segunda-feira, 23 de abril de 2012

Diário de um jornalista bêbado (The Rum Diary)

Paul Kemp é um jornalista itinerante, que cansa de Nova York e viaja para Porto Rico, para escrever para um jornal. Kemp começa o hábito de beber cachaça e fica obcecado pela bela Chenault, que está noiva de um colega jornalista.

Adooooro Johnny Depp, mas na boa, os primeiros 30/40 minutos desse filme foram um tédio só. Quase dormi. Passado esses minutos, parece que o filme entra nos trilhos e passa a ter um ritmo mais atraente e cativante.
O longa é baseado no livro de Hunter S. Thompson (1937-2005), um controverso escritor e jornalista americano, considerado pai do "jornalismo gonzo", quando quem relata os fatos também se mistura à narrativa. Assim, seus personagens funcionam como alteregos do proóprio autor.
O filme se passa anos 50, uma época em que os jornalistas tinham uma aura romântica e quixotesca. Kemp (Depp) sai de Nova York para trabalhar em um jornal local em Porto Rico, San Juan Star, para escrever bobagens como horóscopo (você não leva a sério horóscopo de jornal, leva?!) por exemplo. A redação é palco de loucos, entre eles o editor, Lotterman (jenkins), é um doido com mania de perseguição. Com os novos amigos, toma porres constantes. É nessa hora que acaba se envolvendo com o figuração da área, Sanderson (Eckhart), um especulador imobiliário, e com a sua namorada Chenault (Amber Heard).
O fato é que nenhum dos personagens parecem ser deste mundo. Parecem caídos em um mesmo local, mas não estão nem um pouco interessados em plantar vínculos, até nos detalhes: todos são americanos e ninguém sabe falar espanhol (e não estão nem aí para isso).
O filme parece um barco à deriva, em meio a grandes ondas. É um filme cheio de altos e baixos, com momentos até divertidos, mas como disse logo no início desse post: você terá que sobreviver aos primeiros 30/40 minutos. Se você aguentar...

Nota: 7

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Diário de um jornalista bêbado (The Rum Diary)
Diretor: Bruce Robinson
Atores: Johnny Depp, Aaron Eckhart, Michael Rispoli, Amber Heard
2012, comédia - drama

domingo, 15 de abril de 2012

Espelho, Espelho Meu (Mirror, Mirror)

Era uma vez uma bela princesa chamada Branca de Neve. Tudo ia bem até sua madrasta, a Rainha Má, assumir o controle do Reino Encantado. A Rainha Má precisa casar com o rico Príncipe para salvar seu reino que está indo à falência. Mas o Príncipe está apaixonado por Branca de Neve, e para conquistá-lo a Rainha expulsa Branca de Neve para floresta. Na floresta Branca de Neve encontra e recebe a ajuda dos divertidos anões para lutar e reconquistar seu trono, além de recuperar o amor de sua vida.

Não existe mulher que não goste de um bom e velho conto de fadas. Claro que hoje em dia, as princesas indefesas não estão mais na moda (esse tipinho era super chatinha). Agora elas possuem apenas o visual frágil, mas são curiosas, determinadas e corajosas. Guerreiras !
Nessa versão, Branca de Neve, submissa a sua madrasta, a Rainha, resolve conhecer o seu reino e descobre a pobreza e o trato desumano a que seus súditos são submetidos. Nesse mesmo dia ela conhece o Príncipe Encantado, que havia sido roubado pelos 7 Grandes Anões (nada de trabalho em mina, aqui eles ladrões mesmo, que usam pernas-de-pau infláveis). O clima romântico que surgiu entre Branca e o Príncipe foi o suficiente para tirar a Rainha do sério e, claro, decidiu matá-la. Aí...
Com alterações aqui e ali, o basicão da história está lá, só que com muito mais humor. Claro que algumas coisas, para quem é fã da história tradicional, não são fáceis de engolir. A Rainha é caricata demais; o espelho mágico se tornou uma espécie de alter ego da Rainha e pouco aparece; o Príncipe é muito dãããã, fora que o coitado é o protagonista de uma das cenas mais ridículas de todo o filme. Não direi qual é, mas quando você assistir, saberá muito bem qual é a cena.
Mas tudo bem. Lily Collins (filha do extraordinário Phil Collins, adooooooro) parece que tem duas taturanas mortas sobre os olhos, fora isso fez seu papel direitinho e com charme (lindo o baton que ela usa, diga-se de passagem). Julia é Julia... Só bocarras e caretas. Ficou extremamente caricata e o excesso cansa. Os outros fizeram os seus papeis dignamente, não comprometendo o resultado geral.
O final, final mesmo é... Sabe, vergonha alheia né?! Um número musical total e absolutamente dispensável. Uma breguice desnecessária. Fora isso, o filme até diverte, principalmente quando a gente toma conhecimento do destino de cada anão...

