domingo, 11 de dezembro de 2011

Assalto em Dose Dupla (Flypaper)

Um homem se vê no meio de dois assaltos que acontecem simultaneamente no mesmo banco, e desesperadamente tenta proteger a moça do caixa, por quem ele está secretamente apaixonado.

Tripp, interpretado pelo charmosíssimo Patrick Dempsey (a prova incontestável de que um adolescente esquisitinho pode ser tornar um belíssimo espécime masculino), tenta desvendar obsessivamente o motivo do primeiro crime ocorrido nos primeiros segundos dos assaltos, enquanto tenta proteger sua amada Kaitlin (Ashley Judd), uma das caixas do Banco. Leva o filme todo, mas descobre. Essa busca pelo real idealizador do assalto e assassino lembrou-me de outro filme, Assassinato Por Morte.
O ritmo do filme é acelerado, até porque o agitado obsessivo compulsivo Tripp está sem os seus remédios e ele é o nosso “guia” do filme. Vários absurdos acontecem, mas as loucuras que vem da dupla ralé de assaltantes, interpretados por Tim Blake Nelson e Pruitt Taylor Vince, é super divertida e não tem como não rir. Já o grupo dos assaltantes profissionais é carrancudo, usam máscaras e tecnologia de ponta e são super certinhos.
O filme não é um espetáculo, mas diverte. Serve muito bem para aqueles dias em que só queremos rir, sem precisar raciocinar sobre os problemas existenciais das criaturas.

Nota: 8

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Assalto em Dose Dupla (Flypaper)
Diretor: Rob Minkoff
Atores: Patrick Dempsey, Ashley Judd, Beau Brasseaux, Jeffrey Tambor
2011, comédia

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Gato de Botas (Puss in Boots)

Muito antes de conhecer Shrek, o notório lutador e sedutor Gato de Botas torna-se um herói ao sair em uma aventura com a durona e malandra Kitty Pata-Mansa e o astuto Humpty Alexandre Dumpty para salvar sua cidade. Complicando a situação, os fora da lei Jack e Jill fazem de tudo para ver o Gato de Botas e seu bando fracassarem. Essa é a verdadeira história do Gato, do Mito, da Lenda e, é claro, das Botas.

Antonio Banderas, mesmo envelhecido, continua arrancando suspiros de suas fãs (ai... ai...) e nada mais justo do que ele ser a voz do felino mais sedutor, romântico, atrevido e sensual do mundo da animação: o Gato de Botas. Só quem for ver o filme no som original saberá e entenderá o que estou dizendo... O sangue e a voz latina fazem toda a diferença.
Além disso, o personagem Gato de Botas há muito estava merecendo um filme solo. Companheiro de Shrek e do Burro Falante, o carismático e sedutor felino prova, neste filme, que é capaz de agradar o público de todas as idades.
No filme nós tomamos conhecimento da origem de nosso herói: sua infância, o porquê do seu nome e o início como fora da lei. Tudo isso para explicar uma relação turbulenta que envolve seu amigo de infância Humpty Dumpty, um ovo falante, e a recém conhecida, mas encantadora gata sem garras, Kitty Pata-Mansa (Salma Hayek). Ahhh o amor ! Todos eles estão em uma busca desvairada pelos feijões mágicos, a fim de chegarem ao Ganso dos Ovos de Ouro.
A animação tem momentos que fazem lembrar passagens dos filmes A Máscara do Zorro e A Balada do Pistoleiro, principalmente, mas tudo de maneira sutil, agradável e bem-humorada.
O Gato de Botas é sucesso e nos deixa com um olhar pidão, daqueles que só o Gato sabe dar, para pedir mais um filme desse bichano muy encantador ! Mas não esqueça: assista no original, legendado.

Nota: 9

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Gato de Botas (Puss in Boots)
Diretor: Chris Miller
Vozes: Antonio Banderas, Salma Hayek, Zach Galifianakis
2011, animação

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Um dia (One Day)

O filme conta a história de Dexter e Emma, que se conheceram na noite em que eles se formaram na Universidade de Edimburgo em 1988 e concordaram em manter a amizade e visitar um ao outro na mesma data todos os anos para ver como estão suas vidas. Embora ambos passem por diversos envolvimentos românticos, eles têm uma ligação especial que não conseguem explicar.

Quando eu li o livro fiquei perdidamente apaixonada por Emma e Dexter. Sorri, me irritei, me decepcionei, chorei... Em apenas um livro passei por quase todas as emoções que um ser humano pode passar. Portanto, fui assistir ao filme para, pelo menos, sentir 50% dessas mesmas emoções. Infelizmente o filme não captou o espírito do livro.
O filme começa em 1988, mais exatamente no dia 15 de julho, após uma festa de formatura. Os recém formados Dexter (Jim Sturgess) e Emma (Anne Hathaway) acabam se conhecendo melhor e a partir daí nós acompanhamos, ano a ano, os encontros e desencontros desse casal.
O livro, best seller do escritor David Nicholls, é apaixonante, envolvente. Você se apaixona por Dexter, jovem mauricinho bem humorado, que vive em busca de fama, sucesso e riqueza. Você se apaixona por Emma, estilo hiponga, inteligente, batalhadora, bem humorada, que vive em busca de coragem para viver, realmente, os seus sonhos. Ambos têm em comum, além de um ao outro como ponto de apoio, um desejo enorme de se descobrirem como pessoa.
Por incrível que pareça, Jim Sturgess fez um Dexter perfeito e interessante, mas Anne Hathaway não me convenceu.
O longa é corrido, mas não foi só por causa disso que fiquei desapontada. O que me decepcionou foi a falta das almas de Emma e Dexter e isso foi uma tremenda bola fora. Mesmo assim o filme pode ser classificado como bom, principalmente para aqueles que não leram o livro, mas para quem leu, certamente o classificará como razoável.

Nota: 7

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Um Dia (One Day)
Diretor: Lone Scherfig
Atores: Anne Hathaway, Jim Sturgess, Romola Garai
2011, romance – drama

domingo, 27 de novembro de 2011

O Preço do Amanhã (In Time)

Bem vindo ao mundo no qual o tempo se tornou a principal moeda. Sua idade para nos 25 anos, mas aí está o problema, você foi geneticamente modificando para viver apenas um ano mais a não ser que possa pagar e conseguir prolongar sua vida. Os ricos possuem décadas de tempo (sempre com a idade de 25 anos), tornando-se assim de certa forma imortais, enquanto os demais conseguem pegar emprestado ou roubar algumas horas para chegar até o fim do dia. Quando um homem é acusado de um assassinato, ele terá de fugir com uma bela refém. Vivendo minuto a minuto, o amor deles se tornará uma poderosa arma nessa guerra contra o sistema.

Quando li o resumo achei interessante. Imagina viver até os 25 anos, depois ganhar mais 1 ano no seu relógio, subcutâneo, da vida. Dependendo de como utilizá-lo, você poderá ter até mais que um ano. Ou não. Mas sempre com a mesma carinha de 25.
Porém, o lema tempo é dinheiro é literal. Os ricos em tempo não morrem nunca, são eternos; já os pobres fazem qualquer coisa por segundos a mais em suas vidas.
Viver cada dia como se fosse o último é o lema do nosso protagonista, Will Sallas. Mais uma vez Justin Timberlake se sai muito bem. Não é um ator com “a” maiúsculo, mas é aplicado e dedicado e competentemente interpreta muito bem os seus personagens. Neste filme não foi diferente.
Amanda Seyfried que com os cabelos escuros e channel fizeram os seus belíssimos e enorrrrmes olhos azuis quase que pularem da face, interpretou com muita obviedade, a patricinha Silvia: riquíssima em tempo (séculos), mas uma vida monótona até não poder mais. Evidentemente, ambos acabam se apaixonando...
Com espírito de Robin Hood, Will e Silvia me fizeram lembrar o estilo Bonnie & Clyde, mas com motivos nobres, claro. Assaltam bancos e espalham preciosos minutos para todos os pobres.
O filme é de ação leve e super fácil de gostar. Alguns temas poderiam ser mais explorados, mas o filme vale um bom tema para conversa de pós diversão.

Nota: 8

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O Preço do Amanhã (In Time)
Diretor: Andrew Niccol
Atores: Justin Timberlake, Amanda Seyfried, Alex Pettyfer
2011, ação – ficção científica

domingo, 20 de novembro de 2011

A Saga Crepúsculo: Amanhecer – parte 1 (The Twilight Saga: Breaking Dawn - Part 1)

A felicidade dos recém-casados Bella Swan e o vampiro Edward Cullen é interrompida quando uma série de traições e desgraças ameaça destruir seu mundo. Após seu casamento, Bella e Edward viajam ao Rio de Janeiro para sua lua de mel, onde finalmente cedem à sua paixão. Bella logo descobre estar grávida e durante o quase fatal parto de seu filho, Edward finalmente acata ao desejo de Bella e a torna imortal. Mas a chegada de sua notável filha, Renesmee, movimenta uma cadeia de eventos que coloca os Cullen e seus aliados contra os Volturi, o temível conselho de líderes vampiros, preparando o palco para uma batalha de tudo ou nada.

Eis que é chegada a hora do início do fim de Crepúsculo e, sinceramente, não irei chorar de saudades.
Li os quatro livros e, para mim, apenas o primeiro prestou. O segundo foi uma bomba, o terceiro quebrou o galho e o quarto, prefiro nem comentar. Mesmo assim, vamos ao cinema para ver o quão pior eles conseguiram transformar o quarto livro.
Já começa com essa história de fazer 2 filmes. Tremendo caça-níquel, óbvio. O livro não tem história para tanto e, por isso, o filme foi um arrastado irritante.
Eu adooooro vampiros! São os personagens fictícios que mais me encantam. Mesmo estes sendo pupurinados, tudo bem, já que não sou tão conservadora assim e aceito bem as novidades, mas esse filme foi de lascar. O filme todo gira em torno do dilema: Fazer o aborto e salvar a própria vida ou continuar com a gravidez que a matará?
Eu não aguento mais a cara de dor de barriga do Edward/Robert, a cara de dããã da Bella/Kristen e a cara de gostoso triste de Jacob/Taylor. Fala sério ! Não culpo eles não, culpo a direção de todos os filmes dessa saga, que não souberam desfazer as caras de bobos deles.
As cenas filmadas no Rio de Janeiro resumem-se a uma vista noturna aérea do Cristo Redentor e uma andada rápida na multirracial e cultural Lapa. Só !
Sinceramente eu esperava que o filme salvasse o livro, mas não ocorreu. Agora é esperar a parte 2 que será aquela lenga-lenga dos Volturi querendo matar a Renesmee Cullen (a mais nova vampirinha do pedaço). Que Deus nos ajude !

