segunda-feira, 26 de março de 2012

O Homem que Mudou o Jogo (Moneyball)

O filme conta a história de um gerente de um time de baseball Oakland Athletics, chamado Billy Beane. Com pouco dinheiro em caixa ele revolucionou o esporte ao desenvolver um sofisticado programa de estatísticas feitas em computador para o clube, fazendo com que a equipe ficasse entre as melhores nos anos 80.

O filme conta a história real de Billy Beane (Pitt), ex-atleta e, agora, gerente geral do Oakland Athletics, um time de baseball. É ele que encontra e torna um jogador mediano em um star e... Acaba perdendo o atleta para os Yankees, por exemplo. Aí entra em cena Peter Brand (Hill) um perito em estatísticas que mostra a Billy um novo sistema para escolha de atletas com base nas médias estatísticas. Não é fácil fazer os outros dirigentes concordarem, mas Billy aposta nisso (até porque o time não tem grana para contratar os melhores atletas) e leva adiante essa prática, já na temporada de 2002. Nós acompanhamos essas negociações e são incríveis. É um filme que nos mostra o quanto devemos ser assertivos e firmes em nossas convicções.
Sou apaixonada por Brad Pitt, não é de hoje. Ele é um excelente ator, camaleônico até, uma vez que ele faz um maluco, um psicopata, um viciado, um militar, um agente secreto, um gigolô, um herói grego, um vaqueiro etc, com a mesma dedicação e carisma. Neste longa, sinceramente, não achei sua atuação extraordinária. A história é interessante, mas um pouco de conhecimento de baseball (eita joguinho chaaaaaato!) é desejável, mas não impede de você mesmo assim assistir.
Jonah Hill está perfeito e faz o seu Brand com pitadas de timidez, pânico e admiração. Sem contar Phillip Seymour Hoffman, sempre incrível no papel de “bad guy”, mesmo aparecendo pouco.

Nota: 6

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O Homem que Mudou o Jogo (Moneyball)
Diretor: Bennett Miller
Atores: Brad Pitt, Robin Wright, Jonah Hill, Philip Seymour Hoffman
2012, drama

terça-feira, 20 de março de 2012

Anjaana Anjaani (Anjaana Anjaani)

É a história de Kiara [Priyanka Chopra],de San Francisco, enquanto Akash [Ranbir Kapoor] é um rapaz de New York City. Akash teve uma empresa falida, enquanto Kiara teve um relacionamento fracassado. Fartos, os dois decidem cometer suicídio pulando de uma ponte. No entanto, se encontram em cima da mesma ponte, ao mesmo tempo. Uma coisa leva a outra e Akash e Kiara decidem pôr fim às suas vidas em 31 de dezembro. Com 20 dias pela frente, eles decidem realizar seus desejos inacabados e assim começa sua jornada. Uma série de aventuras hilariantes traça sua viagem e então a vida interfere como sempre e escolhas dolorosas devem ser feitas.

O filme indiano (Bollywood ta bombando!) é um mix de comédia, romance, musical e uma pitadinha de drama. Poderia até sair dessa mistureba e de alguns absurdos, uma confusão inominável, mas não saiu.
O longa é longo demais da conta. São 2h30min de filme com vários momentos que poderiam ser muito bem limados e não fariam falta alguma. Mesmo cansativo e às vezes chatinho, o filme diverte.
Esta é a história de Kiara e Akash. Cada um teve uma grande decepção e resolvem se jogar da ponte, mas acabam fracassando. Tentam mais algumas vezes e sem sucesso, até que resolvem estipular o prazo final (31 de dezembro, à meia-noite), mas antes disso eles resolvem realizar os seus maiores desejos. Um deles é uma viagem, de carro, para Las Vegas. Mais do que se descobrirem a si mesmos, eles vão descobrindo um ao outro.
Com a trilha sonora bem animada, um dos refrões que mais toca é “Você não percebe que Deus está ao seu redor”, diz bem sobre o fio condutor do filme: o valor da vida, o valor da amizade, o valor do amor, o valor da família. Tudo isso que deve estar no patamar acima de valores materiais. Não é um filme religioso, mas como um bom filme indiano, a espiritualidade está contida nos detalhes. Vale a pena assistir.

Nota: 7

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Anjaana Anjaani (Anjaana Anjaani)
Diretor: Siddharth Anand
Atores: Ranbir Kapoor, Priyanka Chopra, Zayed Khan.
2010, comédia romântica

domingo, 18 de março de 2012

Missão Impossível – Protocolo Fantasma (Mission: Impossible - Ghost Protocol)

A trama mostrará o agente secreto Ethan Hunt e seu time da força-tarefa Missão Impossível no papel de foragidos da justiça. Após serem acusados de um atentado a bomba na Rússia, Hunt e seu novo time precisam limpar o nome de sua agência quando o Presidente decreta o início do Protocolo Fantasma. Contando apenas com sua experiência e a ajuda do misterioso Brandt, Hunt deve trabalhar fora do radar do Governo, que os acusa de serem terroristas tentando iniciar uma Guerra Nucler.

