sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Na Natureza Selvagem (Into The Wild)

Após concluir seu curso na Emory University, o brilhante aluno e atleta Christopher McCandless abre mão de tudo o que tem e de sua carreira promissora. O jovem doa todas as suas economias - cerca de US$ 24 mil - para caridade, coloca uma mochila nas costas e parte para o Alasca a fim de viver uma verdadeira aventura. Ao longo do caminho, Christopher se depara com uma série de personagens que irão moldar sua vida para sempre.

Adoro filmes biográficos. Sempre aprendo algo, além de ficar encantada com a vida (coragem!) que a pessoa levou até ser o que é atualmente. Esse filme não foge a regra.
Longa estilo road movie, gênero muito usado para reflexões, aventuras e descoberta de si próprio, acima de tudo. Além disso tudo, tem direção caprichada e sensível de Sean Penn.
Na Natureza Selvagem é baseado no livro de mesmo nome, escrito por Jon Krakauer, sobre a vida de Christopher McCandless que, aos 22 anos, largou tudo e partiu em busca de liberdade e aventura. Rebatizou-se como Alexander Supertramp e tinha uma meta: ir para o Alasca. Para isso ele cruzou os Estados Unidos e conheceu muitas pessoas que, ao longo dessa empreitada, lhe deram carona, lhe deram um emprego temporário, lhe deram uma casa, um ombro, uma história...
O filme também serve como instrumento de reflexão para nós mesmos. 1) Traçar uma meta e não ter medo de segui-la, e como ele disse a Tracy (Kristen Stewart): “Quando você quiser alguma coisa, estique o seu braço e pegue. Você consegue.” 2) Ao longo de nossas vidas encontramos várias pessoas e algumas entram como anjos. Eles nos dão conselhos, ombro, amor, amizade... Sim, existe ser humano do bem!
Atuação perfeita, impecável, de Emile Hirsch. - Sabe aquele carinha do filme sessão da tarde, “Show de Vizinha”? Pois é, é ele. – Mas não posso esquecer dos hippies modernos, interpretados pelos atores Brian Dierker e Catherine Keener, e de Hal Holbrook, fazendo o inesquecível viúvo veterano de guerra, Ron Franz, o que lhe valeu uma indicação ao Oscar de ator coadjuvante em 2008.
Trilha sonora, marcante, de Eddie Vedder, ex-vocalista do Pearl Jam, e fotografia caprichada completam este filme que, para mim, é perfeito e emocionante. Chorei muito no final, principalmente vendo a foto do verdadeiro Chris... Tem pessoas que nasceram para a liberdade e livres devem ser.

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Na Natureza Selvagem (Into The Wild)
Diretor: Sean Penn
Atores: Emile Hirsch, Brian Dierker, Catherine Keener, Hal Holbrook
2008, biografia – drama

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Meus TOP Filmes - 2010

Continuando com a minha lista de TOP (a primeira foi a das minhas séries favoritas), hoje divulgarei a dos meus filmes favoritos, que assisti neste ano de 2010.
Foi muito difícil escolher apenas 3 de cada gênero, até porque alguns se misturam, mas acho que consegui o que queria.
O interessante foi perceber que neste ano não assisti a nenhum filme de terror e vi poucos filmes nacionais, dentre outras coisas. Mas tudo bem, 2011 está chegando (felizmente!) e darei um jeito nisso.
Bom, eis a minha lista. Será que partilhamos das mesmas opiniões? Vejamos...


A N I M A Ç Ã O
- Toy Story 3 (Toy Story 3)
Sem palavras! A trilogia é uma graça, mas esse terceiro arrasou mostrando, como pano de fundo, o “fim de carreira” dos brinquedos. Sim, as crianças crescem e não brincam mais com esses tipos de brinquedos. O que fazer com eles? Chorei muito! O filme é lindo, delicado, comovente e cativante, como uma animação deve ser.
Nota: 10

- Mary & Max – uma amizade diferente (Mary and Max)
Não há como não se emocionar com a história da menininha que praticamente passa a vida toda sofrendo de bullyng e a do velho sozinho, solitário e ranzinza, que sofre com a Síndrome de Asperger. Um encontra no outro a companhia que não tem e juntos criam um vínculo de amizade, quase indestrutível. Essa animação de stop-motion (técnica de animação fotograma a fotograma, ou quadro a quadro) dá um ar ainda mais delicado ao desenho.
Nota: 10

- Meu malvado favorito (Despicable)
Feito só em 3D, o primeiro filme da Illumination Entertainment foi sucesso absoluto ao contar a história do malvado, com traumas de infância e metido a durão, que não consegue resistir as três pequeninas que acaba adotando. Eles começaram com pé direito e rola um zum zum zum que terá continuação, o que seria ótimo.
Nota: 8


