segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Caça às Bruxas (Season of the Witch)

Behmen (Nicolas Cage) é um cavaleiro que, depois de vários anos lutando nas Cruzadas, perdeu algumas batalhas, muitos amigos e até a fé. De volta à sua terra natal, ele encontra uma Europa devastada pela fome e a peste negra. Neste cenário de destruição ele se une a um grupo de guerreiros encarregados de levar uma garota, suspeita de ser bruxa, para um monastério distante. Não leva muito tempo até que o grupo perceber que a jovem possui forças sobrenaturais, e que eles estão prestes a enfrentar um mal além da nossa compreensão.

O filme mostra a história de dois amigos que decidem lutar nas Cruzadas em troca de perdão divino (perdão para o adultério, roubo etc etc. Assim, por alto, lutariam por uns 10 anos). Porém, depois de muito matar e muito sangue derramado, inclusive de mulheres e crianças, Behmen crê que não deve ser bem isso o que Deus realmente quer e, junto com seu amigo Felson, abandonam as Cruzadas e passam a ser considerados desertores.
Vagando por aí, eles encontram a Peste Negra que, segundo a Igreja, a culpada dessa peste é uma bruxa. Convincentemente eles são persuadidos (tipo: ou faz ou morre) a levar uma menina acusada de bruxaria até um monastério para ser julgada. Obviamente a viagem é por penhascos, estradas à beira de abismos, pontes de madeira deteriorada, florestas escuras e cheias de lobo... Moleza !
Há muito Nicolas Cage deixou de ser o excelente ator que era (ganhou até Oscar em 1995, com “Despedida em Las Vegas”) para se tornar o ator da mesma face: ar sério, testa franzida, sorriso meia boca. Quem assistiu o “Aprendiz de Feiticeiro”, por exemplo, vai entender do que estou falando, pois, com exceção do figurino, a atuação é idêntica.
Mesmo assim o filme vale como distração. Não dá medo, mas desavisados levam sustinhos pontuais. Umas pitadinhas de piadinhas engraçadinhas e voilá, temos um filme assistível. Se você não for exigente, vai até achar o filme bem legal.

Nota: 7

____________________
Caça às Bruxas (Season of the Witch)
Diretor: Dominic Sena
Atores: Nicolas Cage, Ron Perlman, Christopher Lee
2011, aventura – terror

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Um Lugar Qualquer (Somewhere)

Johnny Marco (Stephen Dorff), bem-sucedido ator de Hollywood, não possui uma reputação das melhores. Hospedado no lendário hotel Château Marmont para recuperar-se de um acidente no set de filmagens, passa os dias em festas com strippers ou dirigindo sua Ferrari por puro prazer. Porém, o ator tem sua rotina subitamente alterada pela presença de Cléo (Elle Fanning), sua filha de onze anos, que passa a visitá-lo com certa frequencia. Embora a princípio início seja incapaz de dar à menina a atenção que precisa, a progressiva aproximação leva Johnny a reavaliar sua vida. Leão de Ouro no Festival de Veneza 2010.

Este filme foi classificado como comédia dramática, mas para mim a classificação correta seria “encheção de saco”!
Basicamente o filme conta a história de Johnny Marco, um ator de filmes de ação que transforma sua vida em um entra e sai de mulheres. A definição perfeita da vida dele se dá logo no início, quando ele corre, em uma belíssima ferrari, em círculos. Porém, quando sua filha Cléo, 11 anos, chega para passar alguns dias com ele, alguma coisa dentro dele muda. Ela é uma espécie de fio terra na vida dele.
Eu não gostei do filme. Achei monótono, parado, um tédio absoluto. Acho até que muitos críticos profissionais devem achar isso, mas como é escrito e dirigido por Sofia Coppola, eles preferem exercitar o lado verborrágico para se passarem por intelectuais. Então a crítica seria algo como: “O filme é uma pérola escrita e dirigida pela diretora que, de maneira convincente, delicada e sutil, nos mostra o vazio existencial do ser humano que precisa usar várias máscaras para sobreviver nesse mundo selvagem. Ao mesmo tempo, apenas a relação com a sua filha o mantém desperto, vivo, numa espécie de cordão de prata que o impede de, literalmente, morrer.”
Eu também estava curiosa quando a atuação de Elle Fanning, a irmã de Dakota, de quem tanto gosto. Para mim, esse filme não foi suficiente para uma avaliação mais precisa, mas continuo acreditando na genética e ela não há de falhar.

