
O filme usa o tema da moda (pelo menos era moda há alguns meses): experiência genética utilizando o DNA humano junto com o de vários animais. Claro que tal experiência não dá muito certo. Aliás, quando o homem cisma em imitar Deus (cientista tem muito disso), querendo inventar um ser humano, isso nunca acaba bem... Vide Frankenstein. O filme é classificado como terror, mas de terror não tem absolutamente nada. Nossas manchetes de jornais são muito mais aterrorizantes.
Quando os cientistas utilizam o DNA humano, nasce uma criatura meio dinossauro, meio ave, meio peixe, meio tudo isso junto e ao mesmo tempo. Com pés de avestruz, um rabo com um ferrão na ponta, careca, olhar expressivo e com um rostinho simpático e meiguinho, a gente até se sensibiliza com o... a..., bem, com Dren.
Mas na verdade a personagem principal mesmo é a Elsa, a cientista e “mãe” da criatura. Ela é quem direciona o filme. Ela é quem bateu o pé e quis fazer a experiência; é ela que protege Dren desde o início, mesmo correndo risco em relação ao seu futuro profissional e pessoal; ela é quem começa a perceber o distanciamento do lado “humano” e a chegada da revolta, o lado “animal” de Dren.
Não morri de amores pelo filme. Ele poderia ter sido mais bem explorado e melhor finalizado. O corre-corre do final foi uma confusão só e, claro, tinha que ter um link para uma provável continuação. Como disse Elsa em sua última frase: “O que pode acontecer de pior?” Para mim seria, exatamente, uma continuação, mas tudo bem, não sou obrigada a ver mesmo...
Nota: 5
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SPLICE - a nova espécie (Splice)
Diretor: Vincenzo Natali
Atores: Adrien Brody, Sarah Polley, Delphine Chanéac
2010, ficção - terror - suspense
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