sábado, 30 de outubro de 2010

Titanic II (Titanic 2)

No 100 º aniversário da viagem do navio Titanic, um navio de luxo moderno batizado de Titanic 2, segue o caminho de seu homônimo. Mas quando um tsunami lança um iceberg no caminho do novo navio, os passageiros e a tripulação precisam lutar para evitar um destino semelhante.

Agora você veja só: qual a criatura, com o mínimo de QI, entraria em um navio luxuoso chamado Titanic II ? Quem? Quem? Só sendo muito, mais muito dãããã.
Dessa vez o motivo do afundamento foi um tsunami, mas também rolaram alguns icebergs. Esse povo não aprende mesmo.
As cenas da Groelândia e as do navio cruzando os mares do Atlântico, dentre outras, são as coisas mais esdrúxulas que eu já vi.
O filme é tão ruim, mas tão ruim que foi lançado direto em DVD, mas por mim poderia ter sido lançado direto em uma lata de lixo.

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Titanic II (Titanic 2)
Diretor: Shane Van Dyke
Atores: Bruce Davison, Brooke Burns, Marie Westbrook, Shane Van Dyke
2010, aventura – drama

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Wall Street – o dinheiro nunca dorme (Wall Street - money never sleeps)

O filme se passa 23 anos após o primeiro longa. Sai da cadeia Gekko, bilionário sem escrúpulos que recorria aos meios mais escusos para lucrar com os movimentos da Bolsa de Valores de Nova York nos anos 80. Disposto a retomar suas atividades, Gekko descobre um mercado financeiro muito mais tumultuado do que aquele que dominava. É o maravilhoso mundo das alavancagens, dos derivativos, dos subprimes....

Antes de assistir, fiz questão de rever o primeiro, o Wall Street – poder e cobiça. Michael Douglas estava fabuloso, poderoso em seu Gordon Gekko e mereceu o Oscar do ano de 1987.
Neste segundo, o dinheiro nunca dorme, mas confesso que, em determinado momento, bati cabeça, e a palavra que me veio à mente foi “boring” (juro que a palavra veio em inglês mesmo) e que quer dizer chato, maçante.
Wall Street 2 não tem o pique do primeiro. É até meio corta tesão, ouvir Gekko falar que “o dinheiro não é o que mais importa na vida”. Logo ele, que era obcecado pelo poder e que não media esforços para alcançar seus objetivos. Aliás, nestes quesitos ele ainda continua assim. Sejamos honestos, uma criatura dessa não muda tanto, só o mínimo possível, mas já é uma diferença e tanto... Nós podemos ver isso no final e, por isso, acredito que esse filme seja uma espécie de redenção para o personagem Gordon Gekko.
Uma das coisas que achei interessante no filme foi colocar os prédios de Nova York formando torres de gráficos financeiros. Excelente sacada de Oliver Stone que, aliás, dirigiu os dois Wall Streets. Outra coisa são as frases/pensamentos ditas pelo Sr. Gekko (quase um biscoitinho da sorte... ou não), e neste filme eu gostei da seguinte: “A mãe de todos os males é a especulação. A morte programada”. Boa né?! Mas uma frase que ele disse no primeiro ainda é imbatível: “A ilusão se torna real e quanto mais real se torna, mais as pessoas querem. O capitalismo na sua essência.”
O filme também conta com as atuações de Shia LaBeouf, que interpreta Jake Moore, um jovem corretor de Wall Street nada metido ou arrogante, mas inteligente e com muita vontade de aprender e fazer o que é certo; Carey Mulligan, que faz a Winnie Gekko e, claro, odeia o pai e todo o mau caratismo que ele representa; e Susan Sarandon que, pouco usada, está mais para figurante de luxo.
Um detalhe curioso é que Shia passou alguns dias em Wall Street, em grandes empresas como a Schottenfeld e John Thomas Financial. Para treinar o que aprendeu, ele abriu uma conta com 20mil dólares e conseguiu multiplicar o seu investimento em dois meses e meio, chegando a 300mil dólares. Está bom pra você?!