Nota: 6

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A Saga Crepúsculo: Amanhecer – parte 1 (The Twilight Saga: Breaking Dawn - Part 1)
Diretor: Bill Condon
Atores: Robert Pattinson, Kristen Stewart, Taylor Lautner
2011, romance – aventura

domingo, 13 de novembro de 2011

Reféns (Trespass)


O casal Kyle e Sarah é raptado por uma gangue em busca de dinheiro fácil. No entanto, a inesperada descoberta de traição e outras decepções provam que aquele assalto não foi um mero acaso.

Algo me dizia que esse filme seria uma bobagem só, mas teimosamente deixei de lado meu sexto sentido e lá fui eu assistir a essa película. Resultado? Tenho que confiar mais em meu sexto sentido.
O filme é exatamente o significado da palavra “boring” (resolvi escrever em inglês para dar um ar sofisticado no texto, além de irritar os puristas !). Enfim, o filme é um vai pra lá, vem prá cá... Que aos poucos vai é torrando a sua paciência.
Um casal riquíssimo e com segredos e problemas de confiança. Um bando de assaltantes desorganizados e sem controle. O filme é uma série de clichês e situações nem um pouco verossímeis.
Temos um Nicolas Cage com uma cara estranha e uma Nicole Kidman “desbotoxisada”, graças a Deus ! Mesmo assim, o filme nos leva a nada a lugar nenhum. Como disse no início: boring !

Nota: 6

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Reféns (Trespass)
Diretor: Joel Schumacher
Atores: Nicolas Cage, Nicole Kidman, Cam Gigandet, Liana Liberato
2011, drama - suspense

domingo, 6 de novembro de 2011

O Retorno de Johnny English (Johnny English Reborn)

Rowan Atkinson está de volta no papel do agente secreto acidental, que não conhece o medo nem o perigo, na comédia de suspense e espionagem. Em sua mais recente aventura, o mais improvável funcionário da inteligência do Serviço Secreto de Sua Majestade deverá deter um grupo de assassinos internacionais antes que eles eliminem um líder mundial e causem o caos global. Durante os anos em que o principal espião do MI7 desapareceu do mapa, ele vem utilizando suas habilidades únicas em uma remota região da Ásia. Mas quando seus superiores na Agência ficam sabendo de um atentado contra a vida do premier chinês, eles precisam localizar o agente nada ortodoxo.

Uma sátira rasgada e escrachada dos filmes de 007. Ou seja, uma bobagem do início ao fim. Por isso, ele é excelente para dar gostosas gargalhadas; pena que elas acabam sendo pontuais. Às vezes, quase sempre... Pra falar a verdade, sempre, besteirol demais acaba enchendo a paciência e perdendo até a graça. Foi o que aconteceu neste filme.
Rowan Atkinson, o eterno Mr.Bean, continua fazendo caras e caretas, trejeitos vários, que arrancam risadas fáceis do público.
A grata surpresa foi rever a querida agente Dana Scully da série Arquivo X, Gillian Anderson, interpretando personagens (no caso a chefe/agente Pegasus) sempre com poucos sorrisos... Na verdade nenhum sorriso.
O filme não lhe acrescenta nada, mas se você tem crianças pré-adolescentes para distrair neste final de semana, pelo menos, só me restou essa opção. Eles gostaram, e isso foi muito bom.

Nota: 6

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O Retorno de Johnny English (Johnny English Reborn)
Diretor: Oliver Parker
Atores: Rowan Atkinson, Dominic West, Gillian Anderson, Daniel Kaluuya
2011, comédia

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Os Três Mosqueteiros (The Three Musketeers)

O jovem Dartagnan se une a três destemidos mosqueteiros nessa nova versão da clássica história de Alexandre Dumas. Entre lutas de espadas e perseguições alucinantes, eles precisam deter os avanços do vilão Richelieu e proteger a bela Milady. Preparem-se para embarcar nas mais eletrizantes aventuras.

Já vi tantos filmes de e com os Três Mosqueteiros que, confesso, fiquei meio em dúvida se veria esse. A curiosidade falou mais alto e, na boa, não foi ruim.
Depois de uma breve apresentação das qualidades básicas de cada mosqueteiro (o Porthos sempre foi o meu favorito!) e da lindíssima e traiçoeira Milady, tomamos conhecimento dos problemas de sempre: o rei Luis XIII é um banana, o cardeal Richelieu é mau caráter e o Duque de Buckingham quer é se dar bem em cima de todos.
A sintonia dos heróis é equilibrada. Os vilões, como na maioria das vezes, perfeitos (Christoph Waltz, cardeal, está ficando muito bom nisso). As cenas de ação, principalmente as que Mila Jovovich (Milady) protagoniza, são um show de “Matrix” à parte. Os momentos engraçados também fazem parte do filme e isso só o torna uma boa diversão.
Claro que chove situações, no mínimo, alucinadas como o dirigível inventado pelo talentoso Leonardo Da Vinci e que nada mais é do que um barco voador. Porém deixe isso de lado e curta os, infelizmente, poucos momentos leves, graciosos e charmosos que apenas as lutas coreografadas dos espadachins pode nos proporcionar.

Nota: 7

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Os Três Mosqueteiros (The Three Musketeers)
Diretor: Paul W. S. Anderson
Atores: Matthew Macfadyen, Milla Jovovich, Luke Evans, Ray Stevenson, Orlando Bloom
2011, ação

domingo, 30 de outubro de 2011

A Verdade Nua e Crua (The Ugly Truth)

Abby Richter (Katherine Heigl) é produtora de um programa matutino, que tem problemas emocionais e cuja busca pelo Sr. Perfeito a deixou irremediavelmente solteira. Ela está prestes a ser acordada de forma brusca quando seus chefes a colocam frente a frente com Mike Chadway (Gerard Butler), uma intransigente personalidade da TV que promete despejar a verdade nua e crua sobre o que faz os homens e as mulheres balançarem.

O filme começa daquele jeitinho mais clichê impossível: uma mulher e um homem que se odeiam, vão trabalhar juntos e... Adivinha?! Sim, eles se apaixonam! Ele também está cheio de frases de efeito tiradas de livros de auto-ajuda, daqueles do tipo “como conquistar o homem em 5 lições" ou "como entender a cabeça feminina em 50 tópicos”.
Ou seja, o filme tinha tudo para ser mais um, mas aí que você se engana. O longa é uma excelente comédia, justamente porque tudo é bem dosado além de, por incrível que pareça (para os padrões hollywoodianos de comédia romântica), ser repleta de linguagens chulas e picantes. Tem também uma discussão sexista entre os dois, mas com muito humor, e cenas hilárias em que destaco a do jogo de beisebol e a do jantar. São de chorar de rir!
Além disso, se não for por isso, para a ala feminina é sempre um prazer ver o bonitão Gerard Butler. A ala masculina tem a meiguinha Katherine Heigl.
A comédia é leve, bem humorada e super divertida, garantia de boas risadas. Confira.

Nota: 8

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A Verdade Nua e Crua (The Ugly Truth)
Diretor: Robert Luketic
Atores: Gerard Butler, Katherine Heigl, Cheryl Hines
2009, comédia romântica

domingo, 23 de outubro de 2011

Não Tenha Medo do Escuro (Don’t be afraid of the dark)

Sally Hurst, uma criança solitária e introvertida, acaba de chegar a Rhode Island para morar com o pai, Alex, e a nova namorada dele, Kim, na mansão do século 19 que eles estão reformando. Enquanto explora a ampla propriedade, a menina descobre um porão oculto, intocado desde o estranho desaparecimento do construtor da mansão um século antes. Quando Sally, inadvertidamente, liberta uma raça antiga e obscura de criaturas que conspiram para dragá-la para as profundezas infinitas da misteriosa casa, ela precisa convencer Alex e Kim que não se trata de uma fantasia - antes que o mal que espreita na escuridão os consuma.

Este filme, produzido e roteirizado por Guillermo del Toro, é uma refilmagem de um telefilme dos anos 70.
Mansão estilo vitoriano, cheia de cômodos, escura, jardim enorme, sussurros noturnos, muitas sombras, ventos, velas, rangidos, porão, teias de aranha, escadas... Aí está o cenário perfeito para um filme de terror clássico.
Alex (Pearce) e Kim (Holmes), enquanto estão reformando uma mansão do século 19, recebem a filha de Alex, Sally, de 8 anos. Esta, como toda a criança que nada tem para fazer, resolve explorar o lugar e acaba ouvindo vozes no porão. Achando que serão seus amiguinhos, ela abre a porta para pequenas pestes que estão com muita fome...
Os primeiros 30/40 minutos são muito bons. Não pelo terror, que não foi tão aterrorizante assim, mas pelo clima de suspense e tensão.
O elenco não faz feio, até porque o filme não exige atuações brilhantes, mas vale destacar a pequena Bailee Madison que faz a Sally, a criança pela qual as criaturinhas estão doidinhas para saborear.
Confesso que o final não era o que eu esperava, mas também não foi completamente imprevisível. Mas isso não foi nada. Pior foi o final mesmo, completamente desnecessário.

Nota: 6

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Não Tenha Medo do Escuro (Don’t be afraid of the dark)
Diretor: Troy Nixey
Atores: Katie Holmes, Guy Pearce, Bailee Madison, Garry Mcdonald
2011, suspense – terror

domingo, 16 de outubro de 2011

Muita Calma Nessa Hora

Três jovens amigas, Tita (Andréia Horta), Mari (Gianni Albertoni) e Aninha (Fernanda Souza), encontram-se diante de situações desafiadoras. Em busca de novos caminhos, decidem passar um fim de semana na praia. Na estrada, conhecem Estrella (Debora Lamm), uma hippie, que lhes pede carona para tentar achar o pai desconhecido. As quatro garotas vivem situações hilárias, absurdas e emocionantes. Mais que mudar de ares, mudam a si mesmas.