Nota: 5

___________________
Um Lugar Qualquer (Somewhere)
Diretor: Sofia Coppola
Atores: Stephen Dorff, Elle Fanning, Chris Pontius
2011, comédia – drama

Temple Grandin

Cinebiografia da jovem autista Temple Grandin (Claire Danes) que tinha sua maneira particular de ver o mundo, se distanciou dos humanos, mas chegou a conseguir, entre outras conquistas, defender seu doutorado. Com uma percepção de vida totalmente diferenciada, dedicou-se aos animais e revolucionou os métodos de manejo do gado com técnicas que surpreenderam experientes criadores e ajudaram a indústria da pecuária americana.

Claire Danes, para mim, é uma atriz assim... insossa. Mas vendo, pela televisão, a própria Temple Grandin e depois assistindo ao filme, só me resta ficar de pé e aplaudir a excelente atuação, quase que incorporação, de Temple Grandin. Ela arrasou!
No início ela se apresenta da seguinte forma: “Meu nome é Temple Grandin. Eu não sou como as outras pessoas. Penso com imagens e as conecto.” Ou seja, se você falar com ela que as paredes têm ouvidos ela visualizará uma parede de ouvidos e como isso não existe, ela não conseguirá entender o significado. Aos 4 anos, na década de 50, ela foi diagnosticada como autista. Sua mãe sempre esteve ao seu lado ensinando a ser independente e não deixando que as limitações da doença a atrapalhassem. Ela dizia: “Diferente, mas não inferior.”
Temple sofreu preconceitos, muitos até fisicamente cruéis. Por isso, o jeito antissocial e por vezes agressivo a afastava das pessoas. Ela só conseguia se acalmar quando entrava na sua “máquina do abraço”, construída por ela mesma com base no brete, um aparelho usado com o gado. Ela também conquistou amizades inestimáveis e sinceras e que foram muito importantes em sua vida.
Dra. Temple, hoje com 62 anos, é Ph.D. e professora na Universidade Estadual do Colorado. Faz palestras pelo mundo explicando sobre o autismo e o manejo de animais. Mais de 50% dos matadouros e criadores de gado, incluindo o Mc Donald’s, utilizam o sistema de lida gentil projetados por ela. É uma cientista de renome e respeito.
Esse filme, uma produção da HBO, é uma lição de vida e superação. É uma aula de que do outro lado da porta existe um mundo diferente e bonito, mas para sabermos e desfrutarmos disso precisamos abrir a porta sem medo, mas com coragem, determinação e disposição.

Nota: 10

Em tempo: Em 2010, este filme concorreu a 15 Emmys, o “Oscar televisivo”. Ganhou 7, dentre os quais o melhor filme para TV, diretor, atriz, atriz coadjuvante e ator coadjuvante. Agora, em 2011, ganhou os prêmios Globo de Ouro e o Screen Actors Guild Awards (SAG) de melhor atriz de minissérie ou telefilme.

__________________
Temple Grandin
Diretor: Mick Jackson
Atores: Claire Danes, Catherine O’Hara, Julia Ormond, David Strathairn
2010, drama

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

As Viagens de Gulliver (Gulliver’s Travels)

Lemuel Gulliver (Jack Black) trabalha no setor de correspondência de um jornal nova-iorquino. Com o sonho de ser um grande escritor, ele vai em direção ao Triângulo das Bermudas para escrever uma matéria, mas tem o trajeto de sua viagem desviado, acidentalmente, para a desconhecida ilha Lilliput. Os habitantes desta terra são minúsculos. Agora grande, ao menos no tamanho físico, Lemuel aproveita-se que os pequenos lilliputianos estão impressionados com ele e se coloca como feitor de alguns dos principais acontecimentos históricos do mundo do qual veio. As invenções deste sonhador colocam a ilha em perigo e ele precisa dar um jeito de consertar o estrago.