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Wall Street 2 – o dinheiro nunca dorme (Wall Street - money never sleeps)Diretor: Oliver Stone
Atores: Michael Douglas, Shia LaBeouf, Carey Mulligan
2010, drama

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

O Solteirão (Solitary Man)

Ben Kalmen era dono de uma grande concessionária de carros, devido as suas más decisões, deitou abaixo o negócio, e depois de várias infidelidades no casamento e a falta de discrição em diversas situações, ele é abandonado pela família e tem de começar a vida do zero. Nesse recomeço ele conhece Jordan, filha de um magnata dos automóveis, aos poucos ele se apega a ela e tem de fazer uma escolha, aproveitar esse novo relacionamento ou usá-la para voltar aos negócios.

Com a cena do início do filme foi impossível não lembrar a situação real pela qual Michael Douglas está passando, mas o filme não tem nada a ver com isso e, portanto, segue a fita.
Douglas é um daqueles caras que, só com a roupa de baixo a gente pensa: “Nossa, ele tá velho pacas. Credo!” Mas quando ele está usando um terno bem cortado, um cachecol e um Ray-ban adornando o rosto, o que pensamos? “É, o cara é charmoso!”
Basicamente o filme retrata justamente isso: quer se queira ou não, os anos passam e chega uma hora que você tem apenas duas escolhas: ou envelhece ou morre, não existe uma terceira opção. Porém, você pode envelhecer bem, mas de qualquer maneira, a escolha é somente sua e dependerá, exclusivamente, das atitudes que tomar diante da vida.
Bem Kalmen (Douglas) carrega uma bagagem enorme da experiência de anos, mas destrói tudo isso com sua arrogância e passa o filme todo levando surras da vida (algumas até literalmente...), devido às escolhas equivocadas. Mas será que ele tem cura? Será que, mesmo reconhecendo o carinho e a força de sua ex-esposa e daquele que, mesmo depois de anos, continua sendo seu amigo, Ben continuará a persistir no erro? Lembrando que se continuar nesse ritmo, perderá o pouco que lhe restou...
O final do filme é o momento da decisão e o que ele escolhe? Bom, se você for assistir ao filme, você saberá.

Em tempo: em minha opinião, a escolha do título não foi acertada. A tradução ao pé da letra, “O Solitário”, caberia muito melhor.

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O Solteirão (Solitary Man)
Diretores: Brian Koppelman, David Levien
Atores: Michael Douglas, Susan Sarandon, Danny DeVito, Mary-Louise Parker
2010, drama

domingo, 17 de outubro de 2010

Tropa de Elite 2 – o inimigo agora é outro

Nascimento, dez anos mais velho, cresce na carreira: passa a ser comandante geral do BOPE, e depois Subsecretário de Inteligência. Em suas novas funções, Nascimento faz o BOPE crescer e coloca o tráfico de drogas de joelhos, mas não percebe que ao fazê-lo, está ajudando aos seus verdadeiros inimigos: policiais e políticos corruptos, com interesses eleitoreiros. Agora, os inimigos de Nascimento, são bem mais perigosos.