Com vários meses de atraso, finalmente assisti ao filme e, sinceramente, adorei o trailer.
Achei o filme cansativo, chato, muito pouco engraçado. Piadas nada originais, uma trama sem pegada, sem tesão.
É uma pena porque as atrizes principais são boas, mas nem incríveis participações especiais salvaram o filme, e olha que os convidados eram Marcelo Adnet (no trailer eu dei gargalhadas, mas no filme apenas sorri), Maria Clara Gueiros, Bruno Mazzeo, Hermes & Renato (no início até engraçado, mas depois encheu o saco), Nelson Freitas, Leandro Hassum (adoro ele, mas o policial foi fraquinho), Luis Miranda, Sergio Mallandro (taí, ele foi legal, eu ri), André Mattos etc.
O fato é que fiquei decepcionada, pois esperava um roteiro inteligente, piadas bem sacadas, um show de todos juntos e misturados. Esperava soltar muitas gargalhadas, histéricas até, mas não rolou.

Nota: 5

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Muita Calma Nessa Hora
Diretor: Felipe Joffily
Atores: Gianne Albertoni, Andréia Horta, Fernanda Souza, Débora Lamm
2010, comédia

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Meia Noite em Paris (Midnight in Paris)

Gil (Owen Wilson) sempre idolatrou os grandes escritores americanos e quis ser como eles. A vida lhe levou a trabalhar como roteirista em Hollywood, o que se por um lado fez com que fosse muito bem remunerado, por outro lhe rendeu uma boa dose de frustração. Agora ele está prestes a ir a Paris ao lado de sua noiva, Inez (Rachel McAdams), e dos pais dela, John (Kurt Fuller) e Helen (Mimi Kennedy). John irá à cidade para fechar um grande negócio e não se preocupa nem um pouco em esconder sua desaprovação pelo futuro genro. Estar em Paris faz com que Gil volte a se questionar sobre os rumos de sua vida, desencadeando o velho sonho de se tornar um escritor reconhecido.

Este filme é uma ode de amor a Paris e, cá para nós, Paris é simplesmente apaixonante. Este filme também é.
Gil, roteirista de sucesso em Hollywood e começando a carreira de escritor, vai para Paris com a noiva Inez e seus futuros sogros. Fascinado pela cidade e, principalmente, pela Paris dos anos 20, inusitadamente, à meia-noite, ele é convidado por Zelda e Scott Ftizgerald a mergulhar na cidade boêmia e conhecendo grandes artistas da época como Ernest Heminghay, Gertrude Stein, Cole Porter, Matisse, Dalí, Buñel, Picasso etc.
Sofrendo do Complexo da Idade de Ouro, Gil, o alter ego de Allen acredita que os anos 20 são melhores que os atuais. Adriana, sua apaixonite (e também a de Picasso e Mondigliani), já prefere a Belle Époque.
O filme nos mostra que não importa em que época nós vivemos, mas se estamos insatisfeitos com nós mesmos, qualquer época é melhor do que a atual. É uma busca ininterrupta e incessante da felicidade, do prazer e da paixão.
A escolha perfeita dos atores é sempre um trunfo a mais para o sucesso dos seus filmes. Claro que, às vezes, ele também dá bola fora, mas Woody Allen é, inegavelmente, apaixonado e apaixonante.

Nota: 8

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Meia Noite em Paris (Midnight in Paris)
Diretor: Woody Allen
Atores: Owen Wilson, Rachel McAdams, Kurt Fuller, Mimi Kennedy.
2011, comédia romântica

domingo, 9 de outubro de 2011

A Árvore (The Tree)

Em uma pequena aldeia na Austrália, um casal vive com seus quatro filhos. Logo no início da trama, uma tragédia: o pai morre bem diante da filha de 8 anos, Simone. Em meio à depressão que se segue, Simone consegue apoio numa fuga para enganar a tristeza: ela passa a acreditar que o espírito de seu pai encarnou na enorme figueira ao lado de sua casa. Porém, a vida precisa seguir em frente, e Simone precisa crescer.

A Árvore. Com esse título achei que o filme fosse um drama poético, cheio de lirismo, praticamente uma espécie de auto-ajuda visual. Enganei-me!
Uma família feliz, mas eis que um dia o pai morre, deixando esposa e 4 filhos. Para amenizar o sofrimento, a mãe acaba aceitando e incentivando que a filha, 8 anos, transfira seus sentimentos para uma figueira enorme que fica em frente da casa. Mais do que isso, a própria mãe também se deixa levar por essa fantasia.
O filme é completamente morno, não tem pegada. A única coisa boa do filme foi a atuação da pequena Morgana Davies, que interpreta uma Simone cheia de emoções, mas não esquecendo a criança que é.

Nota: 4

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A Árvore (The Tree)
Diretor: Julie Bertucelli
Atores: Charlotte Gainsbourg, Marton Csokas, Morgana Davies
2010, drama

domingo, 2 de outubro de 2011

Confiar (Trust)

Annie é uma jovem de 14 anos conhece um garoto em um bate-papo na internet, e logo se apaixona por ele. O problema é que, na verdade, o garoto é um homem muito mais velho, que a atrai para um encontro e se aproveita sexualmente.

Assistir este filme deveria ser obrigatório para todos os pais de jovens adolescentes. Vou mais longe ainda, as escolas deveriam passar esse filme e, logo após, promover um debate. Com o advento da internet, pais, filhos e educadores, na verdade, não sabem muito bem os limites que devem impor aos seus jovens. A internet é um portal para qualquer canto do mundo, mas também é a porta de entrada para a criminalidade, no caso do filme a pedofilia é o pano de fundo, bem como a erotização precoce em várias campanhas publicitárias. O filme serve como um alerta para muitas pessoas. Ele é ótimo!
Na trama, os pais superprotetores não conseguem impedir que a filha Annie, de 14 anos, seja vítima de estupro por um cara (Charlie) que conheceu em um chat na web. Enquanto a filha acha que não foi violentada, já que Charlie a tratava com tanto carinho (temos aqui a Síndrome de Estocolmo), o pai se torna obcecado em vingança, criando fantasias sobre isso que, ao mesmo tempo, o vai afastando da própria filha e abalando a estrutura familiar.
Não sei sobre o primeiro (Maratona do Amor), mas este é o segundo filme dirigido por David Schwimmer (ex-Friends Ross), e sua direção foi perfeita: firme e sensível.
Atuação perfeita, forte e segura de Clive Owen que faz o pai (Will) que entra em um olho de furacão quando a sua filha sofre o estupro. Annie (Liana Liberato) típica adolescente sonhadora, rebelde, mas de autoestima baixa, vê sua vida mudar de uma hora para outra, mas ao mesmo tempo ela tem a noção de que a vida deve continuar. Mas como se parece que tudo a faz relembrar do que aconteceu? Mas como se parece que apenas Charlie realmente se importava com ela? É um mundo novo, que a família está tentando superar.
O filme é de arrepiar. Bem feito, bem produzido, bem atuado. “Confiar” apenas narra uma história sem julgar ninguém e essa história pode estar acontecendo agora mesmo, em sua casa...

Nota: 9

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Confiar (Trust)
Diretor: David Schwimmer
Atores: Clive Owen, Catherine Keener, Liana Liberato
2011, drama

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Missão Madrinha de Casamento (Bridesmaids)

Annie é uma mulher em crise com a própria vida. Sem namorado e sem sucesso na vida profissional, ela fica dividida entre a alegria e a inveja quando sua melhor amiga Lillian revela que está noiva, e quando ela pede a Annie pra ser sua dama-de-honra, ela não pode recusar. Agora Annie terá que liderar um incomum grupo de amigas de Lillian para organizar o casamento perfeito. Passando por rituais bizarros e muito caros, Annie pretende mostrar para a noiva e as outras damas o quão longe está disposta a ir para fazer a cerimônia perfeita e deixar sua amiga feliz.

Que filme é esse? Ele é simplesmente chato e ridículo !
Duas amigas de infância. Annie tem um “relacionamento” com um carinha que simplesmente a usa como objeto sexual e ela, mesmo saindo arrasada desses encontros, continua a ser com ele. Quando sua melhor amiga Lillian fica noiva, ela se dá conta da vida vazia e tediosa em que vive. Se não bastasse isso, uma nova grande amiga de Lillian, Helen, resolve fazer de tudo para conquistar o direito de ser a dama-de-honra da noiva.
Piadas bobas e completamente sem graça. Não consegui dar uma risada. O filme é tão tedioso que nem para passar na sessão da tarde serve. Uma belíssima porcaria !

Nota: 5

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Missão Madrinha de Casamento (Bridesmaids)
Diretor: Paul Feig
Atores: Kristen Wiig, Maya Rudolph, Terry Crews, Matt Lucas
2011, comédia

domingo, 25 de setembro de 2011

Amizade Colorida (Friends With Benefits)

O filme acompanha uma caça-talentos e um jovem talentoso, que começam a trabalhar juntos e acabam se tornando ótimos amigos. Quando o relacionamento avança e começa a ficar mais íntimo, as coisas se complicam. Eles tentam amenizar a situação impondo uma regra: tudo não passa de atração física e qualquer emoção deverá ser deixada de lado. Mas, será que funciona impor regras ao coração?

Depois de, coincidentemente, tomarem um pé na bunda dos seus respectivos, eles resolvem se “fechar emocionalmente, como George Clooney”. Adorei essa parte ! rs Obviamente, que isso não dá muito certo e eles acabam se conhecendo e se apaixonando um pelo outro. Ou seja, mais clichê é impossível, mas histórias românticas são um conjunto de lugar comum e, sinceramente, qual o problema?
A história lembra o filme Sexo Sem Compromisso, só que Amizade Colorida é muito melhor. Justin Timberlake e Mila Kunis estão perfeitos em seus personagens descolados, rápidos, problemáticos e divertidos. A química entre eles é tão boa que as tão comentadas cenas de sexo entre eles são um show à parte. E o filme é muito isso: amizade com benefícios, amizade colorida, cheia de nuances interessantes, justamente por ser somente sexo, sem precisar mentir ou esconder; apenas serem o que são: amigos acima de tudo.
Além da dupla protagonista, a presença dos demais atores: Patrícia Clarkson (mãe de Jamie), Richard Jenkins (pai de Dylan), Jenna Elfman (irmã de Dylan), Emma Stone (ex namorada de Dylan) e Woody Harrelson (engraçadíssimo colega de trabalho de Dylan), deixaram o filme leve, engraçado, romântico, mas nem um pouco bobo, e olha que cair na bobeira, para esse tipo de filme/argumento, é super fácil.
Se você quer assistir uma comédia romântica, esse é, para mim, o filme. Pelo menos até o momento. Você não irá se arrepender !

