sábado, 29 de maio de 2010

Split - nova série de tv

E mais uma série de vampiros estreou hoje, no canal Boomerang: Split.
Ella (Amit Farkash), jovem de 15 anos, sente-se deslocada nesse mundo até que um dia descobre que essa insegurança toda não é somente devido a idade, mas principalmente porque ela é meio humana e meio vampira. Hmmmm Claro que ela tem um admirador, 100% humano, o Omer (Yedidya Vital), mas o coração dela bate mais forte na presença de Leo (Yon Tomerkin) que, adivinhe se for capaz... Sim, ele é 100% vampiro! Ah, mas o que você não sabe é que a missão dele é encontrar Ella (e achou!) e protegê-la, já que a missão dela é: salvar o mundo, acabando com a briga entre homens e vampiros.
Bom, o mote da série não é nenhuma novidade, muito pelo contrário, mas o que chamou a minha atenção foi que esta é uma série israelense: criada e passada em Israel. Só essas informações já me deixaram curiosa e lá fui eu assistir ao episódio piloto.
Programei minha televisão. Como não havia menção do nome "Split" às 21:30h, resolvi marcar também meia hora antes, por precaução. E não deu outra, às 21h começou, ou melhor, foram 30 minutos de teasers, spots e sei lá mais o quê, mas continuei firme a forte. Às 21:30h realmente começou e só durou 30 minutos. Achei pouquíssimo e espero, sinceramente, que não seja série de meia hora.
Não entendo nada de tipo de filme usado para filmar, mas visualmente achei a série clara demais, até quando deveria ser algo mais soturno. O excesso de luz lembrou-me as novelas mexicanas. Algumas atuações também, diga-se de passagem. Inclusive, a dublagem robotizada foi algo à parte, sem contar que a tradução circunstâncias "extenuantes" ao invés de atenuantes foi motivo de incredulidade e risadas da minha parte.
Mas a série está começando e sinto que no fundo, mas bem lá no fundo ela até tem potencial. Por isso, darei outras oportunidades. Afinal de contas, como diz uma das chamadas da série: "A série de vampiros que corre em suas veias", então vamos deixar correr e ver no que vai dar.

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Split
Criador: Shira Alon
Atores: Amit Farkash, Yon Tomerkin, Yedidya Vital, Alex Ansky
2010, ficção

terça-feira, 25 de maio de 2010

Lost (Lost)