Nota: 8

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Espelho, Espelho Meu (Mirror, Mirror)
Diretor: Tarsem Singh
Atores: Julia Roberts, Lily Collins, Armie Hammer, Nathan Lane
2012, ação - fantasia

domingo, 8 de abril de 2012

Jogos Vorazes (Hunger Games)

Todos os anos nas ruínas de onde outrora fora a América do Norte, a nação de Panem força cada um de seus doze distritos para enviar um menino e uma menina para competir nos Jogos Vorazes. Parte entretenimento, parte tática de intimidação do governo, os Jogos Vorazes são um evento televisionado em que os Tributos devem lutar um contra o outro até que um sobrevivente permanece.

Filme bom é quando assisto e gosto tanto que não sossego enquanto não pegar o livro (neste caso é uma trilogia, escrito pela Suzanne Collins) para ler. Este filme fez isso.
Gostei do mote da história e que começo a achar que 3 livros/filmes são poucos. Afinal de contas falar sobre reality show, culto a celebridade, poder, guerra, amizade, doação, são tópicos inesgotáveis.
Na história, os Estados Unidos, após uma grande guerra, estão divididos em uma capital e 12 distritos. Uma vez por ano a Capital exige que cada distrito sorteie um casal de jovens, tributos, entre 12 e 18 anos, para competir no reality Jogos Vorazes. Vinte e quatro jovens entram, mas apenas um sairá vivo, desse espaço (no caso, uma floresta) controlado pelo governo. Nós acompanhamos intensamente os tributos Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence), de 16 anos, que se ofereceu para lutar no lugar de sua irmã Prim, e Peeta Mellark (Josh Hutcherson).
Achei muito interessante o mistério em torno dos sentimentos dos jovens tributos. Será que Peeta realmente ama Katniss? Katniss, para sobreviver, realmente faria qualquer coisa?
Jennifer Lawrence (Inverno da Alma) está perfeita como Katniss, principalmente na linguagem do olhar. Josh Hutcherson também se destaca como Peeta e Stanley Tucci está, como sempre, perfeito como apresentador Caesar Flickerman, uma mistura de Galvão Bueno e Pedro Bial, só que colorido e careteiro. O filme também nos traz Lenny Kravitz no papel do figurinista Cinna. O figurinista é ótimo, Lenny músico/cantor é o máximo, mas Lenny como Cinna é... sem graça.
Não sei se esse filme foi fiel ao livro, mas eu gostei. Podia ter sido um pouco melhor, mas mesmo assim senti liga. As questões que o filme aborda são atuais e o filme oferece vários tópicos para reflexões. Tudo isso faz desse filme uma boa pedida para a família.

Nota: 8

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Jogos Vorazes (Hunger Games)
Diretor: Gary Ross
Atores: Jennifer Lawrence, Josh Hutcherson, Stanley Tucci, Wes Bentley
2012, ação – drama – ficção científica

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Livros para Ler antes de Morrer

O jornal britânico, The Telegraph, divulgou uma lista com 100 sugestões de livros para ler antes de morrer.
Dessa lista, li 34. E você ?
Quais desses você já leu?

