roubava dos ricos para dar aos pobres, e que era leal ao bondoso e justo rei Ricardo Coração de Leão?! Pois é, quebrei a cara!
Esse filme, com 2h30 de duração (e sem necessidade de ser tão longo, diga-se de passagem), nos mostra um Robin como um simples arqueiro e não como um nobre; um Rei Ricardo não muito justo e nem um pouco bondoso, mas pelo menos o rei João não mudou: continua sendo um bom filho, se é que você me entende... A Marion aqui é casada e eu aprendi que ela era solteira e que o rei João queria porque queria casar com ela.
Esse novo ponto de vista me causou uma certa decepção, não vou negar, até porque saí do cinema com aquela pergunta: E aí? Quando o Robin acabar com o rei João, quem irá substituí-lo, já que o irmão morreu?
O filme também foi uma mistura sugestiva de outros filmes. A cena do desembarque dos franceses lembra o "Dia D" do "O Resgate do Soldado Ryan”. Em um determinado momento Robin se agacha e toca na terra. Tive que falar: Se ele pegar um pouco de terra e esfregar as mãos, é a reencarnação do "Gladiador".
O fato é que o filme é a cara do diretor, e mesmo a história sendo uma lenda e que de fato nunca houve um Robin Hood, o mito dele é imbatível e, por isso, acredito que essas mudanças não serão bem recebidas pela maioria dos espectadores. Eu não gostei e assim, peço com carinho: Não mexam nos meus heróis!
____________________
Robin Hood (Robin Hood)
Diretor: Ridley Scott
Atores: Russell Crowe, Cate Blanchett, Max Von Sydow
2010, aventura
Sem comentários:
Enviar um comentário