Nota: 9

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Amizade Colorida (Friends With Benefits)
Diretor: Will Gluck
Atores: Mila Kunis, Justin Timberlake, Rashida Jones, Richard Jenkins
2011, comédia romântica

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Pronta para Amar (A Little Bit of Heaven)

Marley descobre que está entre a vida e a morte por causa de um câncer. Em meio a sua luta, ela conhece Julian, um rapaz por quem se apaixona. Neste momento decisivo da sua vida, ela percebe que sente mais medo de amar do que de morrer.

O filme tem pitadas de humor, mas no fundo é mesmo um drama romântico.
Com atuações brilhantes de todos, principalmente de Kate Hudson, Gael García Bernal e Kathy Bates, o filme conta a história de uma mulher, Marley Corbett, linda, inteligente, independente e uma publicitária criativa, que descobre que está com câncer, já na fase terminal. Ao mesmo tempo em que descobre o amor, com o Dr. Julian Goldstein, vivido pelo mexicano Gael García Bernal, descobre o dom do perdão e fortalece o espírito da amizade.
Ok, o filme é um dramalhão lacrimoso, mas também é irresistível. Não existem milagres, mas utilizando, muitas vezes, um humor sarcástico, o longa fala de vida e de como temos que nos adaptar as mudanças de rumo. Claro que algumas situações só ocorrem em filmes hollywoodianos, afinal de contas, quem aceita a morte tão serenamente? Eu não aceitaria, mesmo vendo Brad Pitt como Deus, e olha que Marley viu Whoopi Goldberg. Por sinal, muito bom revê-la na telona.
Impossível não chorar (eu chorei !) e impossível não cair na gargalhada e olhar com olhos curiosos e amáveis a cena que envolve o verdadeiro “A little bit of heaven”, interpretado pelo recém ganhador do Emmy Awards, Peter Dinklage (Game of Thrones).
Esse filme só poderia ter como cenário Nova Orleans, berço do jazz. Celebração da vida, mesmo que seja na morte, esse é o espírito do filme.

Nota: 8

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Pronta para Amar (A Little Bit of Heaven)
Diretor: Nicole Kassell
Atores: Kate Hudson, Gael García Bernal, Kathy Bates, Whoopi Goldberg
2011, comédia – romance – drama

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Conan, o Bárbaro (Conan the Barbarian)

A trama contará a história de Conan, o cimério, e suas aventuras através do continente de Hibórea em busca de vingança pelo assassinato de seu pai e a destruição de sua vila.

Nos anos 80, quando assisti ao filme original, na telinha da televisão, estrelado pelo desprovido de beleza e talento artístico, Arnold Schwarzenegger, lembro de ter achado um porre. Na realidade só gostei de uma cena: a da mãe de Conan sendo decapitada e sua cabeça rolando para o chão e o corpo tombando para o lado, enquanto o filho, então uma criança, assistia a tudo de mãos dadas com a falecida. Achei o máximo essa cena.
Quase 30 anos depois resolveram fazer um remake. Ou melhor, uma releitura, já que algumas coisinhas são diferentes do filme de 1982. Dessa vez com um ator havaiano de beleza selvagem com pitadas de cinismo, Jason Momoa, que pelo visto ficará tarimbado em personagens bárbaros (ele interpretou o Khal Drogo, da série Games of Thrones). Para essa mudança, nota 10 com louvor !
Aliás, direi mais: gostei do filme ! Não teve a cena que gostei no primeiro, mas o que fizeram neste também foi forte, vigorosa, impactante. Conan continua com o lema “eu vivo, eu mato e sou feliz”, mas não parece um brutamonte descerebrado. O Conan de 2011 tem a vingança nos olhos, mas um olhar que ao mesmo tempo percebe o coração e a coragem das pessoas ao seu redor.
Claro que exageros existem, mas ninguém foi para o cinema achando que veriam um Conan shakespeariano, portanto... Claro que haverá pessoas que acharão o filme ruim e dirão que o de 82 foi muito melhor. Outros jurarão de pés juntos que este é muito mais fiel ao herói que o criador Robert E. Howard idealizou em 1932, e nesse quesito não posso opinar. O fato é que o filme distrai, mesmo sendo na base da porrada.

Nota: 8

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Conan, o Bárbaro (Conan the Barbarian)
Diretor: Marcus Nispel
Atores: Jason Momoa, Rachel Nichols, Stephen Lang, Rose McGowan
2011, ação

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Larry Crowne – O Amor está de Volta (Larry Crowne)

Larry Crowne (Tom Hanks) era o líder de sua equipe de estrelas da Marinha. Após ser rebaixado, começa uma busca da reinvenção pessoal e volta à sua cidade natal. Nela, Larry desenvolve uma paixão inesperada por sua professora da faculdade, Mercedes Tainot (Julia Roberts).

Eu poderia traduzir este filme, dirigido por Tom Hanks, em uma única palavra: abobalhado.
O longa conta a história de Larry, um excelente funcionário, de meia idade, que é demitido por não ter faculdade. Com dificuldades em encontrar emprego e vendo suas dívidas se acumularem, resolve entrar para a faculdade. Lá ele conhece a Mercedes (Julia), professora de oratória, uma mulher que perdendo tanto a paixão por ensinar quanto a paixão pelo marido. Daí… blá blá blá Enfim, com uma história simplória, o filme é um amontoado de clichês.
O que anima o filme são os atores coadjuvantes, que dão um show a parte. Eles animam, mas não salvam o filme que é pra lá de previsível, bobo e completamente dããã.
Adoro Tom Hanks, que nos anos 90 fez várias comédias românticas de sucesso, além dos dois filmes que lhe deram um merecido Oscar: Filadélfia e Forrest Gump. Julia Roberts não é um espetáculo de atriz, mas também teve seus momentos de glória nos anos 90 em filmes do mesmo gênero romântico. Era de se esperar que ambos protagonizassem um belo filme, mas com um roteiro para lá de fraquinho, não rolou.
Segundo o site do National Enquirer, Tom Hanks devolveu o dinheiro dos ingressos para um casal que assistiu ao filme e não gostou, pois esperavam mais. Fiquei com inveja do casal, porque a minha grana ninguém devolverá !

Nota: 6

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Larry Crowne – O Amor está de Volta (Larry Crowne)
Diretor: Tom Hanks
Atores: Tom Hanks, Julia Roberts, Taraji P Henson, Jon Seda
2011, comédia romântica

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Cowboys e Aliens (Cowboys & Aliens)

1873. Território do Arizona. Um estranho sem memória chega à desértica cidade de Absolution. A única referência ao seu passado é um misterioso grilhão em um dos seus pulsos. O que ele descobre é que a população de Absolution não gosta de forasteiros, e ninguém na cidade se move sem a permissão do intransigente Coronel Dolarhyde. Mas Absolution está prestes a experimentar um medo que mal compreende, quando a cidade é atacada por saqueadores do espaço. Agora, o estranho que eles rejeitaram é a única esperança de salvação. Esse pistoleiro aos poucos rememora quem é e onde esteve, e percebe que detém um segredo que pode dar à cidade uma chance contra a força alienígena.

A idéia de misturar faroeste com ficção científica é realmente inusitada. De repente a HQ que Fred Van Lente e Iam Richardson criaram deve ser bem legal. Porém, o filme foi... Assim... Assistível !
Daniel Craig atuou como um robô. Fez um Jake Lonergan retinho, certinho, sem risos, sem molho. Já Harrison Ford fez um Coronel Dolarhyde vigoroso, malvado, mas no fundo com um coração bom. Harrison Ford rouba as cenas. Carisma é carisma, você nasce com ou sem e ele nasceu com muito.
O filme começa misterioso. Jake acorda sozinho, em meio ao velho oeste, sem saber onde está, quem é e o que é aquele bracelete agarrado em seu braço. Com o tempo, junto com ele, vamos descobrindo que ele é um bandido procurado e que aquele que achávamos ser o vilão, Dolarhyde, é um poderoso coronel da pequena cidade onde desaparecimentos estranhos ocorrem. Ao longo da história, ambos se juntam para enfrentar alienígenas que atacam e raptam as pessoas por causa do ouro. Claro que tem que ter ouro no meio, senão não seria western !
Pois é, é isso... O longa tem mocinho, tem vilão, têm índios, têm bandidos, tem xerife (praticamente uma participação especialíssima de Keith Carradine), tem saloon, tem covarde, tem metidinho, tem órfão, tem padre e, claro, tem mocinha indefesa. Bem, ao longo do filme descobrimos que Ella (vivida pela atriz Olivia Wilde) não é tão indefesa assim, mas está ali para aquecer o coração do ex-bandido, entre outras coisas...
O filme é fraco e previsível. Como já disse logo no início, ele é apenas assistível.

Nota: 6

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Cowboys e Aliens (Cowboys & Aliens)
Diretor: Jon Favreau
Atores: Daniel Craig, Harrison Ford, Adam Beach, Olivia Wilde
2011, ficção científica – aventura

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Os 100 Maiores Líderes Militares da História (Victory - 100 Great Military Commanders)

A guerra é descrita por historiadores como a segunda ocupação favorita da humanidade e, sem dúvida, tem um papel fundamental na história do mundo. De Leônidas de Esparta, o herói condenado da batalha das Termópilas, em 480 a.C., até Colin Powell, o estrategista da Guerra do Golfo, de 1990, os maiores líderes militares da História têm aqui o seu perfil traçado e suas batalhas mais importantes analisadas.