Série de TV que mostra a vida dos sobreviventes de um acidente aéreo (vôo 815 da Oceanic Airlines) em uma misteriosa ilha tropical, após o avião que viajava de Sydney, Austrália, para Los Angeles, Estados Unidos, cair em algum lugar do Oceano Pacífico.
Depois de 6 anos chega ao fim a série, em minha opinião, mais encantadoramente louca. Filmada no cenário paradisíaco do Havaí, Lost, desde o episódio piloto, chamou a minha atenção.
Desde o início a grande pergunta era: qual é a dessa ilha? Um local de experiência científica? Um purgatório? Um sonho? As pessoas estão vivas ou mortas? Os episódios vinham, as opiniões mudavam, mas a pergunta persistia... As teorias eram variadas, muitas com ligações mitológicas, filosóficas, científicas e religiosas.
Com a 6ª. temporada regada de cenas em flashbacks (eventos que aconteceram no passado), em flashforwards (eventos que acontecerão no futuro) e em flashsideways (eventos de uma realidade paralela), o episódio The End, com 2h30 de duração, foi repleto de emoção... Confesso, chorei muito!
No penúltimo episódio, o espírito de Jacob, o irmão bom, o guardião da luz que protege a ilha, já deu uma esclarecida quando respondeu a pergunta, feita pelo Sawyer, do por que eles teriam que ser punidos por um erro dele [Jacob] e que direito ele tinha de tirá-lo da sua vida, já que estava indo muito bem, até ser trazido para a ilha. “Nenhum de vocês estava bem. - afirmou Jacob - Não tirei nenhum de vocês de uma vida feliz. Eram todos “imperfeitos”. Escolhi vocês pois são iguais a mim. Todos são solitários. Procuravam por algo que não podiam achar lá fora. Escolhi vocês porque precisam deste lugar, assim como ele de vocês.”
Em minha opinião, o fio condutor sempre foi a amizade. O acidente aéreo criou um vínculo de fraternidade e respeito entre os sobreviventes e tudo ou todos que surgiam com a intenção de maltratar, ferir ou matá-los eram, mais cedo ou mais tarde, devidamente eliminados. Todos, cada um do seu jeito, cuidavam um dos outros, até o final.
A conversa de Jack com o pai, no episódio final, também foi muito reveladora: “Sim, sou real. –disse o pai de Jack. – Você é real. Tudo o que já aconteceu com você é real. Todas aquelas pessoas na igreja são reais também. (...) Esse é um lugar a que vocês todos chegaram juntos, para que pudessem encontrar uns aos outros. A parte mais importante da sua vida foi o tempo que passou com essas pessoas. É por isso que vocês estão todos aqui. Ninguém consegue fazer sozinho. Você precisava de todos eles e eles de você.”
A fumaça negra, o monstro ou o homem de preto, seria o lado obscuro, o lado mau do ser humano, que quer ganhar o mundo e se para conseguir era necessário mentir ou matar, isso era feito sem nenhum peso na consciência. Com a morte de Jacob, o homem de preto estava a um passo de obter tudo isso, mas Jack que, voluntariamente (é bom frisar isso!), aceitou proteger a ilha, consegue matar o monstro e, de certo modo, salvou, além da ilha e do mundo, a esperança e o lado bom de todos os que lá estiveram. Antes de morrer, Jack passa a responsabilidade para o Hugo, aquele que também sempre se preocupou com todos, mantendo sempre o bom humor. Com receio e sem saber o que fazer, ele recebe a inusitada ajuda de Ben, que num rasgo de bondade, diz-lhe “Acho que você deve fazer o que faz melhor: cuidar das pessoas.”
Quanto a realidade paralela, para mim, não passou disso: um mundo onde cada um mostrava o melhor de si, e a medida que eles se lembravam dos fatos que aconteceram na ilha, as respectivas almas tranqüilizavam-se e ficavam em paz. O personagem de Desmond foi o primeiro a perceber a importância disso e o seu papel na história.
Dr. Jack Shepard foi o grande herói da série, aquele que sempre fez questão de manter todos unidos, o agregador, e quando não conseguiu (apenas alguns chegaram a sair da ilha, inclusive ele), foi o primeiro a querer voltar e fez de tudo para convencer os demais. O carinho e o respeito de todos para com ele fica evidente na cena final, onde acontece uma espécie de congraçamento: todos aguardando a verdadeira luz para, juntos e finalmente felizes, seguirem adiante.
Talvez não tenha sido un grand finale, mas foi um the end condizente com a própria série. Eu gostei e já sinto saudades! Agora só me resta repetir o bordão de Desmond: “See you in another life, brotha!”

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Lost
Criadores: J.J. Abrams e Damon Lindelof
Atores: Matthew Fox, Terry O’Quinn, Josh Holloway, Michael Emerson, Evangeline Lilly, Jorge Garcia, Henry Ian Cusick
2004, ficção

domingo, 23 de maio de 2010

Robin Hood (Robin Hood)

Robin "Hood" Longstride (Russell Crowe) faz parte do exército do rei Ricardo Coração de Leão, que está em plena cruzadas. Após a morte do rei, ele consegue escapar e encontra o agonizante Sir Robert Loxley (Douglas Hodge), que tinha por missão levar a coroa do rei a Londres. À beira da morte, Loxley pede a Robin que entregue a seu pai uma espada tradicional da família. Ele aceita a missão e lá conhece Marion (Cate Blanchett), esposa de Loxley.