Inspirado no clássico do século 18, do inglês Jonatham Swift, o livro As Viagens de Gulliver fazia uma crítica à Inglaterra daqueles dias. Este filme, com muito boa vontade, faz uma crítica aqueles que se julgam superiores aos outros, mas que, na verdade, tudo é uma questão de saber se colocar, se impor, se apresentar. “Não existe trabalho pequeno, mas pessoas bem bem pequeninas.”, diz Gulliver ao final do filme.
No filme Gulliver, da Ilha de Manhattan, trabalha como contínuo em uma editora e há 5 anos é platonicamente apaixonado pela editora do caderno de viagens, Darcy (Amanda Peet). Ele decide convidá-la para sair, mas a coragem vai pelo ralo e acaba plantando uma mentira, dizendo que é um viajante profissional e que escreve muito bem. Ela lhe dá a missão de desvendar os mistérios do Triângulo das Bermudas. Nessa roubada ele acaba naufragando e parando na Ilha de Lilliput, habitada por minúsculas criaturinhas.
Ele conhece aquele que é a sua miniatura, vamos dizer assim, Horatio (Jason Segel), um camponês apaixonado pela princesa Mary (Emily Blunt), mas que tem vergonha de declarar o seu amor, pois acha que não é bom o suficiente. Além disso, ele precisa de um ato heróico para, no mínimo, pensar em se aproximar dela, mas com a amizade de Gulliver que se transforma em um herói (o ato heróico foi salvar o rei de um incêndio e, bem, essa foi a única hora em que eu ri muito) ele vai, aos poucos se fazendo aparecer. Amigo do herói é um "passaporte" e tanto.
Aí o filme começa a ficar engraçadinho, mas nada espetaculoso. Uma e outra situação interessante, principalmente as inserções de detalhes da nossa cultura pop: Star Wars, Titanic, Avatar, Transformers , Home Theater, Kiss etc. O longa serve como passatempo de férias, uma espécie de desculpa para sair de casa e ficar 1h20 em um belo ar condicionado, comendo pipoca e bebendo refrigerante. Isso se você precisa de uma desculpa.
Confesso que fiquei decepcionada com o filme, mas quem viu em 3D ficou ainda mais. É o que eu digo: não queiram ver em 3D só porque tem essa opção. Para ser um bom 3D o filme tem que ser feito, desde o início, para isso. De outra maneira é apenas jogar dinheiro fora! Portanto, antes de ir ao cinema e pagar ingresso exorbitante para 3D, procure ler as críticas e matérias sobre o filme.

Nota: 6

___________________
As Viagens de Gulliver (Gulliver’s Travels)
Diretor: Rob Letterman
Atores: Jack Black, Emily Blunt, Jason Segel, Amanda Peet
2011, comédia

O Turista (The Tourist)

Frank (Johnny Depp) vai à Itália, depois de perder mulher em um acidente de carro. Tudo o que ele queria era ficar sozinho, mas na viagem de trem ele conhece Elise (Angelina Jolie), uma agente da Interpol na Europa, e acaba se envolvendo com ela. Veneza e Paris dão os ares elegantes para intensificar o romance de Frank e Elise, no entanto, a relação deles vai um pouco além e eles se envolvem num jogo perigoso e mortal.

O Turista é um longa de ação e suspense, e bem antes do fim já sabemos muito bem qual será o final. Mas e daí? Somos agraciados pela bela figura de Johnny Depp que, para mim, é O cara.
OK, a interpretação dele não foi lá essas coisas, mas o personagem também não foi desafiador, mas Depp é Depp.
Angelina Jolie faz papel de, praticamente, uma esfinge sexy. Uma interpretação quase "botoxada": a sua atuação está tão plastificada quanto uma testa cheia de botox. Estática!
Apreciar as paisagens de Veneza é sempre um encantamento para meus olhos. Portanto, mesmo não sendo um filmaço, ele vale como distração, o que já está de bom tamanho.

Nota: 6

___________________
O Turista (The Tourist)
Diretor: Florian Henckel von Donnersmarck
Atores: Johnny Depp, Angelina Jolie, Paul Bettany
2011, ação – suspense

domingo, 16 de janeiro de 2011

Globo de Ouro 2011

É chegada a temporada de premiações de Hollywood. Adoro todas, mas nem sempre consigo assistir. Porém, três premiações são imperdíveis para mim: o Emmy, o Globo de Ouro e o Oscar.
O Globo de Ouro, criado em 1944, é uma premiação organizada pela Associação da Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA) e se ele não é mais um termômetro para o Oscar, continua sento uma espécie de “esquenta”.
Neste domingo, dia 16 de janeiro, no hotel Beverly Hilton, em Beverly Hills, distrito de Los Angeles, várias celebridades, astros e estrelas, desfilaram pelo tapete vermelho. Aí já começa a ficar interessante, pois, obviamente, adoro ver os modelitos das atrizes. Algumas belíssimas e outras tantas tão... Bem, deixa prá lá.
Abaixo a relação dos grandes vencedores da noite. Será que você concorda com a imprensa estrangeira? Eu dei meus pitacos em algumas e você. Confira e comente também.