A Ç Ã O
- RED – Aposentados e Perigosos (RED)
Ação, muita ação, como a maioria dos filmes estrelados por Bruce Willis. Mas o melhor momento do filme é, sem dúvida, quando a personagem interpretada por Helen Mirren empunha uma metralhadora. É momento mastercard e dos bons !
Nota: 9

- Homem de Ferro 2 (Iron Man 2)
Não foi tão bom quanto o primeiro filme, mas mesmo assim é sempre um prazer ver Robert Downey Jr na pele do cínico milionário Tony Stark. Nesse filme quem brilhou também foi Mickey Rourke, como Ivan Vanko. Trilha sonora nota 10.
Nota: 8

- Karatê Kid (The Karate Kid)
O que eu gostei mesmo do filme foi da atuação de Jaden Smith, herdeiro de Will Smith. Talentoso e estiloso, Jaden certamente terá um futuro brilhante. Quanto ao filme, bem... é assistível.
Nota: 7


C O M É D I A
- O pequeno Nicolau (Le petit Nicolas)
Esse ano nunca ri tanto com um filme quanto com esse. Todos, todos os atores mirins e adultos, estão simplesmente fantásticos. Para mim, esse filme não tem um “senão” que macule a nota 1.000 que dou sem pestanejar. Vale a pena ver, rever e ver novamente.
Nota: 10

- Minhas Mães e Meu Pai (The Kids are all right)
Retrata com humor uma relação familiar cada vez mais atual. Atuação perfeita de todos e, certamente, irá gerar, pelo menos, uma indicação de melhor atriz para Annette Bening, que está perfeita.
Nota: 8

- Surpresa em Dobro (Old Dogs)
Colocar no mesmo filme Robin Williams e John Travolta já é motivo para risadas, mas misture-os em uma história insólita e só podia dar nisso: gargalhadas. Eles estão perfeitos.
Nota: 8


N A C I O N A L
- Tropa de Elite 2
O filme nacional mais aguardado do ano foi um sucesso arrasa quarteirão, com mais de 6 milhões de espectadores. O agora coronel Nascimento, interpretado pelo ator baiano Wagner Moura (um gato!), mais uma vez chegou para detonar os corações das moçoilas (ai ai...) e os cabeças da bandidagem, que dessa vez são os milicianos e políticos corruptos.
Nota: 10

- Chico Xavier
Não era muito fã de Chico Xavier, mas mesmo assim assisti ao filme e gostei. De qualquer maneira, qualquer pessoa que faça da sua vida um instrumento gerador de luz, paz e harmonia merece toda a minha admiração e Chico foi assim. O filme, no estilo documentário, nos mostra isso e nos emociona.
Nota: 8


R O M A N C E
- Cartas para Julieta (Letters to Juliet)
Olha que não sofro de diabetes, mas filmes açucarados demais me embrulham o estômago. Cartas para Julieta foi à medida certa para mim. Doce, sem ser meloso, com fotografia lindíssima (já disse e repito, a Itália ajuda muito nisso) e uma história que, para as românticas como eu, nunca morre.
Nota: 9

- Eloise (Eloïse)
Filme de temática GLS, narra a descoberta do amor entre duas jovens, Ásia e Eloïse, de maneira delicada e sensível. Filme lindo e comovente.
Nota: 9

- Querido John (Dear John)
A queridinha da hora, a atriz Amanda Seyfried, está nesse filme mostrando o que faz de melhor: carinha de boa moça apaixonada. Nesse filme você chora horrores, mas no final o amor sempre vence. É ou não é cute cute?
Nota: 8


S U S P E N S E
- Enterrado Vivo (Buried)
Excelente longa de suspense, que me prendeu do início ao fim. Mesmo com um final clichê (e qualquer um seria), o modo como aconteceu foi de tirar o fôlego. Se você não sofre de claustrofobia, vale a pena assistir ao filme.
Nota: 9

- Ilha do Medo (Shuttler Island)
Scorsese é um mestre e não há quem duvide disso. Este longa de suspense é um daqueles filmes bem produzidos, bem interpretados e com um final nada surpreendente. Mesmo assim, vale a pena assisti-lo várias vezes.
Nota: 9

- O Escritor Fantasma (The Ghost Writer)
Thriller de suspense envolvente em todos os detalhes. A atuação correta de todos os atores aliada a extraordinária direção de Roman Polanski faz deste filme um dos melhores deste gênero.
Nota: 8


D R A M A
- A Rede Social (the Social Network)
Diálogos rápidos, protagonista arrogante, cínico, egoísta e extremamente inteligente e esperto. Essa é a história do Facebook, ou melhor, de Mark Zuckerberg, o orgulho da geração Y. O filme é interessante e vale a pena ser visto.
Nota: 9