Lá fui eu ao cinema, meio sem grandes expectativas, afinal de contas quem não sabe da história de Robin Hood, que roubava dos ricos para dar aos pobres, e que era leal ao bondoso e justo rei Ricardo Coração de Leão?! Pois é, quebrei a cara!
Esse filme, com 2h30 de duração (e sem necessidade de ser tão longo, diga-se de passagem), nos mostra um Robin como um simples arqueiro e não como um nobre; um Rei Ricardo não muito justo e nem um pouco bondoso, mas pelo menos o rei João não mudou: continua sendo um bom filho, se é que você me entende... A Marion aqui é casada e eu aprendi que ela era solteira e que o rei João queria porque queria casar com ela.
Esse novo ponto de vista me causou uma certa decepção, não vou negar, até porque saí do cinema com aquela pergunta: E aí? Quando o Robin acabar com o rei João, quem irá substituí-lo, já que o irmão morreu?
O filme também foi uma mistura sugestiva de outros filmes. A cena do desembarque dos franceses lembra o "Dia D" do "O Resgate do Soldado Ryan”. Em um determinado momento Robin se agacha e toca na terra. Tive que falar: Se ele pegar um pouco de terra e esfregar as mãos, é a reencarnação do "Gladiador".
O fato é que o filme é a cara do diretor, e mesmo a história sendo uma lenda e que de fato nunca houve um Robin Hood, o mito dele é imbatível e, por isso, acredito que essas mudanças não serão bem recebidas pela maioria dos espectadores. Eu não gostei e assim, peço com carinho: Não mexam nos meus heróis!

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Robin Hood (Robin Hood)
Diretor: Ridley Scott
Atores: Russell Crowe, Cate Blanchett, Max Von Sydow
2010, aventura

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Dos vampiros nascem os Caçadores de Vampiros

Eu falei que os vampiros não morrem, mas bem que uns tantos tentam (e às vezes conseguem) matá-los e é aí que surgem os caçadores de vampiros!
Em 1997, surge a série teen "Buffy, a caça-vampiros", com Sarah Michelle Gellar no papel título. Buffy não entrou nessa porque quis, mas foi escolhidas para lutar contra o mal, porque seu destino é proteger o mundo de monstros. Tá bom pra você?! Ela bem que matou vários, mas no coração não se manda e aí... Pois é, ela se apaixona pelo vampiro, atenção para a sutileza do nome, Angel (David Boreanaz). Bom, mas vamos combinar, quem não se apaixonaria por esse vampiro?
Mas aí, sabe como é, uma vida de trevas, sofrimento, preocupações, um trabalho estressante e que não ajuda muito, etc, e em 1999 "Angel" tem a sua série própria, só para ele, onde ele caça seus irmãos de trevas e qualquer outro monstro ruim que apareça em Los Angeles.
Em 1998, estréia o filme "Blade, o caçador de vampiros", baseado nas HQ da Marvel. Blade (Wesley Snipes) é um personagem híbrido: 50% humano e 50% vampiro. Por isso, ele é poderoso e imortal, características que herdou do pai, um vampiro que mordeu e matou sua mãe quando ela estava grávida. Com muito ódio no coração, Blade resolveu matar geral, a vampirada. Para quem gosta... Eu detestei o filme e passei bem longe das continuações.
De todos, creio que Van Helsing é, talvez, o caçador de vampiros mais charmoso, famoso e respeitado. Em 2004, ele ganhou um filme, "Van Helsing - o caçador de monstros", estrelado por Hugh Jackman. No filme ele elimina o Drácula e aproveita para também se livrar do lobisomem e de Frankenstein.
Até os vampiros purpurinados da moda têm os seus algozes: os lobisomens. Eles estão a postos, zelando pela paz e sossego da pequena cidade de Forks. Nas horas vagas eles brigam entre si. Mas tem um lobisomen que é especial, é o Jacob (Taylor Lautner) que não se cansa de tentar conquistar a mocinha, Bella Swan que, adivinhem?!, é apaixonada por um vampiro.
O fato é que para cada vampiro existe pelo menos um caçador e ele está atento a sua caça. Portanto, tenha muito cuidado !

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Os Vampiros - Eles não morrem mesmo!


