quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Homens de Preto 3 (MIB – Men in Black 3)

Os agentes J (Will Smith) e K (Tommy Lee Jones) estão de volta… no tempo. J já viu algumas coisas inexplicáveis nos seus 15 anos com os Homens de Preto, mas nada, nem mesmo aliens, o deixa tão perplexo quanto o seu parceiro reticente, K. Mas quando a vida de K e o destino do planeta são colocados em jogo, o Agente J vai viajar no tempo para colocar as coisas no lugar. J descobre que há segredos no universo que J nunca contou – segredos que vão ser revelados quando ele se une ao jovem Agente K (Josh Brolin) para salvar seu parceiro, a agência e o futuro da humanidade.

Gostei muito do primeiro MIB (1997), o segundo (2002) já foi uma enrolação, embora tenha adorado o agente Frank, o cachorrinho marrento da raça Pug. Esse MIB 3 tem um clima saudosista, espírito retrô, já que traz um pouco dos anos 60 de volta, mas não será um filme inesquecível.
Nesse filme os agentes J (Will Smith) e K (Tommy Lee Jones) devem destruir o alienígena boglodita Boris, o Animal (Jemaine Clement), que teve o seu braço perdido graças ao agente K. Procurando vingança e, claro, a destruição da Terra, Boris volta ao passado (16 de julho de 1969) a fim de modificar essa história a seu favor. Junte-se a isso o fato de que J quer saber mais da vida de seu parceiro: o que houve na vida de K para ele se tornar tão ranzinza. O fato é que com essa viagem, J acaba conhecendo o agente K (Josh Brolin), quando jovem, totalmente diferente dos anos atuais.
Os melhores momentos, como sempre, são os diálogos de J e K. A interpretação de Tommy é fantástica como sempre e Josh soube criar um K jovem absolutamente perfeito. Will continua sempre hilário e querido.
Ou seja, mesmo com um filme fraco, é sempre uma delícia poder assistir essa dupla na telona.

Nota: 7

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Homens de Preto 3 (MIB – Men in Black 3)
Diretor: Barry Sonnenfeld
Atores: Will Smith, Tommy Lee Jones, Josh Brolin e Emma Thompson
2012, ficção científica – ação – comédia

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Amanhecer, parte 2 – O Final (The Twilight Saga: Breaking Dawn - Part 2)

Em a Saga Crepúsculo - Amanhecer - Parte 2, a felicidade dos recém-casados Bella Swan e Edward Cullen é interrompida quando uma série de traições e desgraças ameaça destruir o mundo deles. No fim da Parte 1, Bella quase morre, mas Edward consegue transformá-la em vampira. Ao ver Reneesme, filha de Bella, Jacob tem um amor à primeira vista. Bella não aceita esse fato no início, mas depois compreende. Porém, a criança que se desenvolve rapidamente é vista por Irina, do clã Denali. Irina conta aos Volturi sobre Renesmee, iniciando uma batalha sangrenta, que dará fim à Saga.

E com o Amanhecer – parte 2, finalmente tem o ponto final da saga vampiro-adolescente mais tudo que você quiser. Bom, esse “tudo” vai depender de cada um...
O fato é que o 4º. livro – chaaaaaaaato toda vida, diga-se de passagem – não tinha enredo suficiente para 2 filmes. Essa divisão foi puramente caça-níquel, para encher os cofres de todos os envolvidos. E vai enchar, não tenha dúvida disso.
Justamente por não ter história para manter essa 1 hora e um pouco mais de 15 minutos de filme, eles inventaram algo que deu bastante certo na telona, e aí eu tenho que parabenizar o diretor, Bill Condon, e a roteirista, Melissa Rosenberg. Disso não falarei mais, para não estragar a surpresa.
Outra coisa que percebemos nesse filme é um Edward (Pattinson) mais leve, sem aquela cara de “ah, coitado de mim, como sofro” e mais bem humorado (é difícil, em certos momentos, não lembrar da galhada plantada na cabecinha de Robert, mais isso não é problema nosso, não é mesmo?!). Bella (Stewart) realmente ficou bonita como vampira e a maternidade lhe caiu bem, mas a cara de “ah, tô com cólica terrível” permanece. O lobo Jacob (Taylor), ahhhh esse continua um gaaaaaato, mesmo em um papel ridículo de apaixonado pela pequena Renesmee (Mackenzie Foy), graças ao tal imprinting, um tipo de amor à primeira vista e para sempre.
Temos também o clã Cullen, achei todos mais bonitos e, claro, os Volturi cobertos com toneladas de pó-de-arroz e ar de superioridade exacerbada. Nesse epísódio novos vampiros, de vários cantos do mundo, surgem. Alguns bem interessantes. Inclusive, apareceram 2 vampiras vindas diretamente da Amazônia. Quem diria... Além de Saci-pererê, Mula sem Cabeça, Caipora etc, temos vampiros também !
O resto é o de sempre. Muitos closes, muitos olhares, muita luta, mas sem sangue porque vampiro que é vampiro não tem sangue. Exceto a Renesmee, mas isso é outra história. Várias falhas também foram cometidas, mas quem liga.
O fato é que, para quem gosta, o filme é apreciável. Para os adultos que terão que levar seus rebentos, afilhados e etc, saiba que essa atitude vai para a cota da caridade e contará muitos pontos. Só tome cuidado dentro da sala de exibição, porque os gritos das fãs enlouquecidas para verem os seus prediletos são inevitáveis. Ahhhh, a juventude...