Comprei o livro para dar de presente ao meu irmão, mas eu sempre leio antes de entregar. Confesso que pensei que o livro fosse mais profundo nas táticas militares, mas na verdade ele dá uma pincelada básica na biografia dos líderes.
Os líderes militares escolhidos por Nigel Cawthorne começam na Antiguidade (Leônidas, de Esparta; Aníbal; Marco Agripa; Átila, o Huno; entre vários outros), passam pelo Anglo-Saxões e Viquingues (Athelstan etc), Idade Média (El Cid, Genghis Khan etc), Guerra Civil Inglesa (Oliver Cromwell etc), Era Napoleônica (Lorde Nelson, Napoleão Bonaparte etc), Império Britânico (Shaka Zulu, James Wolfe etc), Prússia (príncipe Otto von Bismarck etc), Primeira e Segunda Guerras Mundiais (Kemal Ataturk, Mao Tsé-tung etc) entre outras, e finaliza na Era Moderna (Colin Powell etc).
São um pouco mais de 400 páginas, mas vale a pena dar uma lida. Afinal de contas esses homens demonstraram inteligência em estratégias militares e, de certa maneira, temos muito que aprender com eles, como o texto da orelha do livro bem diz: "Quer seja defendendo suas terras ou conquistando terras alheias, os líderes que têm perfil traçado neste livro representam o ápice da genialidade militar."

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Os 100 Maiores Líderes Militares da História (Victory - 100 Great Military Commanders)
Autor: Nigel Cawthorne
DIFEL - Editora Bertrand Brasil Ltda

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Gordos (Gordos)

É uma comédia sobre a vida de excessos e carências; sobre nossas inseguranças, fobias, obsessões, traumas, erros, medos, culpas, desejos, esperanças, desafios, benefícios, metas, relacionamentos, amor, sexo, saúde, família…, sobre a sobrevivência no “mais amplo” sentido da palavra.

Esse filme não fala somente da ditadura do físico perfeito, mas expõe, também, a solidão daqueles que estão acima do peso; o bullying sofrido até mesmo dentro de casa; a falta de auto-estima; o nojo do corpo; o celibato antes do casamento, escondendo problemas muito mais profundos, etc.
O fio condutor é o comercial do produto “Kilo Away”, um daqueles remédios que prometem milagres. Todos os principais envolvidos participam de terapia e têm suas vidas, mais cedo ou mais tarde, misturadas.
O filme, uma produção espanhola, é bem interessante. Reafirma o que todos nós já estamos cansados de saber: para emagrecer, claro que fechar a boca é importante, mas o principal é descobrir o que está errado em sua vida e tratar disso. A comida, o comer compulsivamente é mais um sintoma de fuga e carência, do que simplesmente falta de vergonha na cara, por exemplo.
Este filme não é só para gordinhos, mas para todos que afogam suas mágoas e frustrações em qualquer outra coisa. Vale a pena assistir.

Nota: 7

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Gordos (Gordos)
Diretor: Daniel Sánchez Arévalo
Atores: Antonio de La Torre, Roberto Enríquez, Verônica Sánchez
2009, drama - comédia


sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Planeta dos Macacos – A Origem (Rise of the Planet of the Apes)

O novo filme se passa antes da história já conhecida sobre o domínio dos símios na Terra. Os macacos superaram os cães e gatos no papel de animais de estimação, e substituíram os empregados como assistentes pessoais, até que os contínuos maus tratos a que eram submetidos levam um macaco mais desenvolvido, César a liderar uma espetacular revolta. Franco viverá o jovem cientista que consegue desenvolver uma mistura de homem com macaco.

Eu sou do tempo da série e do filme Planeta dos Macacos, ambos tendo seres humanos travestidos de macacos. Agora, em pleno 2011, temos a origem do Planeta dos Macacos sem humanos fantasiados de símios e muito menos o próprio animal. Graças a Weta Digital, de Peter Jackson, todos os macacos que aparecem no filme foram feitos por computação gráfica. É impressionante a tecnologia de hoje em dia. Chega até a assustar...
O longa foi interessante, como todo filme que conta o início de alguma coisa. A grande estrela é o César (Andy Serkis, usando a técnica da captura de movimento, a mesma utilizada quando fez Golum em O Senhor dos Anéis), um chipanzé nascido no cativeiro com o ALZ-112 correndo em suas veias. Ele é, na realidade, resultado de uma experiência do Dr. Will Rodman (Franco) para combater o Mal de Alzheimer. A doença que o seu pai, Charles (excelente interpretação de John Lithgow), tem, ele não conseguiu eliminar, mas criou um macaco superinteligente e com capacidade até de falar.
Em certo momento, César pergunta a Will, o que César é. É uma pergunta crucial e capciosa... César não é um macaco e nem ser humano, mas transita nos dois extremos e, ao mesmo tempo, vê-se completamente deslocado em ambos.
Enquanto nos antigos filmes dos Planetas dos Macacos os macacos eram apresentados como vilões, salvo raras exceções, neste longa os símios são as verdadeiras vítimas, desde o início. Aliás, de onde surgiram tantos macacos em São Francisco? Será efeito Gremlins? Será excesso de circos? Muuuuito estranho...
O filme é interessante, não só pela tecnologia de ponta, mas também pelo roteiro bem escrito e produzido, mas eu esperava um pouquinho mais... Vamos aguardar a continuação.

Nota: 7

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Planeta dos Macacos – A Origem (Rise of the Planet of the Apes)
Diretor: Rupert Wyatt
Atores: James Franco, Freida Pinto, Andy Serkis, Brian Cox
2011, ficção – aventura


terça-feira, 23 de agosto de 2011

Professora sem classe (Bad Teacher)

Alguns professores simplesmente não estão nem aí. Por exemplo, há Elizabeth: desbocada, cruel e inapropriada; ela bebe, fica alta e mal consegue esperar para receber seu vale refeição e dar o fora do seu trabalho entediante. Quando ela é abandonada por seu noivo, logo traça um plano para conquistar um professor substituto rico e bonito.

Cameron Diaz, linda como sempre e perfeita em comédias sensuais. Juntin Timberlake não é um mega ator, mas dá conta direitinho dos papéis que pega e nesse filme não foi diferente. Jason Segel e Lucy Punch também estão bem. Portanto, está formado um filme leve, bobo, picantezinho e bem humorado.
Elizabeth Halsey (Diaz) é uma professora que não está nem aí para os seus alunos. Ela só quer é juntar uma grana para colocar silicone nos seios e por isso é capaz de qualquer coisa. Ela faz de tudo mesmo: rouba, dopa, tenta seduzir Scott Delacorte (Timberlake), um riquinho e bobo professor substituto, e por aí vai. Nesse meio tempo, Amy (Punch), uma professora que zela pelo ensino e pela lisura, tenta mostrar quem é a verdadeira professora Halsey para o diretor e demais professores.
O filme não é esplêndido, mas diverte.

Nota: 6

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Professora sem classe (Bad Teacher)
Diretor: Jake Kasdan
Atores: Cameron Diaz, Jason Segel, Justin Timberlake, Lucy Punch
2011, comédia


sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Lanterna Verde (Green Lantern)

Em um universo tão vasto quanto misterioso, uma pequena, mas poderosa força existe há séculos. Protetora da paz e da justiça, ela é conhecida como a Tropa dos Lanternas Verdes. Uma irmandade de guerreiros designada a manter a ordem intergaláctica, na qual cada Lanterna Verde possui um anel que lhe garante superpoderes. Porém, um novo inimigo chamado Parallax ameaça destruir o equilíbrio das forças do Universo, e o destino dos guerreiros e do planeta Terra estará nas mãos do seu mais novo recruta, o primeiro humano a ser selecionado para a Tropa, Hal Jordan.

Apaixonados por HQ (no meu tempo era gibi... abafa!), não me matem, mas é necessário fazer uma revelação: NUNCA ouvi falar do herói Lanterna Verde. Besouro verde, sim, mas Lanterna... Enfim, pintou o filme e lá fui eu conhecer o distinto superherói. E sabe de uma coisa? Gostei do cara. Acho que é o primeiro super que é realmente humano, que tem medo e não tem medo de dizer que tem.
Hal Jordan se torna um superherói não porque foi ficado por um aracnídeo, ou porque sofreu mutações em experiências militares, ou porque herdou genéticamente o poder. Ele se torna herói porque o anel que lhe dá poderes o escolheu. Nem ele sabe muito bem o que significa tudo isso, mas está disposto a aprender e a superar o próprio medo. Achei o máximo ! Além disso, o modelito que usa é super fashion.
O filme não é um espetáculo, mas tem boas doses de ação, humor e pitadas de romance. Efeitos especiais a dar com pau, óbvio. Tem um mundo intergaláctico chamado Oa que, sinceramente, achei totalmente sem graça. Acho que queriam fazer do Oa um planeta como Dagobah, com a presença do mestre Yoda deles, para treinar o herói, mas não deu. O Parallax e Hector Hammond são os inimigos da hora. Um quer papar a Terra (ele se alimenta do medo) e o outro... Bem, o outro é o vilão pelos motivos de sempre: o pai o considera uma decepção.
Ryan Reynolds não é carismático (mas tem um corpo incrível!!!), porém, fez um Hal Jordan/Lanterna Verde bem simpático.
É aquilo: provavelmente os amantes de HQs irão odiar e reclamar horrores do filme. É justo! Eu, como já disse, nem conhecia a figura e gostei do longa. Portanto, se você quer se divertir sem esquentar a cabeça, pode encarar que eu recomendo.

Nota: 7

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Lanterna Verde (Green Lantern)
Diretor: Martin Campbell
Atores: Ryan Reynolds, Blake Lively, Peter Sarsgaard , Angela Bassett, Tim Robbins
2011, ação

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Dylan Dog e as Criaturas da Noite (Dylan Dog - Dead of Night)

O detetive Dylan Dog convive com criaturas do mundo sobrenatural. Quando o pai de uma moça é assassinado por um lobisomen, ele entra em ação para desvendar o mistério. Ao lado de seu fiel assistente Marcus, Dylan vai enfrentar as mais terríveis criaturas, zumbis, lobisomens e até um assustador guardião do inferno.