Em pleno século XXI, começamos a sofrer, há 2 anos, a invasão dos vampiros sugadores de sangue, nas nossas telonas de cinema e nas nossas nem tão “telinhas” de televisão. Porém, mesmo um personagem atemporal sofre modificações temporais.
Lembro-me quando finalmente matei a minha curiosidade e assisti, na TV, ao filme “Nosferatu” (1922). Tentei esboçar um certo medo, até por respeito a uma obra clássica, mas não deu... O vampiro era tão caricato que não deu para controlar as risadas em várias cenas.
Outro filme, para mim um dos melhores do gênero terrir, foi “A Dança dos Vampiros”(1967), com Roman Polanski dirigindo e interpretando o medroso assistente Alfred. Não dá para esquecer o vampiro homossexual ou o vampiro judeu, que não sofria nenhum efeito adverso com a tradicional cruz. Ah, e também, é claro, a cena que dá nome ao filme, o baile com todos os vampiros dançando... Antológica!
Vi alguns filmes, não muitos, de Christopher Lee e, confesso: tinha um baita medo dele.
Aí, eis que surge, em 1992, o filme “Drácula de Bram Stoker”, com o fantástico ator britânico, Gary Oldman. Noooossa, chorei, torci, me apaixonei por ele... E olha que ele nem tinha carro volvo prata. Mas foi esse filme, a meu ver, que abriu as portas para outros tantos.
Um dos mais interessantes é “Entrevista com o Vampiro” (1994). Brad Pitt interpreta Louis de Pointe Du Lac, um vampiro, literal e psicologica e espiritualmente sem sangue, cheio de problemas existenciais... Um chato! Mas o filme ganhou sangue e vida com Lestat de Lioncourt, excelente interpretação de Tom Cruise. Um vampiro extremamente sedutor e sem nenhuma moral. Não posso deixar de mencionar as marcantes interpretações de Kirsten Dunst (como Claudia, uma criança vampira) e Antonio Banderas (como Armand).
Em 2008/2009 a vampirada levanta das suas tumbas e invade geral! Na TV surge True Blood (2008), baseada na série de livros Vampiros do Sul, de Charlaine Harris. É uma série mais adulta, com muito sexo. Temos os vampiros e os humanos vivendo, na medida do possível, civilizadamente, principalmente depois que os japoneses (sempre eles) desenvolveram um sangue sintético para exportação. O vampiro Bill Comton (Stephen Moyer) se apaixona pela mortal telepata Sookie Stackhouse (Anna Paquin), e nessa vidinha razoavelmente calma, na cidade de Bon Temps, aparece de tudo: metamorfo, viciados em sangue vampírico, bacante e sabe lá mais o que vira na 3ª temporada. Destaque para Eric Nothman (Alexander Skarsgård), vampiro xerife da Area 5 que deseja ter Sookie e todas nós, telespectadoras mortais, desejamos tê-lo... Que vampiro!
Em 2008 chega nas telas de cinema os vampiros pupurinados da série Crepúsculo, baseado nos livros de Stephenie Meyer, encabeçado pelo galã das teen-agers (e as nem tanto), Robert Pattinson (como Edward Cullen). Também apaixonado por uma mortal, Bella Swan (Kristen Stewart), Edward já é um vampiro modernoso: não possui as famosas presas afiadas, não dorme em caixões, não tem medo de cruz e circula sem problemas durante o dia, desde que não haja sol. Não que ele vá morrer, mas sua pele fica cintilante e aí o povo descobriria que ele e sua família são diferentes...
Voltando para a televisão, em 2009 estréia outra série de vampiros, The Vampire Diaries, mais para o público teen, ou seja, bem menos sexo que o True Blood, mas também baseada nos livros da trilogia Diários do Vampiro, de Lisa Jane Smith. Eu li o primeiro, O Despertar, e gostei muito mais da série. Nós temos uma mortal, Elena Gilbert (Nina Dobrev), que se apaixona pelo vampiro bonzinho Stefan Salvatore (Paul Wesley) que tem um irmão, Damon Salvatore (Ian Somerhalder), que é o vilão, mas que também não é tanto assim vai... O fato é que ela descobre que é a cara de uma mulher que roubou os corações dos irmãos Salvatore e que, inclusive, foi a responsável pela transformação deles como vampiros. Olha o bafão aí! Ah, esses vampiros têm presas e alguns deles podem muito bem andar durante o dia, com ou sem sol, desde que possuam uma espécie de amuleto encantado.
Pois é, os anos passam, os vampiros mudam, mas o fascínio que eles exercem em nós é imortal. Não importa o quão diferentes eles sejam. Tem gente que não gosta de tanta modernidade: "Pô, vampiro que não tem dente e não queima no sol não é vampiro". Eu não sou tão conservadora assim, mas confesso que, de todos, o meu preferido é o Drácula de Bram Stoker, mas minha mente e meu coração estão sempre abertos para novas experiências. Por isso, como não amar, também, os purpurinados?

