terça-feira, 23 de julho de 2013

Truque de Mestre (Now You See Me)

Michael Atlas é o carismático líder do grupo de ilusionistas chamado The Four Horsemen. O que poucos sabem é que, enquanto encanta o público com suas mágicas sob o palco, o grupo também rouba bancos em outro continente e ainda por cima distribui a quantia roubada nas contas dos próprios espectadores. Estes crimes fazem com que o agente do FBI Dylan Hobbs esteja determinado a capturá-los de qualquer jeito, ainda mais após o grupo anunciar que em breve fará seu assalto mais audacioso. Para tanto ele conta com a ajuda de Alma Vargas, uma detetive da Interpol, e também de Thaddeus Bradley , um veterano desmistificador de mágicos que insiste que os assaltos são realizados a partir de disfarces e jogos envolvendo vídeos.

No início somos apresentados aos 4 mágicos principais e aí não temos como não nos lembrarmos do estilo "Onze Homens e um Segredo", mas sem o Clooney e Pitt, o que é uma pena...
É um filme dinâmico, agitado e que te prende do início ao fim. As câmeras não param de se movimentar rapidamente e em alguns momentos nos deixam sem fôlego, principalmente na hora das apresentações das mágicas.
Todos os atores estão muito bem, principalmente "Os Quatro Cavaleiros": Daniel Atlas (Jesse Eisenberg), Henley (Isla Fischer), Jack (Dave Franco) e Merritt (Woody Harrelson), e Morgan Freeman como Thaddeus Bradley, uma espécie de Mister M.
O problema do filme é que lá no final, onde ele poderia ter terminado com louvor, resolveu continuar e aí... Quebrou a corrente e se perdeu. Mesmo assim, como qualquer truque de mágica, o filme te prende e até te deixa em dúvida... Ou não !
O longa foi feito para divertir e nesse quesito não será nem preciso apelar para a hipnose.

Nota: 7

_____________________
Truque de Mestre (Now You See Me)
Diretor: Louis Leterrier
Atores: Jesse Eisenberg, Mark Ruffalo, Woody Harrelson, Morgan Freeman e Isla Fisher
2013, suspense - policial

quarta-feira, 17 de julho de 2013

O Cavaleiro Solitário (The Lone Ranger)

Tonto, o espírito guerreiro nativo americano narra as histórias não contadas que transformaram John Reid, um homem da lei, em uma lenda da justiça, levando o público em uma acelerada viagem cheia de surpresas épicas e muito humor enquanto os dois improváveis heróis precisam aprender a trabalhar juntos e lutar contra a ganância e a corrupção.

Tenho ouvido muita gente falar que será o maior fracasso de bilheteria da Disney. Tudo bem, O Cavaleiro Solitário não é o último biscoito recheado do pacote, mas também não é tão ruim assim. Eu dei algumas risadas.
Um velho índio, em uma feira de variedades, conta a história de um heroico cavaleiro solitário e do índio Tonto, para um curioso rapazinho. Por isso, o filme é narrado em flashbacks o que tem a sua vantagem no que diz respeito a algumas situações, no mínimo, estranhas... Por ser é uma pessoa idosa que conta, logicamente há de existir lapsos de memória e invencionices também. Esses momentos são muito bons, diga-se de passagem.
O Cavaleiro Solitário ficou conhecido por aqui como Zorro, mas não fez tanto sucesso quanto o Zorro do sargento Garcia e sua turma, mas de qualquer modo o "Hi yo Silver!" deve ter os seus fãs cativos e se eles irão gostar, eu não sei... O fato é que quase 2 horas e meia de filme é muita coisa e, neste caso, muita encheção de linguiça poderia ter sido descartada, sem fazer falta alguma. Mesmo assim o filme é até simpático e distrai.
Sou uma Depptomaníaca, mas tenho que reconhecer que Johnny está se repetindo um pouco demais. Basta trocar o figurino de Tonto pelo de Jack Sparrow e não veremos tanta diferença assim. OK, o Tonto não tem tantas caras e bocas visuais, mas a comunicação corporal (braços, postura, cabeça, olhar) está lá, e é impossível não comparar. Por isso, estou com muitas saudades do bom e querido Depp dos personagens Edward, Gilbert Grape, Ed Wood, John Wilmot, Sweeney Todd, Most Rainey e tantos outros tão incríveis quanto estes.
Mesmo assim a química de Depp com Armie Hammer (John Reid/Cavaleiro Solitário) é muito boa e dá liga. O filme, como já disse, cumpre o seu papel de divertir, explorando bem a ação, o drama e o humor. Talvez não encha os cofrinhos da Disney, da maneira que eles gostariam e apostaram, mas para nos divertirmos está valendo.