Melhor filme de Drama - A Rede Social
É um filme interessante. Jovial, rápido e bem montado. Interpretação perfeita de todos. Mereceu ganhar, mas O Cisne Negro também é muito bom.

Melhor atriz em filme de Drama - Natalie Portman (O Cisne Negro)
Excelente atuação e sua vitória, para mim, era obvia. Ela arrasa!

Melhor ator em filme de Drama - Colin Firth (O Discurso do Rei)

Melhor atriz coadjuvante - Melissa Leo (O Vencedor)

Melhor ator coadjuvante - Christian Bale (O Vencedor)

Melhor filme Musical ou Comédia - Minhas mães e Meu Pai
Dos indicados só esse podia ser o vencedor. Tem humor, tem drama, tudo em um estilo de organização familiar cada vez mais comum. O filme é muito bom mesmo.

Melhor atriz em filme de Comédia ou Musical - Annette Bening (Minhas mães e meu Pai)
Quando eu postei o meu comentário do filme eu disse que Annette foi perfeita e que merecia, no mínimo, uma indicação ao Oscar. Não sei quando a ele, mas este prêmio ela já levou merecidamente.

Melhor ator em filme de Comédia ou Musical - Paul Giamatti (Barney’s Version)

Melhor direção - David Fincher (A Rede Social)

Melhor Roteiro - A Rede Social (Aaron Sorkin)

Melhor Animação - Toy Story 3
Essa animação é maravilhosa. Você ri, você chora, você se identifica em várias passagens. Perfeito!

Melhor filme Estrangeiro - In a Better World (Dinamarca)

Trilha Sonora Original - Trent Reznor and Atticus Ross (A Rede Social)

Música original - You haven’t seen the Last of Me (Burlesque)

Melhor Série de TV de comédia ou Musical - Glee
Não sou chegada a filmes e muito menos série musical, mas essa me conquistou desde o primeiro episódio. Sou fã, não perco um e sua premiação foi justíssima.

Melhor atriz de série de comédia ou musical - Laura Linney (The Big C)

Melhor ator de série de comédia ou musical - Jim Parsons (The Big Bang Theory)

Melhor série de Drama - Boardwalk Empire

Melhor atriz de Série Dramática - Katie Segal (Sons of Anarchy)

Melhor ator de Série Dramática - Steve Buscemi (Boardwalk Empire)

Melhor minissérie ou telefilme - Carlos

Melhor atriz de minissérie ou telefilme - Claire Danes (TempleGrandin)

Melhor ator de minissérie ou telefilme - Al Pacino (You don’t know Jack)
Ainda não vi esse filme, mas Al Pacino é O cara. Se ele fizer o papel de uma parede, ele será a melhor parede já representada. O cara é fera!

Melhor atriz coadjuvante de série, minissérie ou telefilme - Jane Lynch (Glee)
A personagem dela é Sue Silvester, uma vilã, mas é impossível não cairmos na gargalhada com o seu jeito completamente louco de ser.

Melhor ator coadjuvante de série, minissérie ou telefilme - Chris Colfer (Glee)
Fiquei emocionada. Primeiro porque adoro a série e adoro a atuação dele, que faz, de maneira simples e bem humorada, um personagem gay. Segundo porque ele dedicou o prêmio a todos que sofrem de bullying. Achei perfeito!

A Morte e Vida de Charlie (Charlie St Cloud)

Charlie St. Cloud (Zac Efron) é um jovem que sofre em aceitar a morte de seu irmão mais novo, com o qual mantinha uma ligação especial. Para ficar próximo a ele, Charlie aceita um emprego de zelador no cemitério em que ele está enterrado. Todas as noites ele vê o irmão e os dois podem matar as saudades, tudo parecida simples até que ele se apaixonar por uma jovem e ter de fazer uma escolha: ficar perto do seu querido irmão ou ir atrás da garota que ele ama.