terça-feira, 11 de maio de 2010

Dexter

Dexter Morgan, analista forense especialista em padrões de dispersão de sangue, da polícia de Miami, é um serial killer diferente dos seus demais "colegas": as suas vítimas são somente outros assassinos em série.
Como é que nós nos emocionamos e torcemos por um assassino? Simples. Ele só mata bandidos e bandidos que, por alguma falha da justiça, acabam ficando impunes. Ele segue a risca o seu próprio código de conduta e moral.
Mas na realidade a série é mais do que isso. Bem escrita e com diálogos perfeitos, a série nos permite entrar na cabeça do personagem título, nos deixando próximos a ele, nos incorporamos a ele.
A interpretação magistral de Michael C. Hall (que lhe valeu um Globo de Ouro ano passado) é uma das razões do sucesso da série de tv. Michael criou um personagem impenetrável e etéreo, bom e charmoso, uma espécie de quadro sem cor, que vai sendo pintado com cores vibrantes em cada temporada.
Eu sou fã confessa da série. Já me preocupei com a sua segurança e já dei muitas risadas com as sutilezas e sarcasmos dele. Seus pensamentos, em off, são um dos pontos altos da série, como por exemplo: "Eu adoro halloween. É o único dia do ano em que todos usam uma máscara e não apenas eu. As pessoas gostam de fingir que são monstros, enquanto eu tenho que passar o ano fingindo que não sou um."
Todos temos um pouco de Dexter dentro de nós, mas só não colocamos pra fora por medo e convenções sociais. Em todas as temporadas o personagem título deixa claro que não tem sentimento algum por nada, e que é tudo encenação da parte dele.
Ledo engano porque não é bem assim. Ele ama, ele tem carinho, ele tem lealdade... "Se eu tivesse um coração, ele estaria partido nesse momento", pensou certa vez, mas na temporada passada seu coração se partiu por dois motivos: o nascimento de seu filho e o encerramento trágico do 4a. ano.
Que venha a 5a. temporada !

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Dexter
Criador: James Manos Jr.
Atores: Michael C. Hall, David Zayas, Jennifer Carpenter, Lauren Vélez
2006, drama

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Copa do Mundo 2010 - África do Sul


