domingo, 30 de outubro de 2011

A Verdade Nua e Crua (The Ugly Truth)

Abby Richter (Katherine Heigl) é produtora de um programa matutino, que tem problemas emocionais e cuja busca pelo Sr. Perfeito a deixou irremediavelmente solteira. Ela está prestes a ser acordada de forma brusca quando seus chefes a colocam frente a frente com Mike Chadway (Gerard Butler), uma intransigente personalidade da TV que promete despejar a verdade nua e crua sobre o que faz os homens e as mulheres balançarem.

O filme começa daquele jeitinho mais clichê impossível: uma mulher e um homem que se odeiam, vão trabalhar juntos e... Adivinha?! Sim, eles se apaixonam! Ele também está cheio de frases de efeito tiradas de livros de auto-ajuda, daqueles do tipo “como conquistar o homem em 5 lições" ou "como entender a cabeça feminina em 50 tópicos”.
Ou seja, o filme tinha tudo para ser mais um, mas aí que você se engana. O longa é uma excelente comédia, justamente porque tudo é bem dosado além de, por incrível que pareça (para os padrões hollywoodianos de comédia romântica), ser repleta de linguagens chulas e picantes. Tem também uma discussão sexista entre os dois, mas com muito humor, e cenas hilárias em que destaco a do jogo de beisebol e a do jantar. São de chorar de rir!
Além disso, se não for por isso, para a ala feminina é sempre um prazer ver o bonitão Gerard Butler. A ala masculina tem a meiguinha Katherine Heigl.
A comédia é leve, bem humorada e super divertida, garantia de boas risadas. Confira.

Nota: 8

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A Verdade Nua e Crua (The Ugly Truth)
Diretor: Robert Luketic
Atores: Gerard Butler, Katherine Heigl, Cheryl Hines
2009, comédia romântica

domingo, 23 de outubro de 2011

Não Tenha Medo do Escuro (Don’t be afraid of the dark)

Sally Hurst, uma criança solitária e introvertida, acaba de chegar a Rhode Island para morar com o pai, Alex, e a nova namorada dele, Kim, na mansão do século 19 que eles estão reformando. Enquanto explora a ampla propriedade, a menina descobre um porão oculto, intocado desde o estranho desaparecimento do construtor da mansão um século antes. Quando Sally, inadvertidamente, liberta uma raça antiga e obscura de criaturas que conspiram para dragá-la para as profundezas infinitas da misteriosa casa, ela precisa convencer Alex e Kim que não se trata de uma fantasia - antes que o mal que espreita na escuridão os consuma.

Este filme, produzido e roteirizado por Guillermo del Toro, é uma refilmagem de um telefilme dos anos 70.
Mansão estilo vitoriano, cheia de cômodos, escura, jardim enorme, sussurros noturnos, muitas sombras, ventos, velas, rangidos, porão, teias de aranha, escadas... Aí está o cenário perfeito para um filme de terror clássico.
Alex (Pearce) e Kim (Holmes), enquanto estão reformando uma mansão do século 19, recebem a filha de Alex, Sally, de 8 anos. Esta, como toda a criança que nada tem para fazer, resolve explorar o lugar e acaba ouvindo vozes no porão. Achando que serão seus amiguinhos, ela abre a porta para pequenas pestes que estão com muita fome...
Os primeiros 30/40 minutos são muito bons. Não pelo terror, que não foi tão aterrorizante assim, mas pelo clima de suspense e tensão.
O elenco não faz feio, até porque o filme não exige atuações brilhantes, mas vale destacar a pequena Bailee Madison que faz a Sally, a criança pela qual as criaturinhas estão doidinhas para saborear.
Confesso que o final não era o que eu esperava, mas também não foi completamente imprevisível. Mas isso não foi nada. Pior foi o final mesmo, completamente desnecessário.