Dylan Dog, conhecido como o detetive do pesadelo, é mais uma HQs, dessa vez da italiana Bonelli Comics, que ganha uma adaptação para as telonas. Com o slogan de “Não tem Pulso? Não há Problema.", o detetive Dog enfrenta zumbis, vampiros, lobisomens... Definitivamente essas espécies invadiram nossas telinhas e telonas.
Dylan Dog, ou melhor, Brandon Routh (ele interpretou o Super-Homem, em Superman - o retorno), é um gato. Bonito, charmoso, ar impenetrável, corpo escultural e humor refinado. Uma coisa espetaculosa, mas o filme... É lento, é chato, é arrastado... Você dá uns risinhos aqui, leva uns sustinhos ali e mais nada. O resto é tudo óbvio demais, sem suspense, sem dúvidas.
Mesmo assim o herói é interessante, bem como o seu ajudante, Marcus (Sam Huntington), coitado, que tem que se adaptar a sua nova realidade de ser zumbi. Com um roteiro bem melhor, tenho certeza que uma nova aventura faria sucesso. Aliás, daria uma excelente série televisiva.
Bom, mas o fato é que, mesmo com um roteiro ruinzinho, o filme vale a pena ser visto... Isso se você não tiver nada melhor para fazer, é claro !

Nota: 7

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Dylan Dog e as Criaturas da Noite (Dylan Dog - Dead of Night)
Diretor: Kevin Munroe
Atores: Brandon Routh, Sam Huntington, Taye Diggs, Anita Briem
2011, comédia



quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Super 8 (Super 8)

Super 8 se passa 1979, e acompanha um grupo de seis jovens que estão usando uma câmera Super 8 para fazer seu próprio filme de zumbis. Numa fatídica noite, o projeto os leva para um solitário trecho de trilhos rurais, onde um caminhão colide com uma locomotiva em sentido contrário e um descarrilamento enche a noite com uma chuva de fogo. Então, alguma coisa emerge dos escombros, algo decididamente desumano.

É praticamente um tudo junto e misturado. O pôster (esse do post) lembra Guerra nas Estrelas e o Indiana Jones. O filme, em vários momentos, nos remete aos clássicos (alguns nem tantos...): Os Goonies, Transformers, ET, Contatos Imediatos...
J.J. Abrams (Lost e Fringe) escreve e Steven Spielberg produz e o que saiu dessa dupla foi um filme de ação, suspense e aventura. Ambos, individualmente, já fizeram coisa muito melhor, mas não sejamos tão ranzinzas. Super 8 é um filme caprichado, que prende a atenção e distrai. Além de ser uma homenagem ao cinema.
Elle é a chamada irmã de peixe, peixinho é... Irmã mais nova de Dakota Fanning, Elle, além de muito bonita, dá um show. Os jovens companheiros de cena também não fazem feio.
Não é um filmaço. Tem vários furos, perguntas sem respostas, mas mesmo assim vale a pena conferir.

Nota: 7

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Super 8 (Super 8)
Diretor: J.J. Abrams
Atores: Joel Courtney , Kyle Chandler, Elle Fanning, Ron Eldard, Noah Emmerich
2011, aventura - ficção científica


segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Eu e Meu Guarda-Chuva

Em sua última noite de férias, Eugênio, um menino de 11 anos, e seu melhor amigo, Cebola, se metem em aventuras inimagináveis para resgatar Frida, sua paixão e colega de escola, que foi seqüestrada pelo fantasma do temível Barão Von Staffen. Nesta odisséia, Eugênio contará com a ajuda de um guarda-chuva herdado de seu saudoso avô, que lhe dará a coragem necessária para seguir em frente. O duelo final entre o Barão e Eugênio decidirá o destino de Frida e de todos eles.

O filme é baseado no livro homônimo, escrito a três pares de mãos: Branco Mello e Ciro Pessoa (ambos dos Titãs, sendo que Ciro é da 1ª formação) e Hugo Possolo (um dos criadores do grupo Parlapatões), em 2001. Em 2002 foi transformado em espetáculo teatral.
Antes de o filme estrear, vi o trailer junto com a minha afilhada de 11 anos e nos interessamos, mas creio que ficou tão pouco tempo em cartaz que não tivemos a oportunidade de ver. Agora tive a oportunidade de baixar o filme e assisti. E quer saber? Graças a Deus não gastei o meu dinheiro indo ao cinema para vê-lo. Que filmezinho chato! Essa é a minha opinião e a de minha afilhada.
A história é fraca; a atuação de todos é robótica; o filme é modorrento. Sinceramente, o filme não serve nem para sessão da tarde, em tarde de tempestade, raios e trovões, isolada em uma ilha deserta.

Nota: 4

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Eu e Meu Guarda-Chuva
Diretor: Toni Vanzolini
Atores: Adriana Falcão, Bernardo Guilherme, Marcelo Gonçalves
2010, infantil

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Terror sem Limites (A Serbian Film)

História de Milos, um ex-ator pornô que está longe do negócio e vive com sua esposa e filho. A situação não é tão fácil com a crise econômica e, portanto, aceita a oferta de um antigo colega da indústria e uma estrela de cinema XXX. Lá você vai descobrir que as intenções do diretor é ir além do simples ato erótico.

Sou absolutamente contra a censura. Não quero que terceiros digam o que eu posso ou não posso ver. Imagina !
Mas o fato é que “A Serbian Film”, produção sérvia que está sendo acusada de incitar a pedofilia e a violência, passando pela necrofilia e estupro, foi suspensa aqui no Rio de Janeiro, por tempo indeterminado, em decorrência de uma solicitação do DEM-RJ, que admitiu que não assistiu ao longa. Segundo o nosso ex-prefeito Cesar Maia: “Não se viu o filme e nem precisava”. Olhem bem o nível da pessoa...
Pois bem, depois dessa celeuma toda, um amigo perguntou se eu já tinha visto o filme. Como na internet nada se esconde... Achei o filme, baixei e assisti.
A Serbian usa a metalinguagem: um filme dentro de um filme. Milos é o rei do pornô (e nem bonito é!), tem mulher e um filho de uns 5/6 anos... 7 no máximo. Estão sem muita grana e surge uma proposta irrecusável para fazer o seu último filme pornô, mas no estilo pornografia artística. Segundo o diretor, será um filme revolucionário, tanto que o próprio Milos não receberá roteiro. Tudo será inesperado e é aí que começa...
Basicamente o filme nos joga na cara, crua e friamente, a perversão humana, com todas as cores. O quanto o ser humano pode ser sádico e cruel. Se com as cenas apresentadas alguém ficou excitado, por favor, indiquem um tratamento urgente para essa pessoa. Agora, se você saiu do filme chocado, tenso, com estômago embrulhado e uma mistura de tristeza, incredulidade e nojo: parabéns ! Você é um ser humano, acima de qualquer coisa!
Os 15, 20 minutos finais são fortes, são terríveis demais. Eu tomei um baita susto, pois nem passou pela minha cabeça aquela situação. Fiquei, realmente, chocada. Confesso que fiquei interessada em saber o que o diretor queria com esse filme. Tudo bem que a Sérvia ainda está com gosto de sangue na boca já que é um pais pequeno, onde ocorreu confrontos bem cruéis... Guerra tão sangrenta e atual que, por incrível que pareça, nem lembro dela (você lembra?).
Aí eu li o seguinte comentário de Srdjan (35 anos), o diretor do filme, ao iG: o filme é uma "crítica à sociedade e às atrocidades enfrentadas pela Sérvia em sua história recente". Segundo ele, tudo tem seu motivo de estar lá. "É quase como dar um testemunho do que aconteceu comigo, do quão profundamente os sentimentos humanos podem ser violados – e colocar o público nesses lugares."
Pois é, a Sérvia foi palco de atrocidades reais. Vários países são até hoje e essas sim deviam ser censuradas e proibidas. Mas é mais fácil proibir um filme do que terminar uma guerra, não é mesmo?
A censura é uma atitude grave e drástica. A censura tomada de uma maneira cega (nem assistiram ao filme, meu Deus!) é mais perigosa ainda. Você, que certamente é um adulto equilibrado e inteligente, não se deixe levar... Tenha a sua própria opinião ! Você pode até não querer ver esse tipo de filme, eu respeito isso. Mas não aceite que outra pessoa diga o que você pode ou não ver. Isso significaria o início, quase que despercebido, de uma volta ao passado que certamente nem você quer.

Nota: 6

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Terror sem Limites (A Serbian Film - Srpski Film)
Diretor: Srdjan Spasojevic
Atores: Srdjan Todorovic, Sergej Trifunovic, Tanja Divnic
2011, drama, suspense, terror

domingo, 31 de julho de 2011

Capitão América - O Primeiro Vingador (Captain America: The First Avenger)

Nascido durante a Grande Depressão, Steve Rogers foi um menino franzino em uma família pobre. Horrorizado com a ascensão Nazista na Europa, o garoto parte para entrar para o exército. Mas, devido a sua saúde frágil, ele é rejeitado. Mas após escutar os apelos honestos do menino, o General Chester Phillips oferece a Rogers a chance de participar da Operação Renascimento. Depois de semanas de testes ele recebe o soro do supersoldado e é bombardeado por raios-vita. Steve Rogers aparece então com o corpo mais perfeito que um ser humano pode ter e é submetido a intensos treinamentos físicos e táticos. Meses depois ele parte para a sua primeira missão como o Capitão América com seu escudo indestrutível.

E eis que surge mais um herói da Marvel Comics (criado em 1941, no período da Segunda Grande Guerra) que se transforma em longa metragem. Não sou chegada ao Capitão América, nunca fui. Acho o modelito feio, o escudo um saco e aquela máscara com asinhas um ó ! Mas lá fui eu conferir o filme.
Chris Evans, que se cansou de pegar fogo a toda hora (ele interpretou o Tocha Humana, no Quarteto Fantástico), interpreta Steve, um jovem franzino e asmático que, depois de 4 tentativas, finalmente entra para o exército do Tio Sam. Lá ele participa de uma experiência do exército americano que visa criar um super soldado e não é que, em um passe de “mágica”, o raquítico ganha uma massa muscular, um corpaço inquestionável? Claro que outros dons vieram juntos, mas Steve não perde a alma, o coração, a humanidade e a sensibilidade do ser humano. Isso é que o faz diferente. Ahhhhh
Agora é sério, Chris fez um Capitão América direitinho. Adorei rever o queridíssimo Tommy Lee Jones (General Chester Phillips) que com aquela cara de zangado, tem um senso de humor único. Também perfeitos estavam o sempre incrível multifacetado Stanley Tucci (Dr. Abraham Erskine) e Hugo Weaving, como Caveira Vermelha.
Como filme de ação, sinceramente, achei devagar e chato; fiquei até com sono. Não me empolgou, mas tem quem goste... Você, por exemplo, pode ser um deles.
Ah, e para variar, só saia da sala depois dos créditos finais, para dar um confere em mais um trailler teaser do filme “Os Vingadores”, que tem estréia prevista para maio de 2012.