“Tropa de elite osso duro de roer, pega um pega geral, também vai pegar você...” Essa música gruda como chiclete e quando toca na escuridão do cinema, não tem um que não balance as perninhas e cante junto com o grupo Tihuana. Aliás, usar essa música de fundo ao mesmo tempo em que algumas cenas do “Tropa 1” são exibidas, intercaladas com os nomes dos atores, direção etc, foi excelente idéia.
Wagner Moura dá vida, mais uma vez, ao agora coronel Nascimento, que volta mais maduro, mais marrento, mais bonito... Seu bordão “pede pra sair” dá lugar ao “agora é pessoal”. Atuação perfeita de Wagner Moura é pautada principalmente no olhar e na expressão corporal. Ao longo do filme vemos a dureza, a figura quase que blindada de emoção dar lugar ao cansaço e a frustração, não só no setor profissional como no lado pessoal também. Separado da esposa e vendo o filho de 16 anos cada vez mais se distanciando, finalmente ele acaba percebendo que algumas atitudes devem ser revistas e quando isso acontece é realmente emocionante. Uma das cenas que mostra bem isso é quando Nascimento leva o filho para o tatame de jiu-jitsu. É a maneira dele de “abraçar”, “beijar” e dizer ao filho que o ama.
O filme começa com o Fraga (Iradhir Santos), ativista dos direitos humanos e depois deputado, ministrando uma palestra e passando alguns dados que, pasmem, se realidade, serão tenebrosos: “em 2081, 90% da população do Rio de Janeiro será de bandido”. Tá bom para você?
Tropa 2 expõe a ferida do Rio de Janeiro e não contente, ainda coloca pitadas de sal... E dói muito. Mesmo assim ainda rimos com o apresentador de TV, Fortunato (André Mattos) que, diante das câmeras do seu programa “Mira Geral”, brada aos 4 ventos justiça e prisão aos bandidos e aos corruptos, mas atrás das câmeras não passa de mais um deputado safado como tantos outros. A corrupção do governo é ainda mais nojenta e saber que isso realmente deve acontecer nos dá a sensação que todos nós somos uns palhaços.
Nessa luta do bem contra o mal, o Tropa 2 nos deixa, mais uma vez, sem saber quem é o bandido e quem é o mocinho, mas a realidade inconteste é que ficamos felizes quando um bandido é brutalmente assassinado e torturado. Nesse caso, o que vale é o lema “bandido bom é o bandido morto.” É isso realmente? Além disso, tem uma afirmativa direta, dita pelo Nascimento, que deveria sair da ficção e invadir o nosso dia-a-dia para ser debatida em todos os setores: “A PM do Rio tem que acabar”. O que você acha?
Mas o Tropa 2 não é só tiros, sangue e porrada. Ele é também cheio de diálogos cortantes, sarcásticos e, mais uma vez, recheado de bordões tais como: “Vamos dar saco de bombom pros vagabundos!”; “Quer me foder, me beija!”; “Cada cachorro que lamba a sua caceta.”; “Tá de pombagirice?!”; “Taxa do ‘eu sei’.”; “Quer rir, tem que me fazer rir.”
Tropa de Elite 2 foi o filme nacional mais aguardado do ano e estreou em mais de 630 salas. José Padilha está de parabéns. Missão dada é missão cumprida e fez isso e muitíssimo bem.

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Tropa de Elite 2 – o inimigo agora é outro
Diretor: José Padilha
Atores: Wagner Moura, Maria Ribeiro, André Ramiro, Seu Jorge
2010, ação – drama

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

$#*! My dad says (em português seria: As merdas que meu pai fala!)

“$#*! My Dad Says” é baseada na popular conta de Twitter de Justin Halpern, um roteirista que registrou em seu diário os comentários que seu pai fazia no dia a dia, acreditando que um dia poderia utilizá-lo como material para seus personagens. A nova comédia da CBS, estrelada por William Shatner, mostra Ed Goodson, um pai cheio de opiniões (muitas vezes inapropriadas) que não tem medo de falar aquilo que ache para quem quiser ouvir.

Sou fã de William Shatner, desde o tempo do querido comandante da USS Enterprise, capitão James T. Kirk, e órfã da fantástica série Justiça sem Limites (Boston Legal), em que ele brilhava junto com o também incrível James Spader. Com tudo isso, fiquei curiosa em conhecer a nova série estrelada por Shatner, a “Shit! My dad says”. Por isso, baixei os 3 primeiros episódios que estão disponíveis na internet (a série ainda não estreou em terras tupiniquins) para dar uma conferida.
Sabe aquele tipo de série cômica que só americano acha graça? Pois é, “$#*!...” é esse tipo de série. Não gostei !
Dei uma risada ou outra, Shatner continua um gordinho charmoso, mas a sitcom é boba, não me diz nada e não vale nem os 30 minutos de sua duração.

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$#*! My dad says
Criador: Justin Halpern
Atores: William Shatner, Jonathan Sadowski, Nicole Sullivan, Will Sasso
2010, comédia

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

The Runaways - As Garotas do Rock (The Runaways)

Baseado no livro autobiográfico de Cherrie Currie. O filme mostra a trajetória da primeira grande banda de rock, The Runaways, formada apenas por mulheres, que existiu entre 1975 a 1979.

Kristen Stewart interpreta o papel da guitarrista e líder da banda, Joan Jett. Sua interpretação é forte e, ao mesmo tempo, morna... Na verdade, nem parece a líder de uma banda de rock pesado que revolucionou uma época, mas sem dúvida ela passa o seu amor incondicional pelo rock’n’roll e é através de seus olhares que ela ganha pontos.
Já a atuação de Dakota Fanning, que faz o papel da vocalista loira Cherrie Currie, é simplesmente arrasadora! Cherrie tinha 15 anos quando entrou para a banda e teve seu mundo virado de ponta cabeça. Quando ela cansa dessa vida “rock paulera” e prefere voltar para casa, para sua vidinha mediana, o que me veio logo a cabeça foi: ela matou a banda! Mas a realidade é que Cherrie, que estava no momento de autodestruição, pulou fora antes do fim irreversível: a morte. E ela precisou de muita coragem para isso.
O fim da banda deveu-se aos motivos de sempre: drogas, egos inflados, falta de grana... Mesmo assim, para os amantes do rock e de sua história, vale dar uma conferida no filme.