Nota: 6

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Não Tenha Medo do Escuro (Don’t be afraid of the dark)
Diretor: Troy Nixey
Atores: Katie Holmes, Guy Pearce, Bailee Madison, Garry Mcdonald
2011, suspense – terror

domingo, 16 de outubro de 2011

Muita Calma Nessa Hora

Três jovens amigas, Tita (Andréia Horta), Mari (Gianni Albertoni) e Aninha (Fernanda Souza), encontram-se diante de situações desafiadoras. Em busca de novos caminhos, decidem passar um fim de semana na praia. Na estrada, conhecem Estrella (Debora Lamm), uma hippie, que lhes pede carona para tentar achar o pai desconhecido. As quatro garotas vivem situações hilárias, absurdas e emocionantes. Mais que mudar de ares, mudam a si mesmas.

Com vários meses de atraso, finalmente assisti ao filme e, sinceramente, adorei o trailer.
Achei o filme cansativo, chato, muito pouco engraçado. Piadas nada originais, uma trama sem pegada, sem tesão.
É uma pena porque as atrizes principais são boas, mas nem incríveis participações especiais salvaram o filme, e olha que os convidados eram Marcelo Adnet (no trailer eu dei gargalhadas, mas no filme apenas sorri), Maria Clara Gueiros, Bruno Mazzeo, Hermes & Renato (no início até engraçado, mas depois encheu o saco), Nelson Freitas, Leandro Hassum (adoro ele, mas o policial foi fraquinho), Luis Miranda, Sergio Mallandro (taí, ele foi legal, eu ri), André Mattos etc.
O fato é que fiquei decepcionada, pois esperava um roteiro inteligente, piadas bem sacadas, um show de todos juntos e misturados. Esperava soltar muitas gargalhadas, histéricas até, mas não rolou.

Nota: 5

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Muita Calma Nessa Hora
Diretor: Felipe Joffily
Atores: Gianne Albertoni, Andréia Horta, Fernanda Souza, Débora Lamm
2010, comédia

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Meia Noite em Paris (Midnight in Paris)

Gil (Owen Wilson) sempre idolatrou os grandes escritores americanos e quis ser como eles. A vida lhe levou a trabalhar como roteirista em Hollywood, o que se por um lado fez com que fosse muito bem remunerado, por outro lhe rendeu uma boa dose de frustração. Agora ele está prestes a ir a Paris ao lado de sua noiva, Inez (Rachel McAdams), e dos pais dela, John (Kurt Fuller) e Helen (Mimi Kennedy). John irá à cidade para fechar um grande negócio e não se preocupa nem um pouco em esconder sua desaprovação pelo futuro genro. Estar em Paris faz com que Gil volte a se questionar sobre os rumos de sua vida, desencadeando o velho sonho de se tornar um escritor reconhecido.

Este filme é uma ode de amor a Paris e, cá para nós, Paris é simplesmente apaixonante. Este filme também é.
Gil, roteirista de sucesso em Hollywood e começando a carreira de escritor, vai para Paris com a noiva Inez e seus futuros sogros. Fascinado pela cidade e, principalmente, pela Paris dos anos 20, inusitadamente, à meia-noite, ele é convidado por Zelda e Scott Ftizgerald a mergulhar na cidade boêmia e conhecendo grandes artistas da época como Ernest Heminghay, Gertrude Stein, Cole Porter, Matisse, Dalí, Buñel, Picasso etc.
Sofrendo do Complexo da Idade de Ouro, Gil, o alter ego de Allen acredita que os anos 20 são melhores que os atuais. Adriana, sua apaixonite (e também a de Picasso e Mondigliani), já prefere a Belle Époque.
O filme nos mostra que não importa em que época nós vivemos, mas se estamos insatisfeitos com nós mesmos, qualquer época é melhor do que a atual. É uma busca ininterrupta e incessante da felicidade, do prazer e da paixão.
A escolha perfeita dos atores é sempre um trunfo a mais para o sucesso dos seus filmes. Claro que, às vezes, ele também dá bola fora, mas Woody Allen é, inegavelmente, apaixonado e apaixonante.