Nota: 7

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Capitão América - O Primeiro Vingador (Captain America: The First Avenger)
Diretor: Joe Johnston
Atores: Chris Evans, Tommy Lee Jones, Hugo Weaving, Hayley Atwell
2011, ação

quinta-feira, 28 de julho de 2011

X-Men Primeira Classe (X-Men: First Class)

Mostra o início da épica batalha da franquia X-Men e revela a história secreta de famosos eventos globais. Antes dos mutantes se revelarem para o mundo, e antes de Charles Xavier e Erik Lensherr se chamarem Professor X e Magneto, eles eram dois jovens descobrindo seus poderes. Enquanto ainda eram amigos, eles trabalhavam em conjunto com outros mutantes (alguns conhecidos, outros não) para impedir o Armageddon. Durante o processo, uma grave rixa começa entre a dupla, e dá início à eterna guerra entre a Irmandade de Magneto e os X-Men do Professor X.

Finalmente assisti este que é o início da saga X-Men. Com humor, ação, aventura e drama, a Primeira Classe conta o início da amizade entre Charles Xavier (James McAvoy) e Erik Lehnsherr (Michael Fassbender) antes de se tornarem os rivais Professor X e Magneto, respectivamente.
A história acontece mesmo nos anos 60 e usar eventos reais famosos como a Segunda Guerra Mundial e a Guerra Fria, a Crise dos Mísseis de Cuba, dá um ar de credibilidade e realidade muito interessante nessa ficção.
Além disso, o filme não é e não fica só nos chefões arquiinimigos. Ele vai além. O tema central é a aceitação. Humanos e mutantes têm sérias rusgas (o diferente dá medo, incomoda) entre si, e se já não bastasse, alguns mutantes não aceitam a si próprios, como é o caso da Mística (Jennifer Lawrence) e do Fera (Nicholas Hoult). Aliás, fantástica a interpretação de Jennifer.
Enfim, com esse filme fica claro o respeito existente entre Professor Xavier e Magneto que, aliás, não era tão mau assim, vai. O que realmente ocorre é que, no início, Xavier era um “mauricinho”, tranquilo, sem grandes preocupações; enquanto que Erik, ainda criança, passou por um campo de concentração e viu sua mãe sendo assassinada. Com isso, o foco principal dele era se vingar daquele que lhe roubou tudo que tinha de melhor: o bandido irritantemente arrogante e que se acha, Sebastian Shaw (Kevin Bacon).
Todos os atores fizeram muito bem os seus trabalhos, com atuações simples e perfeitas. O longa teve ação, teve emoção, teve humor, teve efeitos especiais e teve história. Atrevo a dizer que X-Men: Primeira Classe é muito mais interessante do que os filmes anteriores. Claro que seria ainda melhor com a presença do Wolverine, mas este dá o ar de sua graça (e que graça!) em certo momento do filme. O suficiente para levar a platéia ao delírio e as gargalhadas.

Nota: 9

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X-Men Primeira Classe (X-Men: First Class)
Diretor: Matthew Vaughn
Atores: James McAvoy, Michael Fassbender, Kevin Bacon, Jennifer Lawrence
2011, ação – aventura

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Ladrões (Takers)

Ladrões, dirigido por John Luessenhop, gira em torno de um famoso grupo de criminosos (Idris Elba, Paul Walker, T.I., Chris Brown, Hayden Christensen e Michael Ealy) que continuam a confundir a polícia com seus roubos a banco executados à perfeição. Eles conseguem levar a cabo o roubo como uma máquina bem azeitada e simplesmente desaparecem entre um roubo e outro. Mas, ao planejar um último roubo, onde está em jogo um valor maior do que jamais tentaram roubar, o grupo vê seus planos interrompidos por um detetive linha dura (Matt Dillon) que está decidido a elucidar o caso.

Sabe o filme “12 homens e um segredo”? Pois é, é o mesmo estilo, só que neste são 6 e, pro meu gosto, estão longe de serem gatos. No máximo engraçadinhos.
Neste filme 6 ladrões organizadíssimos (mesmo entre bandidos, organização e inteligência dá gosto de ver) planejam um roubo de mais de 19 milhões, mas existe um policial honesto e casca grossa (sim, ainda existem tiras assim, principalmente nos filmes) que quer acabar com essa quadrilha de qualquer maneira.
Eu não quero fazer deste post um consultório, mas é um tema para se pensar: por que filmes feito, principalmente, com a visão, “glamourizada”, dos bandidos (“12 homens”, “Ladrões”, “Butch Cassidy”, “Bonnie & Clyde” etc), de certa maneira nos convencem de que eles são boas pessoas e nós acabamos até torcendo por eles? Será que o “rouba, mas faz” (neste filme eles sempre dão 10% para caridade, por exemplo) se tornou mais importante do que ser honesto? O certo e o errado agora dependem do ponto de vista de quem vê? É para se pensar.
Mas o fato é que, infelizmente, no Brasil, este filme foi lançado apenas em DVD. O filme é um policial de ação e bota ação nisso, principalmente nos minutos finais que, além de muita adrenalina, temos a confirmação do que já desconfiávamos. Mesmo assim esse filme é uma boa diversão.

Nota: 7

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Ladrões (Takers)
Diretor: John Luessenhop
Atores: Matt Dillon, Paul Walker, Zoe Saldana, Chris Brown
2010, ação - policial

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Contra o Tempo (Source Code)

O filme acompanha o capitão Colter Stevens, que acorda no corpo de outro homem e descobre que faz parte de uma missão para salvar Chicago de um trem desgovernado. Em uma tarefa que não se parece a nenhuma das que já realizou, percebe que é parte de um experimento do governo chamado código fonte um programa que lhe permite passar pela identidade de outro homem nos últimos 8 minutos de sua vida. Ele tem poucos minutos para descobrir o que irá acontecer com o trem.

Adoro suspense e ação com pitadas de ficção, e quando os três vêm juntos fazendo do filme um filmaço, muito melhor.
Sabe lá o que é se explodir, explodir, explodir, explodir... A missão do capitão Colter Stevens (Gyllenhaal) é descobrir onde está uma bomba que explodirá (e já explodiu, já explodiu, já explodiu...) em 8 minutos e quem é o terrorista que a colocou e detonou, matando milhares de pessoas no trem, em Chicago. Mas não é assim tão moleza... Ele está no centro de uma experiência militar que mistura física quântica, com campo eletromagnético do cérebro, cálculos e códigos fontes etc. Não, ele não faz uma viagem no tempo, mas ele é realocado de modo a acessar uma realidade paralela, várias vezes, nos últimos 8 minutos antes da explosão. Nessa realocação, ele toma o corpo e a identidade de Sean Fentress. Na verdade, a vida do capitão Stevens não tem mais valor e ele estar vivo ou morto é irrelevante...
Achei o roteiro de Ben Ripley super interessante. A história é bem feita, o ritmo que tinha tudo para ser monótono, afinal são tantos retornos sempre no mesmo local, nos mesmos 8 minutos, é intenso. Nós, junto com Jake, vamos tomando conhecimento, aos poucos, de informações que nos dão, em cada retorno, um olhar diferente.
Jake Gyllenhaal cada vez mais perfeito em filmes de ação, porque além de bonito ele tem carisma e consegue nos convencer naturalmente. Vera Farminga também está ótima.
A verdade é que depois de Matrix, ficamos meio órfãos. Aí veio o alucinante A Origem (Inception) para, mais uma vez, nos desafiar mentalmente. Agora temos o Contra o Tempo, que não nos desafia (ok, só um pouquinho), mas nos envolve em uma história original do início ao final. O filme é imperdível !

Curiosidade: A direção é de Duncan Jones, filho do roqueiro David Bowie.

Nota: 8

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Contra o Tempo (Source Code)
Diretor: Duncan Jones
Atores: Jake Gyllenhaal, Michelle Monaghan, Vera Farmiga, Jeffrey Wright
2011, ficção

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Os Pinguins do Papai (Mr. Popper’s Penguins)

Jim Carrey é o Sr. Popper, em uma divertida comédia para a família que conta a história de um homem de negócios totalmente sem noção do que fazer quando o assunto são as coisas importantes da vida - até o dia em que ele recebe 6 pinguins como herança. Apesar dos pinguins de Popper transformarem seu chiquérrimo apartamento em Nova York num parque de diversões de inverno - e virarem a vida de Popper de cabeça para baixo, eles também lhe ensinam importantes lições sobre famílias... humanas ou não.

Jim Carrey é caras, bocas e caretas, como pede uma boa comédia familiar leve, engraçadinha, cheia de momentos fófis e cute cute. Os pinguins são um charme: os originais, os virtuais e os robôs, e roubam a cena de todos os atores.
A história é mais velha que Matusalém. Pai separado, que trabalha muito (compra prédios antigos para colocar abaixo) e pouco vê os filhos. Na sua própria infância ele também pouco via o pai, que vivia para conhecer o mundo viajando em um barco. Enfim, o pai morre, na Antártida, e lhe envia de presente pinguins vivos. Obviamente essas avezinhas criam um laço de carinho e, como que em um passe de mágica, a relação dos filhos e da ex-esposa se torna mais carinhosa, mais intensa e blá blá blá.
Eu até gosto de Carrey, mas em doses homeopáticas. Quando ele cisma de ser engraçado a qualquer custo, aí fico irritada... Alguém deve ter lhe dito que para ser engraçado ele tinha que ser careteiro o tempo todo. Jerry Lewis era careteiro e nunca me entediou.
Bom, mas nessas férias escolares esse longa é uma boa dica para levar os pequeninos. Eles certamente rirão muito.

