
O filme, uma coprodução Brasil e Espanha e dirigida pelo brasileiro Andrucha, mostra o início da carreira de um dos maiores nomes do teatro espanhol, Lope de Veja.
O longa começa no final do século 16, na ocasião em que Lope retorna da guerra. Quando sua mãe morre, ele se endivida para fazer um belíssimo enterro e aí começa a escrever peças de teatro para sobreviver e poemas para amantes apaixonados, mas que não tem sensibilidade para escrever nada (meio Cyrano de Bergerac).
Lope também fez inimigos e colecionou mulheres com a mesma facilidade com que escrevia sua obras, mas nesse início de carreira o filme só nos apresenta duas amantes, o que já dão um bom trabalho para ele.
A atuação do argentino Alberto Ammann, como Lope, é forte, é voraz, é sensual, é brilhante. Também temos as participações rápidas e especiais de Sonia Braga e Selton Mello.
Miguel de Cervantes chamava Lope de “monstro da natureza”, por sua surpreendente capacidade de produzir obras. Lope morreu aos 79 anos e deixou 3 mil sonetos, 3 romances, 9 poemas épicos e cerca de 1.800 peças, sendo que umas 80 são consideradas trabalhos de excelência.
Ele não era fraco não, coisa que já não posso dizer do filme... Ele é interessante, mas fiquei com a sensação de ter bebido um chá morno: gostosinho, mas não saboroso.
Nota: 6
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Lope (Lope)
Diretor: Andrucha Waddington
Atores: Alberto Ammann, Pilar López de Ayala, Leonor Watling
2011, drama
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