Nota: 7

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Amanhecer, parte 2 – O Final (The Twilight Saga: Breaking Dawn - Part 2)
Diretor: Bill Condon
Atores: Kristen Stewart, Robert Pattinson, Taylor Lautner, Peter Facinelli
2012, romance

domingo, 18 de novembro de 2012

A Árvore da Vida (The Tree of Life)

Os O'Brien (Brad Pitt e Jessica Chastain) tiveram três filhos, criados com grande rigidez pelo pai. O mais velho deles, Jack (Sean Penn), sempre teve atritos com o pai, em parte por reconhecer em si mesmo um pouco dele. Além disto, já adulto, Jack enfrenta um forte sentimento de culpa devido à morte de seu irmão.

Se você quer um filme cabeça, cheio de galhos e ramificações, com um leque de interpretações, este é o filme. Agora se você quer desligar o cérebro, sem pensar em nada, nem chegue perto desse filme.
Não irei filosofar sobre o filme. Prefiro pegar apenas “um galho”, a família, e falar sobre ele.
Temos um pai que quer educar seus três filhos de uma maneira rígida e severa, mas tendo sempre em mente que está fazendo o que acha ser o melhor. A rigidez é tanta que os filhos passam a ter medo e com isso vão se distanciando do pai. Mas apesar de tudo, ele também tem momentos carinhosos com seus filhos, poucos, mas tem. A mãe é o coração, é o sopro de vida e esperança, mas é submissa. Não toma partido e quando o faz logo se cala.
É um filme que embrulha o estômago, que dá um sentimento de ira profunda, mas que ao mesmo tempo passa ternura, solidão e carência.
Ganhador da Palma de Ouro em Cannes, em 2011, A Árvore da Vida é um filme inquietante, mas serei honesta: na primeira 1:30h é de uma lentidão e tédio absoluto, mas se você perseverar, vai acabar gostando. Ou não !

Nota: 7

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A Árvore da Vida (The Tree of Life)
Diretor: Terrence Malick
Atores: Brad Pitt, Jessica Chastain e Sean Penn
2011, drama

domingo, 11 de novembro de 2012

007 - Operação Skyfall (Skyfall)

O vazamento de dados confidenciais revela a posição de diversos agentes infiltrados em células terroristas, colocando suas vidas em risco. O próprio James Bond é um dos afetados e precisa demonstrar sua lealdade a M para ajudá-la a resolver o problema. Logo ele passa a investigar quem está por trás do ataque ao MI6 e percebe que o responsável está bastante familiarizado com o modo de funcionamento da agência de espionagem britânica, por ter sido um de seus agentes no passado.

007 o agente secreto de sua majestade jamais perde o garbo e elegância. Representado por tantos atores (Sean Connery, George Lazenby, Roger Moore, Timothy Dalton e Pierce Brosnan), mas desde 2006 é Daniel Craig e seus estonteantes olhos azul céu, faz as honras da casa, digo, do MI6.
Neste filme Bond nos apresenta mais humano, mas não menos ácido. Sua batalha interna permeia suas atitudes, mas lhe dá força para seguir adiante. Em Skyfall as tradicionais Bondgirl dão lugar a uma única e impensável BondGirl: Javier Bardem. Claro que temos duas jovens lindas (Naomi Harris e a francesa Bérénice Marlohe), caidinhas pelo sex appeal de Bond, mas o título tem que ser de Javier. Nada mais direi, para não estregar o clima.
Daniel Craig continua perfeito ao estilo meio low profile de 007, mas Bardem (Silva) conquista com um vilão totalmente afetado, mas extremamente rancoroso. Um renegado em busca de vingança e é o ódio que o trai, diga-se de passagem. Ele poderia ter sido um “Coringa” para o 007, se fosse melhor aproveitado... Mesmo assim sua atuação é digna de, pelo menos, uma indicação ao Globo de Ouro e até mesmo ao Oscar.
Nessa guerra nem sempre silenciosa entre o ultrapassado e moderno, passado e futuro, novo e velho, deixando dúvidas quanto ao estado físico e mental do agente James Bond, um trecho da poesia de Tennyson, recitado por M (Judi Dench) durante o julgamento, resume magistralmente o espírito do filme: “Ainda que muito esteja perdido, muito nos resta; / e ainda que perdida a força dos velhos dias / que movia céus e terras; somos o que somos; / uma coragem única nos corações heróicos, / débeis pelo tempo e pelo destino, mas persistentes / em lutar, achar, buscar, jamais render.”
O filme é muito bom e, claro, a música tema cantada por Adele é belíssima: ...We will stand tall at skyfall Porque este não é o fim... 007 está mais vivo do que nunca. \o/

Nota: 8

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007 - Operação Skyfall (Skyfall)
Diretor: Sam Mendes
Atores: Daniel Craig, Javier Bardem, Judi Dench, Bérénice Marlohe e Ralph Fiennes
2012, ação