quarta-feira, 27 de junho de 2012

Contra Corrente (Against the Current)

Com a aproximação do aniversário de cinco anos da morte de sua esposa então grávida, Paul (Joseph Fiennes) convida seus amigos Jeff (Justin Kirk) e Liz (Elizabeth Reaser) para ajudá-lo a realizar seu desafio pessoal de nadar todo o percurso do Rio Hudson. Pressentindo que Paul está escondendo algo, Jeff percebe que a viagem é o jeito do amigo de pôr fim a uma vida marcada pela tragédia.

Eu tenho vários atores preferidos e Joseph Fiennes é, sem dúvida, um deles. Aliás, adoro o irmão dele também, o Ralph. Enfim, Joseph foi a principal razão de ter visto o filme. Não me arrependi !
Prestes a completar o aniversário de 5 anos de falecimento de sua esposa grávida, Paul resolve cruzar o Rio Hudson (240km de extensão) a nado, junto com os amigos Jeff e Liz. Seria a realização de um sonho antigo e marco do seu derradeiro objetivo: se matar!
O suicídio é o tema principal do filme. Para Paul, sua vida acabou com a morte da esposa. Três meses após a morte, ele havia tentado o suicídio, mas o seu amigo chegou na hora e o demoveu da idéia, pedindo para que ele esperasse 5 anos. Ele tinha certeza que em 5 anos Paul estaria bem. Mas para Paul a solidão, o vazio e o sentimento de culpa continuavam lá. Por tudo isso ele resolve encarar o rio de peito aberto, além de decidir o momento final de sua vida. Não é uma decisão fácil para nenhum deles...
Não pense que o filme é deprê, pois não é. Paul e Jeff têm um senso de humor infantil e, por várias vezes, até ácido. É difícil não rir com várias cenas, como também é difícil não nos comovermos com outras tantas.
A atuação e a sintonia do trio de protagonistas são perfeitas. Houve algumas participações, mas tenho que destacar a veterana Mary Tyler Moore (minha ídola da série homônima, em que ela fazia uma jornalista).
O filme não fez muito sucesso no cinema, mas vale a pena procurar na locadora ou baixar na internet.

Nota: 7

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Contra Corrente (Against the Current)
Diretor: Peter Callahan
Atores: Joseph Fiennes, Justin Kirk, Elizabeth Reaser, May Tyler Moore
2009, drama

domingo, 24 de junho de 2012

Sombras da Noite (Dark Shadows)

No ano de 1752, Joshua, Naomi Collins e seu filho Barnabas, foram embora de Liverpool, Inglaterra, para começar uma nova vida na América e fazer fortuna. Anos depois, Capitão do Collinwood Manor, Barnabas é rico, poderoso e um playboy inveterado. Até que ele comete o erro grave de quebrar o coração de Angelique, uma bruxa, em todos os sentidos da palavra, Angelique condena-o a um destino pior que a morte, transformando-o em um vampiro e enterrando-o vivo. Dois séculos mais tarde, Barnabas é libertado de seu túmulo, e surge nos dias modernos.

Apaixonada que sou por Depp, imaginem a minha ansiedade para ver este filme que pode até nem ser considerado um dos top five dele (e não é), mas sempre vale a pena conferir, mais uma vez, o resultado do “casamento” Burton & Depp (este é o oitavo filme da dupla).
O longa é baseado no seriado gótico da TV americana, Dark Shadows, de relativo sucesso entre 1966 a 1971. O filme de humor sutil, com trilha sonora gostosa (temos a participação de Alice Cooper fazendo o que faz de melhor: cantando), transita entre a comédia e o drama. Ou seja, se você espera um filme de terror, esqueça ! Esse filme é um melodrama familiar.
Em 1752 a família Collins deixa Liverpool e segue para os Estados Unidos. Lá eles constroem um império pesqueiro e a cidade recebe o nome da família: Collinsport. Vinte anos depois, Barnabas Collins se apaixona por Josette (Bella Heathcote) e, com isso, parte o coração de Angelique (Eva Green), empregada da família e bruxa ciumenta. Aí o bicho começa a pegar... Por vingança, ela mata Josette e amaldiçoa Barnabas: transforma-o em vampiro e o aprisiona no caixão. Sem querer, 196 anos depois, em 1972, Barnabas consegue a liberdade e reencontra Angelique, a reencarnação de sua amada e os novos integrantes da família Collins: uma adolescente rebelde; uma criança antissocial; um playboyzinho barato e uma terapeuta alcoólatra. Barnabas resolve unir a família, levantar os negócios e, claro, tirar satisfação com a bruxa.
Muita gente meteu malho neste filme. Eu gostei. Ri com várias tiradas, gostei da fotografia, cenário e figurino. Achei Depp (fez um vampiro elegante, sensível e cool) e Eva os melhores em cena, e suas aparições são incríveis. Minha musa, Pfeiffer, fez o seu trabalho direitinho, como matriarca da família Collins, e só. Bonham Carter, com cabelo Rainha de Copas (deve ter sobrado tintura da Alice... economia é vital !), é sempre uma figura. Os demais não fizeram feio.
É fato que o filme começa muito bem, com a apresentação dos personagens, com ação e tal, mas ao longo dele, várias subtramas aparecem, mas nenhuma é esmiuçada e o filme acaba tendo várias pontas soltas. De qualquer maneira, eu me senti atraída pelo filme. Talvez por ter me lembrado de vários outros, como A Morte Lhe Cai Bem, A Noiva Cadáver, Nosferatu e Sweeney Todd. Como nunca vi um episódio da série original, mas acredito que Tim Burton tenha capturado o espírito dela, isso para mim já vale o ingresso.