Nota: 7

_____________________
O Cavaleiro Solitário (The Lone Ranger)
Diretor: Gore Verbinski
Atores: Johnny Depp, Armie Hammer, Helena Bonham Carter e William Fichtner
2013, aventura

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Guerra Mundial Z (World War Z)

A história gira em torno do funcionário da ONU, Gerry Lane (Pitt), que atravessa o mundo numa corrida contra o tempo para impedir uma pandemia que está desafiando exércitos e governos e ameaçando dizimar a humanidade inteira.

Filme baseado no livro homônimo de Max Brooks e estrelado pelo meu gato preferido: Brad Pitt. E... E mais nada !!!
Fiquei curiosa com algumas coisas... Onde o povo arranjou tantos zumbis velocistas ? Sim, porque nunca vi (eu disse “vi” ?!) vários mortos-vivos tão velozes. Eles são de matar (?!) de inveja os da série The Walking Dead.
A outra coisa que fiquei sem saber foi como surgiu essa epidemia, mas isso não deve ser importante, não é mesmo?, já que temos Brado Pitt, digo, Gerry Lane, que irá nos salvar. Que sorte da humanidade, não é mesmo ?!
O filme é bem movimentado realmente, mas não é essa coisa toda. Classificado como filme de terror, Guerra Mundial Z tem bastante ação, mas de terror não tem nem sangue, que dirá vontade de gritar. Mas os efeitos especiais criados pela computação gráfica são incríveis. Criaram as hordas de zumbis (hmmm por isso os zumbis rápidos e furiosos), cidades sendo destruídas em explosões incríveis e por aí vai... A cena mais fantástica foi a massa de zumbis escalando um muro enorme. Foi genial !
Fora isso, clichê em cima de clichê: pai corre risco de morte para conseguir um remédio para sua filha asmática; um órfão que acaba sendo adotado pela família do herói; um homem mau que diz que se o herói não ajudar, sua família não terá abrigo; um homem bom que ajuda a família; um mega acidente de avião e o herói se salva com algumas escoriações; e blá blá blá. Ahhh, mas fiquei superfeliz em saber que a loja Sears, nos Estados Unidos, existe e está firme e forte ! #sqn
Fala sério, é muito por nada, mas o Brad Pitt (em uma atuação morna) continua lindo !

Nota: 7

_____________________
Guerra Mundial Z (World War Z)
Diretor: Marc Forster
Atores: Brad Pitt, Mireille Enos, Elyes Gabel e James Badge Dale
2013, ação - terror - ficção científica

domingo, 7 de julho de 2013

Além da Escuridão - Star Trek (Star Trek Into Darkness)

Quando a equipe da nave Enterprise é chamada de volta para casa, eles descobrem que uma força do mal, vinda de dentro de sua própria organização, atacou o mundo inteiro, deixando o planeta em estado de crise absoluta. O Capitão Kirk deve reunir toda a equipe e liderar uma grande caça ao homem responsável por essa destruição em massa.