100. O Senhor dos Anéis, de J.R.R. Tolkien
99. O sol é para todos, de Harper Lee
98. The Home and the World, de Rabindranath Tagore
97. O guia do mochileiro das galáxias, de Douglas Adams
96. As mil e uma noites, de autor desconhecido
95. Os Sofrimentos do Jovem Werther, de Johann Wolfgang von Goethe
94. Midnight’s Children, de Salman Rushdie
93. O Espião que Sabia Demais, de John Lê Carré
92. Cold Comfort Farm, de Stella Gibbons
91. O Conto de Genji, de Lady Murasaki
90. Under the Net, de Iris Murdoch
89. O Carnê Dourado, de Doris Lessing
88. Eugene Onegin, de Alexander Pushkin
87. On the Road, de Jack Kerouac
86. O Pai Goriot, de Honoré de Balzac
85. O vermelho e o negro, de Stendhal
84. Os três mosqueteiros, de Alexandre Dumas
83. Germinal, de Emile Zola
82. O Estrangeiro, de Albert Camus
81. O nome da rosa, de Umberto Eco
80. Oscar e Lucinda – Uma história de amor, de Peter Carey
79. Vasto Mar de Sargaços, de Jean Rhys
78. Alice no país das maravilhas, de Lewis Carroll
77. Ardil 22, de Joseph Heller
76. O Processo, de Franz Kafka
75. Cider with Rosie, de Laurie Lee
74. Waiting for the Mahatma, de RK Narayan
73. Nada de Novo no Front, de Erich Remarque
72. Dinner at the Homesick Restaurant, de Anne Tyler
71. O Sonho da Câmara Vermelha, de Cao Xueqin
70. O Leopardo, de Giuseppe Tomasi di Lampedusa
69. Se um viajante numa noite de inverno, de Italo Calvino
68. Crash, de JG Ballard
67. Uma curva no rio, de VS Naipaul
66. Crime e Castigo, de Fiódor Dostoiévski
65. Dr. Jivago, de Boris Pasternak
64. A trilogia do Cairo, de Naguib Mahfouz
63. O médico e o monstro, de Robert Louis Stevenson
62. As viagens de Gulliver, de Jonathan Swift
61. Meu Nome é Vermelho, de Orhan Pamuk
60. Cem anos de solidão, de Gabriel García Márquez
59. Campos de Londres, de Martin Amis
58. Os detectives selvagens, de Roberto Bolaño
57. O Jogo das Contas de Vidro, de Herman Hesse
56. O tambor, de Günter Grass
55. Austerlitz, de WG Sebald
54. Lolita, de Vladimir Nabokov
53. A decadência de uma espécie, de Margaret Atwood
52. O apanhador no campo de centeio, de JD Salinger
51. Underworld, de Don DeLillo
50. Amada, de Toni Morrison
49. As vinhas da ira, de John Steinbeck
48. Go Tell It On the Mountain, de James Baldwin
47. A Insustentável Leveza do Ser, de Milan Kundera
46. O Apogeu de Miss Jean Brodie, de Muriel Spark
45. Le Voyeur, de Alain Robbe-Grillet
44. A náusea, de Jean-Paul Sartre
43. A tetralogia Coelho, de John Updike
42. As Aventuras de Huckleberry Finn, de Mark Twain
41. O cão dos Baskervilles, de Arthur Conan Doyle
40. A essência da paixão, de Edith Wharton
39. Quando tudo se desmorona, de Chinua Achebe
38. O Grande Gatsby, de F. Scott Fitzgerald
37. The Warden, de Anthony Trollope
36. Os Miseráveis, de Victor Hugo
35. Lucky Jim, de Kingsley Amis
34. O sono eterno, de Raymond Chandler
33. Clarissa , de Samuel Richardson
32. A Dance to the Music of Time, de Anthony Powell
31. Suite francesa, de Irène Némirovsky
30. Reparação, de Ian McEwan
29. A vida: modo de usar, de Georges Perec
28. Tom Jones, de Henry Fielding
27. Frankenstein, de Mary Shelley
26. Cranford, de Elizabeth Gaskell
25. The Moonstone, de Wilkie Collins
24. Ulysses, de James Joyce
23. Madame Bovary, de Gustave Flaubert
22. Passagem para a Índia, de EM Forster
21. 1984, de George Orwell
20. A Vida e as Opiniões do Cavalheiro Tristram Shandy, de Laurence Sterne
19. A Guerra dos Mundos, de HG Wells
18. Scoop, de Evelyn Waugh
17. Tess of the D’Urbervilles, de Thomas Hardy
16. Brighton Rock, de Graham Greene
15. The Code of the Woosters, de PG Wodehouse
14. O Morro dos Ventos Uivantes, de Emily Brontë
13. David Copperfield, de Charles Dickens
12. Robinson Crusoe, de Daniel Defoe
11. Orgulho e preconceito, de Jane Austen
10. Don Quixote de La Mancha, de Miguel de Cervantes
9. Mrs Dalloway, de Virginia Woolf
8. Desonra, de JM Coetzee
7. Jane Eyre, de Charlotte Brontë
6. Em Busca do Tempo Perdido, de Marcel Proust
5. O coração das trevas, de Joseph Conrad
4. Retrato de uma Senhora, de Henry James
3. Anna Karenina, de Leo Tolstoy
2. Moby Dick, de Herman Melville
1. Middlemarch: Um Estudo da Vida Provinciana, de George Eliot