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As Garotas do Rock (The Runaways)
Diretora: Floria Sigismondi
Atrizes: Kristen Stewart, Dakota Fanning
2010, drama biográfico

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Como Treinar o seu Dragão (How to Train your Dragon)

É comum lutar contra dragões na ilha de Berk. Soluço (Jay Baruchel) é um jovem bastante sarcástico, que volta e meia bate de frente com seu pai, Stoico (Gerard Butler), o chefe da tribo local. Quando entra para o Treino com Dragões, juntamente com outros jovens vikings, Soluço acredita ser esta sua grande chance de provar que pode ser um grande guerreiro. Só que seu mundo vira do avesso ao se tornar amigo de um dragão ferido.

Essa história de ter um cachorrinho ou peixinho ou gatinho como bichinho de estimação é papo para os fracos. O bom mesmo é ter um dragão, principalmente se você for um jovem viking.
Como treinar o seu Dragão é, antes de tudo, uma homenagem a amizade. Os laços desse sentimento são mais fortes e resistentes que qualquer outra coisa. Além disso, as aparências enganam e se você está aberto para novas experiências, a amizade pode ultrapassar barreiras e a DreamWorks retrata muito bem isso nesse filme. Tudo bem, a história não é novidade alguma e o final é previsível, mas e daí?
A animação tem pitadas de humor, emoção, ação e drama, tudo isso junto e muito bem misturado. Os personagens vikings são muito bem feitos, mesmo com feições caricatas, e as diversas espécies de dragões são incríveis, principalmente o Fúria da Noite, o dragão principal que de tão estranho é fofíssimo. Inclusive tem uns traços do monstrinho Stitch (de "Lilo & Stitch")... Talvez porque os diretores sejam os mesmos.
Enfim, cada vez mais fico encantada com as animações feitas atualmente e sou fã incondicional delas.

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Como Treinar o seu Dragão (How to Train your Dragon)
Direção: Dean DeBlois e Chris Sanders
Vozes: Gerard Butler, América Ferrera, Jonah Hill
2010, animação

domingo, 3 de outubro de 2010

Depois de Partir (Afterwards)

Nathan é um brilhante advogado que mora em Nova York e possui uma carreira brilhante, bem diferente de sua vida pessoal que desmoronou após seu divórcio com Claire, seu único amor. Um dia ele conhece o doutor Kay, um médico misterioso que se apresenta como o “Mensageiro” e alega pressentir quando alguém está próximo da morte. Nathan custa a acreditar na profecia do médico, até que ele testemunha alguns acontecimentos que confirmaram as palavras do doutor e mostram que seus dias na terra estão se esgotando.

Filme sessão da tarde, com belas imagens, trilha sonora suave e gostosa e com a presença sempre misteriosa e intrigante de John Malkovich.
Depois de partir é uma espécie de filme de auto-ajuda. A frase mais falada é “ninguém tem poder sobre a hora da morte”, o que, cá prá nós, é uma pena. Ou não?!
Mas no meio dessa história água com açúcar, de final diferente do que imaginei no início, uma frase me chamou a atenção: “não importa saber se há vida após a morte; o que importa é estar vivo antes de morrer.”
E quantas pessoas nós conhecemos que respiram, mas não estão vivos? Andam pelas ruas, trabalham ao nosso lado, mas não estão vivos? Essas pessoas alimentam-se de nossa energia, mas não passam de zumbis. A importância de vivermos bem, fazendo o bem é importantíssima, pois não sabemos o que nos acontecerá no segundo seguinte.
O filme vale como ponta pé inicial para uma reflexão, mas nada mais que isso. Porém, a atuação do francês Romain Duris, 34 anos, é instigante e convincente. Nunca tinha visto um filme com ele, e, fisicamente, ele me lembrou o ator Joseph Fiennes. Para mim, só isso já é um ponto a favor.

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Depois de Partir (Afterwards)
Diretor: Gilles Bourdos
Atores: John Malkovich, Romain Duris, Evangeline Lilly
2010, suspense - drama