O primeiro foi muito bom; o segundo foi sofrível; o terceiro foi excelente, mas esse quarto foi desnecessário.
Tudo bem que Tom Cruise ainda fica ótimo em filmes de ação, mas a história desse “Missão” foi tão sem graça e batida, que essas 2 horas de filme foram 120 minutos de encheção e desperdício de tempo. Ethan bem que podia não aceitar uma missão, só para ver o que aconteceria...
Bem, depois que Ethan (Cruise) é resgatado de uma prisão russa, ele parte para uma missão (vida de herói é dura!): roubar códigos secretos de dentro do Kremlin e, com isso, impedindo que um terrorista tenha acesso ao arsenal nuclear da antiga União Soviética. O plano sai errado e... Ahhh você sabe. Corre daqui, corre dali, invade acolá, pula dali, se arrasta por lá e assim vai...
OK ! Tem pitadas perfeitas de humor e muita, muuuuita ação. E ações de todos os tipos, principalmente aquelas que nos fazem rir de tão mentirosas e descabidas. Mas de qualquer maneira, adorei rever Josh Holloway (Sawyer, de Lost), que, diga-se de passagem, continua um gato, fazer uma aparição como um agente da IMF. Infelizmente ele é pego em uma emboscada. Que lástima !
O filme é pura distração e para isso ele tem sua missão cumprida com perfeição. Noves fora isso... nada.

Nota: 6

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Missão Impossível – Protocolo Fantasma (Mission: Impossible - Ghost Protocol)
Diretor: Brad Bird
Atores: Tom Cruise, Jeremy Renner, Simon Pegg, Paula Patton, Michael Nyqvist
2011, ação

segunda-feira, 12 de março de 2012

A Invenção de Hugo Cabret (The Invention of Hugo Cabret)

Hugo é um garoto de 12 anos que vive em uma estação de trem em Paris no começo do século 20. Seu pai, um relojoeiro que trabalhava em um museu, morre momentos depois de mostrar a Hugo a sua última descoberta, um andróide, sentado numa escrivaninha, com uma caneta na mão, aguardando para escrever uma importante mensagem. O problema é que o menino não consegue ligar o robô, nem resolver o mistério.

O filme dirigido por Scorsese é uma adaptação do romance “Hugo”, de Brian Selznick, e conta a história de Hugo (Asa Butterfield, aquele alemãozinho fofo do Menino do Pijama Listrado), um garoto de 12 anos, órfão de pai e mãe. Para não parar no orfanato, ele vai morar com o tio bêbado em uma estação de trem, em Paris. Além de dominar o trabalho de relojoaria (ele é que toma conta dos relógios da estação), ele é bom nas pequenas peças, como o seu pai, e tenta fazer funcionar uma espécie de robô que seu pai deixou para ele. Algo lhe diz que o robô terá a resposta para todas as suas dúvidas e, o mais importante, aliviará a dor e a saudade que sente.
Ao mesmo tempo em que é convidado a mergulhar na vida deste rapaz, você é levado ao mundo da magia e do amor ao cinema. Para isso, os personagens secundários (o policial manco e apaixonado pela florista, um relojoeiro e sua neta, um homem e uma mulher que se flertam etc) interagem entre si. O mais interessante é que o Hugo não é o único personagem principal. O personagem George Mélies (Ben Kingsley) tem uma história tão comovente que até mesmo Hugo se rende a ela, e tem função importantíssima nisso.
A realidade se mistura com a fantasia e o longa também presta sua homenagem: George Mélies foi um importante cineasta do início do século XX, considerado o "pai dos efeitos especiais", fez mais de 500 filmes e construiu o primeiro estúdio cinematográfico da Europa. É aí que o filme se torna mágico... É a magia do cinema!
Enfim, a história emociona. O poder da amizade é incomensurável, o poder do amor é inexplicável e a superação é uma maneira da esperança se materializar. De qualquer maneira a direção de Scorsese é ótima, o que até aí não tem novidade alguma. As atuações dos atores são primorosas e, sem dúvida alguma, as crianças adorarão. Se você tiver uma criança dentro do seu coração, também serve.

Nota: 7

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A Invenção de Hugo Cabret (The Invention of Hugo Cabret)
Diretor: Martin Scorsese
Atores: Asa Butterfield, Ben Kingsley, Chloë Moretz, Sacha Baron Cohen
2012, aventura – drama

quarta-feira, 7 de março de 2012

Os Descendentes (The Descendants)

Depois que sua esposa Elizabeth sofre um grave acidente de barco que a deixa entre a vida e a morte, o milionário havaiano Matt King leva suas duas filhas Alexandra e Scottie para uma viagem de Oahu para Kauai, aonde ele irá se confrontar com o corretor de imóvel Brian com quem ela teve um caso antes do ocorrido. O que eles não sabiam era que essa viagem serviria para aproximar definitivamente o pai de suas filhas.