Sou apaixonada pela série Jornadas nas Estrelas, mas aquela clássica, que só durou 3 temporadas, com William Shatner, Leonard Nimoy, DeForest Kelley e James Doohan.
Quando a série chegou ao cinema, com os mesmos atores, não perdi um filme. Adoraaaava ! Agora temos um Jornadas nas Estrelas repaginado, com o capitão James T. Kirk, Spock e os demais mais jovens. Eu gostei muito do que vi em 2009.
Este Star Trek Além da Escuridão tem humor e ação que gosto de ver nos personagens, mas alguma coisa desandou, porque ele não empolgou como eu gostaria. Eu esperava muito mais !
Óbvio que o filme tem clichês, como quando certos personagens principais correm o risco de morrer e todos sabemos que não morrerão. Inclusive em uma cena há uma clara alusão a uma já usada em um dos filmes anteriores. Enfim, não foi esse o problema para não empolgação, pelo menos da minha parte.
No longa temos uma participação especialíssima que fará os fãs muitos felizes. Eu gostei, mas não vi necessidade de ter essa cena, mas tudo bem... Ruim também não foi. rs
A interpretação de todos, como em 2009, está perfeita. A química entre os principais é excelente. Vale ressaltar, também, o vilão deste filme: John Harrison/jovem Khan (Benedict Cumberbatch) que está excelente.
Star Trek é mais do que um filme de ficção científica que explora novos mundos para pesquisar novas vidas e civilizações. Star Trek é uma ode a amizade pura, forte, que vai além das fronteiras, indo onde nenhum homem jamais esteve. :) Jornadas nas Estrelas explora mais os sentimentos do que a própria ação e, sem dúvida que é por isso que nunca sairá de moda e sempre será um prazer ver essa franquia nas telonas.
Vida longa e próspera ao Star Trek !

Nota: 8

_____________________
Além da Escuridão - Star Trek (Star Trek Into Darkness)
Diretor: J.J. Abrams
Atores: Chris Pine, Zachary Quinto, Benedict Cumberbatch, Zoe Saldana e Simon Pegg
2013, ficção científica, ação, aventura


segunda-feira, 1 de julho de 2013

Faroeste Caboclo

João do Santo Cristo deixa Salvador em busca de uma vida melhor e parte para Brasília em busca de seu sonho. Lá, ele conhece Maria Lúcia, por quem se apaixona e gostaria de viver um futuro melhor, mas o envolvimento dele com o tráfico de drogas pode colocar tudo a perder, também praticado por Jeremias que viria a se tornar seu grande rival.

“Não tinha medo o tal João de Santo Cristo / Era o que todos diziam quando ele se perdeu...”
E assim começa a música hino composta por Renato Russo e que fez sucesso com o grupo Legião Urbana. A letra tem início, meio e fim, uma história completa que todos os fãs queriam ver em uma telona e que agora, finalmente, o sonho se realizou.
O filme é uma adaptação da letra. Por isso, algumas alterações e explicações fizeram-se necessárias, mas o espírito de João de Santo Cristo está lá, intacto, poderoso e vigoroso. Isso muito se deve a atuação segura e honesta de Fabrício Boliveira como João, bem como a competente direção de René Sampaio.
A escolha de atores principais não muito conhecido do público (com exceção de Isis Valverde, que fez Maria Lúcia) foi acertada. Imprimiu mais consistência e credibilidade. Todos foram perfeitos, até mesmo o Jeremias de Felipe Abib que, por vezes, exagerou no caricato.
Em doses certas de ação, emoção, romance e humor, a transmutação da música para o filme foi impecável. Certamente o próprio Renato Russo ficaria orgulhoso do que fizeram e, principalmente, da estréia ter sido na época que foi, quando o povo brasileiro saiu às ruas deixando claro que está cansado de tanta roubalheira, de serviços da pior qualidade, de hospitais doentes e educação inexistente.
Quando João de Santo Cristo chegou a Brasília, ele só “queria falar pro presidente / pra ajudar toda essa gente que só faz sofrer”. João não conseguiu, mas o povo brasileiro está gritando e só não ouvirá quem não quer e o filme, tal qual a música, marcará mais uma geração.

Nota: 9

_____________________
Faroeste Caboclo
Diretor: René Sampaio
Atores: Ísis Valverde, Alex Sander, Fabrício Boliveira e Felipe Abib
2013, drama