Correndo o risco de parecer uma adolescente enlouquecida, devo dizer que Zac Efron realmente é um gato. Esse filme tem tantas cenas com ele em plano americano e close, que é impossível não mergulhar nos olhos azul céu de Efron. O rapaz é estonteante ! Porém, a beleza dele não é uma beleza máscula (também não precisa ser um Charles Bronson que, de tão macho ficou feio pacas), mas uma beleza suave de um menininho e aí acaba prejudicando a própria carreira.
Mas eu estou aqui para falar do filme e ele é interessante. A relação de Charlie com o seu irmão morto, Sam, é comovente, mas não é nada saudável. Até que Tess entra na vida de Charlie. Porém, em um certo momento... puff ! Dá até para sentir raiva do mundo, mas finalmente Charlie entende o porquê da sua segunda chance e aí tudo é belo, tudo acaba bem, até mesmo para Sam, que encontra, finalmente, a paz.
OK, o filme é um completo dramalhão, mas quantos de nós não conhecemos quem já passou ou passa por uma situação dessas? Achei comovente, sensível e bonito. Não chorei, mas confesso que me senti bem quando Charlie finalmente optou pela vida.
Efron (Charlie) e Crew (Tess) fazem um casal bonito e convincente. Muito bom rever Kim Basinger. Fantástica a atuação do jovem Charlie Tahan (13 anos), como Sam.

Nota: 8

___________________
A Morte e Vida de Charlie (Charlie St Cloud)
Diretor: Burr Steers
Atores: Zac Efron, Charlie Tahan, Amanda Crew, Kim Basinger
2010, drama - romance

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Incontrolável (Unstoppable)

Uma empresa ferroviária trabalha freneticamente para impedir que um trem desgovernado que transporta combustível e um gás venenoso eliminem uma cidade.

Incontrolável é um filme baseado em fatos reais e... uau ! É eletrizante.
Claro que, para mim, filme que tem o astro Denzel Washington no elenco é, no mínimo, imperdível. Pois é, Denzel é mais um daqueles atores que amo de paixão.
Mas voltando ao filme... rs O longa narra a história de Frank e Will que, em 2001, salvaram a cidade de Staton, da Pensilvânia, da ameaça de um trem descarrilado, carregado de substâncias altamente tóxicas.
Denzel interpreta Frank Barnes, um engenheiro veterano da rede ferroviária. Junto com ele e indicado por ele, o galã em ascensão, Chris Pine (o capitão Kirk, do filme Jornada nas Estrelas) vive o jovem e inexperiente condutor Will Colson, recém contratado por causa do sobrenome. Pois é, lá também tem o uso de QI (Quem Indica!).
O filme envolve ação, suspense e doses altíssimas de adrenalina. Pensar que isso aconteceu nos dá uma sensação de, no mínimo, preocupação. Por um vacilo infeliz, o maior desastre ferroviário da história dos EUA poderia ter ocorrido. E se fosse aqui? Será que teríamos a sorte de ter um final feliz?

Nota: 7

____________________
Incontrolável (Unstoppable)
Diretor: Tony Scott
Atores: Denzel Washington, Chris Pine, Rosario Dawson
2011, ação

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Entrando Numa Fria Maior Ainda com a Família (Little Fockers)

Pam (Teri Polo) e Greg (Ben Stiller) vivem felizes e um já conhece bem a família do outro. Mas não foi o suficiente. No aniversário dos gêmeos, Greg tem que provar ao sogro linha-dura, Jack (Robert De Niro), que ele é capaz de assumir a chefia desta família. E este momento põe Greg numa enrascada: ou ele prova para todos que vai assumir o lugar de Jack e conduzir a família ou quebra o círculo de confiança para sempre.

O 1° foi ótimo. O 2° foi assistível. O 3°... Totalmente desnecessário, mas como tem gente que se diverte com a vergonha alheia, ele foi feito.
Gosto muito de Ben Stiller; adoro Robert De Niro; Dustin Hoffman é chato, mas é legal; Owen Wilson é razoável e, acima de qualquer coisa, é sempre um prazer ver a diva Barbra Streisand em ação. Mesmo com essas feras, esse filme não decolou e, sinceramente, nem vai.
A picuinha entre Gaylord Focker, ou melhor, Greg, e seu sogro Frank continuam norteando o filme. Isso é uma pena, pois já que existe a nova geração (os gêmeos Samantha e Henry, de 5 anos) eles poderiam ter caprichado mais na história.
Piadas e situações burlescas, de tão óbvias, ficam sem graça. É de dar pena.
Portanto, não entre você em uma fria. Escolha outro filme para ver e passe bem longe desse. Conselho de amiga.