Nota: 8

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Sombras da Noite (Dark Shadows)
Diretor: Tim Burton
Atores: Johnny Depp, Michelle Pfeiffer, Helena Bonham Carter
2012, comédia - fantasia

domingo, 17 de junho de 2012

Branca de Neve e o Caçador (Snow White and the Huntsman)

Branca é uma incrivelmente bela jovem com cabelos escuros, pele clara e lábios avermelhados. A beleza de Branca de Neve é o seu maior problema, pois quando ela vira a mais linda de todas, ela se transforma em uma ameaça para sua Madrasta, Ravenna. Porém, o que a malvada tirana nunca imaginou, é que a jovem que ameaça seu reinado vem treinando a arte da guerra com o caçador, que foi enviado para matá-la. Sam Claflin se une ao elenco como o príncipe há muito tempo encantado pela beleza e pelo poder de Branca de Neve.

A princesinha da moda é a Branca de Neve. Na verdade nem sei porque, já que para mim ela é a mais sem sal de todas. Mas as novas leituras hollywoodianas dessa realeza têm dado cor, sangue, criatividade, humor, coragem, força e personalidade. Ela tem ficado bem interessante...
Essa adaptação mais sombria do clássico conto dos irmãos Grimm é a que chega mais “perto” (estou aqui equiparando este filme ao “Espelho, Espelho Meu”) da história da Disney que nós conhecemos: tem uma rainha linda, exuberante, má, sem um pingo de humor, mas com muito ódio e rancor. Aliás, nesse filme tomamos conhecimento do passado da Rainha e o que a fez ser tão maligna, bicho ruim mesmo.
Neste filme a Rainha Má Ravenna (Theron) contrata o caçador Eric (Hemsworth) a fim de encontrar Branca de Neve (Stewart). A Rainha precisa devorar o coração da princesa para conseguir a beleza eterna. Evidentemente o caçador acaba percebendo quem é a mau caráter da história e passada para o lado da Branca, ajudando-a a destruir a Rainha.
Kristen continua com aquela cara de quem acabou de acordar e chupou limão azedo. É uma pena que a cara não muda, porque talento e coragem ela tem. Ela fez uma Branca básica, discreta e de personalidade. Charlize, linda como sempre, incorporou a rainha má com beleza e perfeição.
Excelente também estão Ian McShane, Eddie Izzard, Bob Hoskins, Toby Jones, Ray Winstone, Eddie Marsan, Steve Graham e Nick Frost, atores britânicos conhecidos, mas trabalhados no computador para ficarem anões. Ah, sim, agora são 8 anões.
O filme pode ter (e tem) algumas baboseiras, como frases feitas de autoajuda, mas como trabalho de estreia do diretor Rupert Sanders (ele veio da publicidade), podemos dizer que ele mandou muito bem. O filme entretém com efeitos especiais incríveis (as cenas com os corvos são ótimas), figurino deslumbrante (Rainha Má tem estilo), fotografia e coreografia das lutas perfeita. O longa vale o ingresso, sem dúvida alguma.

Nota: 8

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Branca de Neve e o Caçador (Snow White and the Huntsman)
Diretor: Rupert Sanders
Atores: Kristen Stewart, Charlize Theron, Chris Hemsworth, Sam Claflin
2012, aventura - fantasia

domingo, 3 de junho de 2012

Chatroom (Chatroom)

William, 17 anos, solitário, passa o tempo na Internet e abre um fórum de discussão para os adolescentes da cidade. Juntam-se a ele Eva, Emily, Mo e Jim, e todos falam sobre os pais, os supostos amigos, o que os perturba, os traumas que têm. William, muito atento, aconselha-os e incita-os a libertarem-se dos seus problemas através da ação… Ninguém sabe que, na vida real, William é um adolescente perturbado e que está determinado a influenciar o grupo no seu Chatroom “para a vida – para a morte”…

Este filme é baseado na peça homônima do dramaturgo irlandês Enda Walsh. De maneira original ele nos mostra a realidade adolescente no mundo virtual. O que deveria ficar apenas no virtual ganha proporções mega preocupantes no mundo real.
Neste longa, William é um jovem cheio de problemas que, virtualmente, assume uma postura doce e amigável, mas que na verdade é um vilão que manipula um grupo de adolescentes através da internet. No mundo real ninguém se conhece, mas todos freqüentam a mesma sala de bate-papo chamada “Chelsea Teens!”
A fragilidade da relação entre pais e filhos é um ponto a ser observado. Essa relação nunca foi 100% e com o advento da internet a mãe se transformou em Youtube, o pai em Google e os irmãos são os sites de relacionamento. Nada é verdadeiro dentro do mundo virtual. Todos querem ser o que não são, com medo de deixar que os outros os conheçam como realmente são. É o irreal que se torna realidade ou é a realidade que ganha corpo no virtual?
Mas não se engane. A história é interessante, o modo com que o diretor Nakata apresenta esse thriller psicológico também é legal, mas o filme é enfadonho e chato pra caramba. É uma pena, já que é sempre bom alertar os jovens e aos nem tão jovens, o perigo que se esconde atrás da internet. Ela usada de maneira apropriada é o portal das maravilhas existentes no mundo, mas usada a serviço do mau é ainda mais perigosa. Exemplos disso não nos faltam...

“Através da comunicação virtual, a Internet amplifica de forma espectacular as emoções negativas: a ansiedade, o medo, a vontade, o ódio e a raiva. Chega a acontecer algumas pessoas suicidarem-se ou tentarem matar outros inocentes”. – disse Hideo Nakata

Realmente a internet não é para os fracos e está muito longe de ser uma brincadeira.

Nota: 5

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Chatroom (Chatroom)
Diretor: Hideo Nakata
Atores: Aaron Johnson, Imogen Poots, Hannah Murray
2010, drama – suspense