Nota: 6

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Os Pinguins do Papai (Mr. Popper’s Penguins)
Diretor: Mark Waters
Atores: Jim Carrey, Carla Gugino, Philip Baker Hall, Angela Lansbury
2011, comédia

domingo, 17 de julho de 2011

Harry Potter e as Relíquias da Morte – parte 2 (Harry Potter and the Deathly Hallows: Part II)

Na segunda parte do final épico da série, a batalha entre o bem e o mal no mundo da magia se torna uma guerra entre centenas de bruxos. Os riscos nunca estiveram tão altos e nenhum lugar é seguro o suficiente. Assim, Harry Potter precisa se apresentar para fazer o seu último sacrifício, enquanto o confronto final com Lorde Voldemort se aproxima. Tudo acaba aqui.

Não foi uma saga. Não foi simplesmente uma franquia. Não foi apenas um filme. Harry Potter foi a história de alguém que vimos crescer e aprendemos a amar como se fosse um amigo. E como toda a história, há um início, um meio e um fim... E o fim, nas telonas de cinema, aconteceu. Encerra-se um ciclo.
Sim. Eu esperava mais. Esperava mais diálogos do livro, esperava mais cenas descritas no livro. Não. Mesmo não tendo o que eu esperava o filme não foi menos impactante. O filme continua sendo excelente porque, no final das contas, não houve grandes cortes do livro e isso, para os fãs, é um alívio. Porém, houve algumas leves modificações (livro é uma coisa e filme é outra bem diferente), mas nem todas foram satisfatórias... Poderia dizer que bateram na trave.
Incrível ver como Daniel Radcliffe se tornou algo que podemos dizer bom ator (para ser excelente falta muito, mas ele não tem medo de desafios e isso lhe dá vários pontos extras). Nos outros filmes temos um Harry meio robotizado, meio sem sal, mas neste não. Harry cresceu e Daniel foi junto, fazendo um Potter doce e ao mesmo tempo forte e determinado. E o que dizer de Alan Rickman? Não desmerecendo o queridíssimo Ralph Fiennes (Voldemort) e muito menos os outros, Alan fez um Snape impecável do início ao fim e nesse filme, mais do que nunca, percebam a sutileza de seu olhar... O modo severo e, ao mesmo tempo, aflitivo de uma pessoa que ficou esse tempo todo tendo que esconder e conter sentimentos ambíguos. Fantástico!
No longa vários momentos chamaram a minha atenção. Logo no início, Snape olha para os estudantes uniformizados de Hogwarts marchando no pátio do colégio. É impossível não traçar um paralelo com a juventude hitlerista. Poder e submissão, lado a lado. Também não tem como não chorar ao ver o colégio, que todos nós gostaríamos de estudar, bem como a quadra de Quadribol, todo destruído.
Cheio de ironia, romance, lutas e magias, Harry Potter e as Relíquias da Morte marca o fim de uma história de sucesso de uma maneira espetacular, cheia de muita ação e correria e, por isso, com alguns momentos feitos para que nos lembrássemos de respirar. Meu coração de fã dá 10 com louvor e entre lágrimas, embora tenha chorado muito mais lendo o livro. Porém, aqui estou tentando ser imparcial e por isso minha nota será outra, mas nada disso tira o brilho do filme e a minha vontade de vê-lo novamente.

Nota: 8

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Harry Potter e as Relíquias da Morte – parte 2 (Harry Potter and the Deathly Hallows: Part II)
Diretor: David Yates
Atores: Daniel Radcliffe, Emma Watson, Rupert Grint, Ralph Fiennes
2011, aventura

segunda-feira, 11 de julho de 2011

O Apedrejamento de Soraya M. (The Stoning of Soraya M.)

Abandonado em uma remota aldeia iraniana, um jornalista (Jim Caviezel) francês é abordado por Zahra (Shohreh Aghdashloo), uma mulher que tem uma história horrível para narrar sobre sua sobrinha, Soraya (Mozhan Marnò), e as circunstâncias da sua morte sangrenta no dia anterior. Enquanto o jornalista liga o gravador, Zahra nos leva de volta ao começo da história que envolve o marido de Soraya, um falso mulá (líder da mesquita muçulmana), e uma cidade envolta em mentiras, repressão e pânico. As mulheres, despojadas de todos os direitos e sem recursos, nobremente confrontam os desejos devastadores dos homens corruptos, que usam e abusam da autoridade para condenar Soraya, uma esposa inocente, mas inconveniente, a uma morte injusta e cruel. Um drama sobre o poder do crime, um mundo fora da lei e a falta de direitos humanos para as mulheres. A última esperança de alguma justiça está nas mãos do jornalista, que deve escapar com a história – e sua vida – para que o mundo tome conhecimento.

Foi muito difícil para mim, como mulher, assistir ao filme em questão. As barbáries que ocorreram (e ainda ocorrem!) nos anos do líder aiatolá e em nome de interpretações maldosas e absurdas do Alcorão, são inacreditáveis de tão bestiais.
Um cachorro sarnento é mais bem tratado do que uma mulher. Ser mulher é sinônimo de desprezo, de escravidão, de objeto de desejo e de troca, apenas.
O filme, baseado em fatos reais que estão narrados no livro homônimo do jornalista franco-iraniano Freidoune Sahebjam, conta a história de Soraya Manutchehri, uma mulher condenada à morte depois de ser acusada de adúltera pelo marido infiel que, na verdade, além de espancá-la, queria mesmo era se casar com outra mulher por causa do dinheiro.
O longa mostra com cores fortes o momento do apedrejamento. Isso por si só já embrulha o estômago de qualquer pessoa que acredita na justiça acima de tudo e não em uma justiça em que “se a mulher é acusada, ela deve provar que não é; se a mulher acusar o marido, ela deve provar que ele é, ou seja, a mulher é sempre a culpada de tudo”, como bem sintetiza a personagem de Zahra, tia de Soraya.
O pecado do filme foi não ter sido mais ousado. Deveria mostrar com mais ênfase a realidade da mulher iraniana e assim servir de alerta a todos para o que acontece em países como esse. É um absurdo termos, em pleno século 21, sociedades machistas que interpretam, em benefício próprio, as Sagradas Escrituras. Nunca li o Alcorão, embora tenha curiosidade de fazê-lo (e ainda o farei), mas acredito na justiça divina e algo me diz que o profeta jamais falara ou daria como exemplo de correção uma atitude insana como essa; seja lá para quem for.
Eu creio em um Deus misericordioso. Eu ainda creio na humanidade. Eu preciso acreditar que o ser humano é um ser do bem e feito para fazer o bem. Por isso, desejo, de todo o meu coração, que a morte de Soraya e de todas as mulheres que passaram e passam por essa situação, não tenha sido em vão!

Nota: 8

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O Apedrejamento de Soraya M. (The Stoning of Soraya M.)
Diretor: Cyrus Nowrasteh
Atores: Shohreh Aghdashloo, Mozhan Marnò, Navid Negahban, Jim Caviezel
2008, drama biográfico

sábado, 9 de julho de 2011

Corações Perdidos (Welcome to the Rileys)

O Drama acompanha a vida de Lois e Doug Riley (Melissa Leo e James Gandolfini), um casal que perdeu a filha adolescente. Os dois vivem uma relação distante e conturbada. Devido ao trauma da perda da filha, Louis não consegue sair de casa. Em uma viagem de negócios, Doug conhece Alisson (Kristen Stewart), que se apresenta como Mallory, uma adolescente órfã que ganha a vida se prostituindo e fazendo shows de striptease. O homem passa a cuidar da menina como se ela fosse uma filha, o que acaba influenciando no relacionamento com sua esposa. O encontro do casal com Mallory transforma suas vidas para sempre.

Mais uma vez Melissa Leo arrebenta na interpretação, agora como Lois Riley. Engraçado como depois de um filme, de um Oscar, até parece que a gente “caça” os filmes desses artistas para confirmar se mereceram ou não um determinado prêmio. Não é o caso, mas confesso que fiquei satisfeita e feliz por constatar que ela é camaleonica.
Também temos James Gandolfini. Sim, Tony Soprano em pessoa, mas aqui totalmente light; ele nem matou ou mandou matar ninguém... Fez um Doug Riley perfeito e cativante.
Ainda acho que Kristen é atriz de um gênero só: drama. Até a saga Crepúsculo é um drama só, sejamos honestos. Mas ao mesmo tempo tenho certeza que logo logo ela desabrochará de uma tal maneira que eu morderei minha língua. E sabe por que? Porque ela não tem medo de escolher personagens, não se preocupa com o entorno, apenas com a satisfação dela. Isso é ser atriz e não uma simples starlet.
O longa apresenta o casal Doug e Lois em um casamento frio, sem sentimento algum, tudo gerado pela perda da filha em um acidente de carro. Lois foge da vida, enclausurando-se em casa, não saindo nem para pegar a correspondência. Doug chega ao limite quando constata a sua lápide pronta (sem o ano de falecimento, evidentemente) feita por sua esposa. “Eu não morri. Eu estou vivo!” Numa viagem de negócios à Nova Orleans, ele conhece a jovem Mallory, stripper de 16 anos. Lois resolve sair da toca e vai encontrar o marido e acaba conhecendo Mallory e os três começam a criar um relacionamento perigoso de pais e filha. Perigoso porque ela não é a filha e nem eles são os pais dela.
O relacionamento entre eles é puramente emocional e o filme é isso, só emoção. A ausência de diálogo gera sentimentos conflitantes no relacionamento do casal e culmina com a perda do que eles tinham: carinho, compreensão e amor.
O filme deixa claro duas coisas. A primeira é que a perda é um sentimento que deve sim ser falado, discutido ao máximo. Não se pode deixar de lado. A dor e o luto são sentimentos que devem ser absorvidos para depois serem descartados. São degraus necessários que não podem ser desconsiderados, pois a segurança, a solidez depende disso.
A segunda é que não podemos utilizar alguém como substituto daquilo que perdemos. Podemos e devemos ajudar, mas não dá para esquecer que ninguém nos pertence, principalmente uma pessoa que o destino nos uniu.
O drama é simpático. Nada de sofrimentos exacerbados que fazem você sofrer do início ao fim. O filme é apenas um filme, gostoso de ver e só.

Nota: 7

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Corações Perdidos (Welcome to the Rileys)
Diretor: Jake Scott
Atores: Kristen Stewart, James Gandolfini, Melissa Leo
2011, drama