Nota: 4

___________________
Entrando Numa Fria Maior Ainda com a Família (Little Fockers)
Diretor: Paul Weitz
Atores: Ben Stiller, Robert De Niro, Teri Polo, Jessica Alba
2011, comédia

sábado, 8 de janeiro de 2011

Enrolados (Tangled)

Essa emocionante e divertida aventura começa quando Flynn Rider um charmoso bandido encontra, por acaso, Rapunzel uma bela e mal-humorada adolescente com 21 metros de cabelos dourados mágicos. Juntos a dupla improvável parte em uma fuga repleta de ação e muita diversão ao lado de um cavalo policial, um camaleão superprotetor e um bando de criminosos beberrões. Essa é uma história de aventura, emoção, humor e cabelos - muitos cabelos.

Gente, Disney é Disney ! Quando eles querem fazer uma animação doce, principesca e musical, eles simplesmente arrasam. Mas atenção, engana-se quem achar que Enrolados é filme de menininha, hein!
Não é a história clássica de Rapunzel, como a conhecemos, mas outra versão totalmente diferente, fascinante e ousada, para os padrões Disney, uma vez que logo a primeira frase do filme, dita por Flynn é: “Essa é a história de como eu morro.” Detalhe importante: esse filme nasceu com a marca história de ser o 50º desenho animado da história dos estúdios da Walt Disney.
O desenho é ótimo, emocionante, bem humorado e apaixonante. Fiquei encantada por 2 incríveis personagens: o cavalo branco lindíssimo e cheio de personalidade, chamado Maximus, e o fofíssimo camaleão protetor chamado Pascal. Só eles já valiam o valor do ingresso.
Mas isso não significa que não gostei de Rapunzel, muito pelo contrário. Somos apresentadas a uma princesa que faz de suas longas madeixas praticamente um quinto membro e de uma frigideira uma arma letal. Ou seja, de princesinha frágil e indefesa ela não tem nada.
Do mesmo modo o ladrão Flynn, narigudo (Será que foi por isso que Luciano Huck dublou esse personagem?) e de extremo bom humor, acaba sofrendo a transformação de ladrão, para ladrão encantado e, finalmente, príncipe encantado. Ah, mas ao contrário de tudo, é a vez de Rapunzel salvar a vida de seu amado príncipe.
O bem sempre vence; amizade é importante; os sonhos são feitos para serem realizados; aqueles que têm alma pura sempre acabam ajudando o próximo; e o amor verdadeiro e lindo sempre vence. Ou seja, no frigir dos ovos o final é sempre o mesmo, mas a forma de apresentá-lo é que faz a diferença e Disney faz isso como ninguém.

Nota: 8

___________________
Enrolados (Tangled)
Diretor: Dean Wellins, Glen Keane
Vozes: Mandy Moore, Zachary Levi, Matthew Gray Gubler, Donna Murphy
2011, animação

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Um parto de viagem (Due Date)

Downey é Peter Highman, um ansioso pai de primeira-viagem cuja esposa está a cinco dias de dar à luz. Peter corre contra o tempo para conseguir um vôo de volta para Atlanta e chegar para o parto, mas seus planos são atrapalhados quando ele conhece o aspirante a ator Ethan Tremblay (Galifianakis). Esse encontro força Peter a pegar carona com Ethan e se transforma em uma travessia pelo país que vai resultar na destruição de carros, amizades e da paciência de Peter.

Robert Downey Jr para mim é O cara ! Adoro o jeito sínico dele, adoro a atuação dele, adoro a voz dele... Adoro ele e ponto final! Portanto, só tendo a presença dele o filme já valeria o ingresso.
O longa é uma comédia com situações extremamente absurdas e improváveis, mas de qualquer maneira ela cumpre o seu propósito: fazer rir. Mas eu esperava rir muito mais...
A fórmula é a mesma de filmes desse tipo: 2 caras totalmente diferentes que, por alguma razão, são obrigados a viajarem juntos de carro e com isso, com o passar dos dias, acabam criando vínculos de amizade. Tudo isso regado com momentos de escrachos total, pitadas de situações hilárias e politicamente incorretas.
Não é um primor de criatividade e não ri o quanto gostaria, mas as atuações de Robert e de Zach Galifianakis são perfeitas. Inclusive Jamie Foxx que, com uma pequena maldadezinha, proporciona um dos momentos mais hilários para mim. Portanto, por tudo isso, ainda é um filme que, como passatempo, vale a pena ser visto.

Nota: 7

____________________
Um parto de viagem (Due Date)
Diretor: Todd Phillips
Atores: Robert Downey Jr., Zach Galifianakis, Michelle Monaghan
2010, comédia