O filme se passa no Havaí. Só aí já vale pelo cenário paradisíaco, embora, desde o início, o filme deixa claro que o Havaí não é um paraíso absoluto.
Matt King (Clooney), advogado bem sucedido, é um dos descendentes e juntamente com seus primos, herdeiro de vários hectares de terras virgens que um dia pertenceram à realeza havaiana. Perto de vender as terras por um preço bilionário, sua esposa Elizabeth sofre um acidente de barco e entra em coma irreversível. Pensa que a desgraça é só isso? Não ! Ele descobre que ela o traía e que estava pensando na separação.
Aqui eu tenho que abrir um parênteses: a mulher de Matt não regulava muito bem. Querer deixar um George Clooney por um Matthew Lillard (ele fez o Salsicha, do Scooby-Doo – daí você tem uma idéia...) é de lascar. Pode pensar em termos de personagens que também dará na mesma. Brian Speer é um agente imobiliário metido, arrogante e safado, pois é bem casado e em nenhum momento chegou a pensar em se separar da esposa.
Enfim, o longa fala sobre o autodescobrimento. Matt é obrigado, diante dos acontecimentos, a se relacionar mais profundamente com suas filhas Scottie (Amara Miller) e Alex (Shailene Woodley). É obrigado a repensar no seu casamento e até mesmo no vínculo familiar.
Com momentos pontuais de atuação discreta, mas brilhante, Clooney é sempre Clooney. O basicão está sempre lá: bonito, meio sonso, irônico, desengonçado até para correr. Por isso, sinceramente, não acho a interpretação dele tão fantástica assim. Mas o filme é interessante com notas de drama e humor nas medidas certas e vale a pena conferir.

Nota: 7

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Os Descendentes (The Descendants)
Diretor: Alexander Payne
Atores: George Clooney, Judy Greer, Shailene Woodley, Matthew Lillard
2012, comédia – drama

domingo, 4 de março de 2012

A Mulher de Preto (The Woman in Black)

O jovem advogado londrino Arthur Kipps é forçado a deixar seu filho de três anos e viajar para a pequena vila de Crythin Gifford para tratar dos assuntos do recentemente falecido dono da Casa Eel Marsh. Mas quando ele chega à arrepiante mansão, descobre segredos obscuros no passado da cidade. Sua sensação de mal-estar aumenta quando ele vislumbra uma misteriosa mulher toda vestida de preto.

Se você acompanha o meu blog, sabe, porque eu já falei disso, da minha dificuldade em ver o Leonardo Di Caprio como um homem adulto. Pensei que o mesmo aconteceria com Daniel Radcliffe, mas não ocorreu. Para mim ele passou muito bem o personagem do qual se dispôs a fazer.
Neste filme, que se passa nos idos de 1900, Daniel é Arthur Kipps, jovem advogado pai e viúvo, cujo emprego está por um fio. Para não perdê-lo de vez, o chefe lhe dá uma última oportunidade: ele terá que viajar para o interior da Inglaterra a fim de pegar todos os documentos importantes de uma cliente recém falecida e dona de uma mansão em Eel Marsh que é assombrada pelo espírito de uma mulher de preto. Bom, esse pequeno detalhe ele só tomou conhecimento quando chegou lá.
Tudo bem, Daniel não é o que podemos chamar de excelente ator, mas o cara é esforçado, gosta de desafios e tenho absoluta certeza que ainda nos surpreenderá muito. Torço por ele, gosto dele e acredito que ele tem potencial para se sobressair e abocanhar, quem sabe, um Oscar.
Quanto ao filme... Ele provoca leves sustos, alguma aceleração cardíaca, mas não te deixa apavorado. Ele é tão bem feito que parece aqueles filmes clássicos do gênero. Cores amareladas, pastéis, além do quê o interior da Inglaterra é meio sinistro, vamos dizer assim. Pelo menos a locação escolhida (Oundle, em Northamptonshire) foi perfeita.
Fora o lugar, temos no filme todos os clichês necessários para filmes desse tipo: tempestade com raios e trovões; fog; escuridão; luz de velas e lamparinas; sombras; mansão mal assombrada cheia de pó e teias de aranhas; cemitério; brinquedinhos infantis bem assustadores (argh esses são sempre o ó); gritos; palidez; fantasmas e a mulher de preto, obviamente.
O filme é bem feitinho, impecável. Eu gostei e indico.

Nota: 7

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A Mulher de Preto (The Woman in Black)
Diretor: James Watkins
Atores: Daniel Radcliffe, Ciarán Hinds, Daniel Cerqueira, Janet McTeer
2012, suspense