A 30 dias do início da Copa do Mundo 2010 de Futebol, o nosso coração já sofre a primeira transformação: a mudança de cor. O verde e amarelo, e uma pitada de azul, invadem as lojas, as ruas, as casas, as televisões... É o povo se unindo, criando uma aura de patriotismo de chuteiras, como dizia Nelson Rodrigues.
Da minha parte já possuo o que eu chamo de "kit torcedora", com tudo que tem direito: anéis, pulseiras, brincos, bandanas, fitas, bate-palmas, luvinha de dedo para o "V" da vitória (estava na moda em uma dessas Copas passadas), cangas etc. Fora as blusas e a camisa oficial da Seleção do Tetra.
Munida com todo esse aparato, só aguardo o apito inicial. Assistir aos jogos com os amigos é uma emoção sem preço. A trilha sonora é a da Claudia Leitte: "Extravassa ! Libera e joga tudo pro ar." E esse tudo é TUUUDO mesmo. Na Copa de 1994, eu pulei tão alto que quase derrubei o lustre da sala.
Falem o que quiserem, mas a Copa de 94 foi inesquecível para mim. Lembro que assisti todos os jogos no mesmo lugar e com a mesma roupa. Imagina! Estava dando certo, não seria eu que quebraria a corrente. Ao final de cada partida, íamos para o baixo Flamengo, e nos juntávamos com uma galera e andávamos pelas ruas bradando gritos de guerra do tipo: "Eu eu eu, a Holanda se fu#$%&eu." Uma loucura!
No último jogo, concentração total! Assisti ao primeiro tempo deitada; o segundo, sentada; o 1o. da prorrogação, em pé e ao 2o., ajoelhada. Torcedor sofre! Fomos para os pênaltis. Sentei em uma cadeira de praia, com as mãos postas, rezando como uma louca. Aí veio Paulo Rossi... Gelei! O pai de uma amiga foi categórico: "Paulo Rossi, vai bater?! Já ganhamos!" E não é que ganhamos mesmo!
Descemos, fomos para a rua. Eu beijava todo mundo, eu falava com todo mundo... Era a rua, o bairro, o estado, o país em êxtase pleno e absoluto! Era o meu querido (para mim, ele sempre foi O cara) capitão Dunga, levantando a taça, depois de tantos anos, e eu chorando de tanta felicidade.
Dezesseis anos depois, o capitão agora é o treinador. Se ele vai conseguir trazer o hexa para nós, só os deuses da pelota sabem. Mas o bom do futebol é isso: é a torcida, é o espetáculo, é o improvável... Eu, da minha parte, continuarei torcendo como uma doida e usando a mesma roupa, porque escrita é escrita. Vamos respeitar!

domingo, 9 de maio de 2010

O preço da traição (Chloe)

Catherine e David são, à primeira vista, o casal perfeito. Felizes, com um filho adolescente talentoso, eles parecem ter uma vida idílica. Mas quando David perde um vôo e conseqüentemente sua festa de aniversário surpresa, Catherine começa suspeitar do marido. Colocando em cheque a sua fidelidade, ela decide contratar Chloe, uma acompanhante para seduzir David e testar sua lealdade.

É sabido por todos que a rotina mata qualquer relacionamento e o excesso de fantasia também acaba proporcionando um turbilhão de imagens que bem podem ser questionadas.
Catherine começou a fantasiar (ou não) sem motivos (ou com muitos) que o marido estava tendo um caso e em um momento total de muita coragem (e precisa ter muita) contrata uma linda garota de programa para testar o marido. Agora eu pergunto: ela está ou não procurando sarna para se coçar?
Durante o filme, mulher que sou, já vou logo pichando o maridão, já que, "tadinha da esposa", ela não tem o carinho do marido, o carinho do filho. Ambos mergulhados em seus problemas e em seus mundinhos.
Aí Chloe se aproveita da fragilidade de Catharine, que por um momento, tem os seus sentimentos embaçados, confusos em relação a garota de programa. Mas e os sentimentos de Chloe? Pois é, ela também os têm e isso é um problema já que bate de frente com o tipo do trabalho dela: "sou o que você quer que eu seja".
O filme é bom, faz você pensar que, muitas vezes, a ignorância é uma bênção. Mas o que realmente acontece é que não dá para levar uma vida em comum, saudável, desta maneira. Muitos até conseguem levar, mas até que ponto vale a pena vivermos de aparência em detrimento do nosso bem estar?

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O preço da traição (Chloe)
Diretor: Atom Egoyan
Atores: Julianne Moore, Liam Neeson, Amanda Seyfried
2010, drama e suspense

sexta-feira, 7 de maio de 2010

O Mundo Imaginário do Dr. Parnassus (The Imaginarium of Doctor Parnassus)

O filme conta a história de Dr. Parnassus e do seu Imaginarium, um espetáculo itinerante no qual o público, que é convidado a participar, tem a oportunidade de escolher entre a luz e a felicidade ou a escuridão e a tristeza, tudo isso tendo Dr. Parnassus como guia. Mas este é amaldiçoado, pois há milhares de anos fez uma aposta com o diabo, o Sr. Nick, para ser imortal. Não satisfeito, séculos depois, ao conhecer o amor de sua vida, fez outra aposta com o diabo, na qual trocaria a imortalidade pela juventude. E o filme gira em torno dessa aposta, uma vez que o Doutor entra em desespero para proteger sua filha, Valentina, que ao completar 16 anos, será propriedade do Sr. Nick.