Nota: 8

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Meia Noite em Paris (Midnight in Paris)
Diretor: Woody Allen
Atores: Owen Wilson, Rachel McAdams, Kurt Fuller, Mimi Kennedy.
2011, comédia romântica

domingo, 9 de outubro de 2011

A Árvore (The Tree)

Em uma pequena aldeia na Austrália, um casal vive com seus quatro filhos. Logo no início da trama, uma tragédia: o pai morre bem diante da filha de 8 anos, Simone. Em meio à depressão que se segue, Simone consegue apoio numa fuga para enganar a tristeza: ela passa a acreditar que o espírito de seu pai encarnou na enorme figueira ao lado de sua casa. Porém, a vida precisa seguir em frente, e Simone precisa crescer.

A Árvore. Com esse título achei que o filme fosse um drama poético, cheio de lirismo, praticamente uma espécie de auto-ajuda visual. Enganei-me!
Uma família feliz, mas eis que um dia o pai morre, deixando esposa e 4 filhos. Para amenizar o sofrimento, a mãe acaba aceitando e incentivando que a filha, 8 anos, transfira seus sentimentos para uma figueira enorme que fica em frente da casa. Mais do que isso, a própria mãe também se deixa levar por essa fantasia.
O filme é completamente morno, não tem pegada. A única coisa boa do filme foi a atuação da pequena Morgana Davies, que interpreta uma Simone cheia de emoções, mas não esquecendo a criança que é.

Nota: 4

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A Árvore (The Tree)
Diretor: Julie Bertucelli
Atores: Charlotte Gainsbourg, Marton Csokas, Morgana Davies
2010, drama

domingo, 2 de outubro de 2011

Confiar (Trust)

Annie é uma jovem de 14 anos conhece um garoto em um bate-papo na internet, e logo se apaixona por ele. O problema é que, na verdade, o garoto é um homem muito mais velho, que a atrai para um encontro e se aproveita sexualmente.

Assistir este filme deveria ser obrigatório para todos os pais de jovens adolescentes. Vou mais longe ainda, as escolas deveriam passar esse filme e, logo após, promover um debate. Com o advento da internet, pais, filhos e educadores, na verdade, não sabem muito bem os limites que devem impor aos seus jovens. A internet é um portal para qualquer canto do mundo, mas também é a porta de entrada para a criminalidade, no caso do filme a pedofilia é o pano de fundo, bem como a erotização precoce em várias campanhas publicitárias. O filme serve como um alerta para muitas pessoas. Ele é ótimo!
Na trama, os pais superprotetores não conseguem impedir que a filha Annie, de 14 anos, seja vítima de estupro por um cara (Charlie) que conheceu em um chat na web. Enquanto a filha acha que não foi violentada, já que Charlie a tratava com tanto carinho (temos aqui a Síndrome de Estocolmo), o pai se torna obcecado em vingança, criando fantasias sobre isso que, ao mesmo tempo, o vai afastando da própria filha e abalando a estrutura familiar.
Não sei sobre o primeiro (Maratona do Amor), mas este é o segundo filme dirigido por David Schwimmer (ex-Friends Ross), e sua direção foi perfeita: firme e sensível.
Atuação perfeita, forte e segura de Clive Owen que faz o pai (Will) que entra em um olho de furacão quando a sua filha sofre o estupro. Annie (Liana Liberato) típica adolescente sonhadora, rebelde, mas de autoestima baixa, vê sua vida mudar de uma hora para outra, mas ao mesmo tempo ela tem a noção de que a vida deve continuar. Mas como se parece que tudo a faz relembrar do que aconteceu? Mas como se parece que apenas Charlie realmente se importava com ela? É um mundo novo, que a família está tentando superar.
O filme é de arrepiar. Bem feito, bem produzido, bem atuado. “Confiar” apenas narra uma história sem julgar ninguém e essa história pode estar acontecendo agora mesmo, em sua casa...

Nota: 9

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Confiar (Trust)
Diretor: David Schwimmer
Atores: Clive Owen, Catherine Keener, Liana Liberato
2011, drama