A verdade é que minha atenção estava voltada na última atuação de Heath Ledger que morreu, aos 29 anos, durante as filmagens do filme. Por isso, é tão arrepiantemente estranho quando o vi, através de seu personagem misterioso - Tony, falando de morte, fim, destino...
A outra curiosidade era como o diretor colocaria Depp, Law e Farrell no papel de Heath, mas a solução foi facílima uma vez que dentro do Imaginarium, você pode ser quem você quiser. Aliás, acredito até que a participação deles deu charme ao filme que, francamente, ficava mais interessante quando a ação se passava no mundo imaginário.
Não posso deixar de falar: atuação perfeita de Christopher Plummer, como o Dr. Parnassus e Verne Troyer, como seu pequeno assistente Percy. Minha paixão, Johnny Depp, sempre maravilhoso, mas nessa película seu personagem mais parecia o irmão mais novo do capitão Jack Sparrow, e confesso que fiquei um pouco frustrada. Por outro lado, Colin Farrell me surpreendeu positivamente.

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O Mundo Imaginário do Dr. Parnassus (The Imaginarium of Doctor Parnassus)
Diretor: Terry Gilliam
Atores: Heath Ledger, Christopher Plummer, Lily Cole, Johnny Depp, Jude Law, Colin Farrell
2009, aventura

The Pacific


Com o orçamento de US$200 milhões, The Pacific é a série mais cara da televisão, e tem Steven Spielberg e Tom Hanks como seus produtores executivos.
Minissérie de 10 capítulos, exibida pela HBO, basicamente reconstitui a memória pessoal de 3 marines americanos (Robert Leckie, John Basilone e Eugene Sledge) durante o conflito entre EUA e o Japão, no litoral do Pacífico, em plena II Gerra Mundial.
Em entrevista à revista Time, Hanks afirmou: "Queríamos homenagear a coragem dos marines americanos na batalha, mas também queríamos que as pessoas dissessem: 'Não sabíamos que nossas tropas fizeram isso aos japoneses'."
Como espectadora comum, que pouco ou quase nada conhece da IIGM, a minissérie está sendo uma porta de entrada e saída para sentimentos doloridos...
Uma das frases que melhor exemplifica The Pacific foi dita no episódio 1, pelo Dr. Sledge ao filho Eugene: "A pior coisa em lidar com os combatentes da grande guerra, não era ver seus corpos rasgados, era ver suas almas destruídas." E é exatamente isso que percebemos nos rostos dos agora velhos combatentes de guerra, que dão depoimentos no início de cada episódio: almas profundamente marcadas, olhar distante... Juventude aniquilada em prol de um bem maior.
The Pacific é uma ode aos guerreiros corajosos e nessa composição não há vencedores ou ganhadores, mas seres humanos em situação desumana, pois, como já dizia o general William T. Sherman, "a guerra é o inferno", e na minissérie você observa bem esse retrato, principalmente nos episódios 6 e 7, sobre o combate em Peleliu.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Querido John (Dear John)

John é um jovem soldado que está passando uns dias em casa. Um dia ele conhece Savannah, uma universitária idealista, por quem se apaixona.

Com um enredo desses o filme poderia descambar na mesmice da pieguice, mas não cai.
Nessa teia, vários personagens tem o seu espaço, fazendo a vida dos dois um mar de águas turbulentas.
Porém, nessas indas e vindas, o casal é testado ao extremo (guerra, separação, doença), mas ao final o amor acaba vencendo, mesmo levando alguns anos... Para mim, belíssimo filme.

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Querido John (Dear John)
Diretor: Lasse Hallström
Atores: Channing Tatum, Amanda Seyfried, Richard Jenkins
2010, romance