- Lembranças (Remember Me)
Uma atuação, digamos, morna de Robert Pattinson, o atual galã das moçoilas. Mas também vamos ser honestos, o personagem (Tyler) era tão profundo quanto um buraco de golfe. Mesmo assim, o final me surpreendeu e, por isso, este filme está na minha lista.
Nota: 8

- A morte e vida de Charlie (Charlie St Cloud)
Esse filme me emocionou. Comovente, sensível e bonito, assim é esse filme. Além disso, Zac Efron, além de muito gato, quer ser reconhecido pelo talento, mas para isso precisará escolher mais filmes desafiadores, mas este foi um bom personagem. No Brasil este filme tem estréia prevista para a segunda quinzena de janeiro de 2011.
Nota: 8


A V E N T U R A
- Harry Potter e as Relíquias da Morte (Harry Potter and the Deathly Hallows)
Era o filme mais aguardado de 2010 e ele valeu cada dia de espera. A primeira parte do início do fim da saga dos bruxos Harry, Hermione e Rony foi perfeita, mesmo com uma e outra situação diferente do livro. Agora é esperar a segunda e última parte: a batalha final.
Nota: 10

- Príncipe da Pérsia – As Areias do Tempo (Prince of Persia: The Sands of Time)
Gostei ! Aventura, ação, humor e romance nas doses certas. O filme foi baseado em um antigo jogo de videogame, que fez sucesso nos final dos anos 80 e início dos 90, e quer saber? Depois do filme entreguei-me ao jogo, mas como sempre não me saí bem. Melhor rever o filme.
Nota: 9

- Fúria de Titãs (Clash of Titans)
OK, o filme não foi tão bom quanto poderia ter sido, além de colocar situações que não condizem com a história mitológica de Perseu, e isso me deixou muito irritada. Mesmo assim, despretensiosamente, o filme dá para passar o tempo.
Nota: 7


Faça você também a sua lista dos melhores de 2010. É sempre divertido relembrar dos personagens, histórias e situações de filmes que vimos. E prepare-se para os vários lançamentos aguardadíssimos para 2011 como: Harry Potter e as Relíquias da Morte parte 2; Thor; Saga Crepúsculo - Amanhecer, 1a parte; A garota da capa vermeha; Cisne Negro; Piratas do Caribe 4 - navegando em águas misteriosas etc.

sábado, 25 de dezembro de 2010

72 Horas (The Next Three Days)

John Brennan (Russell Crowe), professor universitário, levava uma vida perfeita até sua esposa, Lara (Elizabeth Banks), ser presa acusada de um crime brutal, que ela alega não ter cometido. Após três anos de vários recursos negados pela justiça, John percebe que só há uma saída: elaborar um plano de fuga preciso para tirá-la da prisão. Agora, ele e Lara terão apenas 72 horas para fugir. Em uma corrida contra o tempo, John irá provar que não há nada mais perigoso do que um homem com tudo a perder.

O filme já começa com uma acalorada discussão. Depois somos testemunhas do relacionamento (tipo família Doriana) regado a muito amor e confiança, entre John e Lara, e o filhinho do casal. Mas aí... Policiais invadem a casa e prendem Lara, por assassinato.
A partir daí o bicho pega. Três anos de julgamentos e apelações, está cada vez mais difícil provar a inocência de Lara. Com isso, o filho, agora com 6 anos, está cada vez mais distante da mãe e a própria já começa a flertar com o suicídio. Só resta uma única saída para John: tirar sua esposa da prisão, a qualquer preço.
Se Lara matou ou não, isso já não tem tanta importância. O que nos mantém pregados no filme é a torcida para que John consiga tirar a mulher da prisão. Que se dane se ela é ou não inocente, mas o amor entre os dois e a total confiança de John na esposa são os motivos da nossa torcida.
Russell Crowe, nosso eterno Gladiador, está perfeito no papel de um simples homem comum, professor de inglês, que vê sua vida virada de cabeça para baixo, de uma hora para outra. O cansaço, o desespero, a frustração são visíveis a medida que o tempo vai passando. Uma atuação de primeira.
Esse longa é de um suspense tenso e opressor. Os minutos finais foram eletrizantes. O filme é imperdível e no final ainda fica uma pergunta no ar: Lara descobre do que o marido é capaz, e será que depois disso tudo que passaram, a relação entre eles será a mesma?

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72 Horas (The Next Three Days)
Diretor: Paul Haggis
Atores: Russell Crowe, Elizabeth Banks, Liam Neeson
2010, drama - suspense

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Feliz Natal !



Amigos que ao longo deste ano acompanharam as minhas postagens;
Amigos que partilharam comigo os seus comentários;
Amigos que sem querer conheceram este blog e gostaram;
Amigos que, como eu, adoram ler, ir ao cinema e ver televisão.
A todos vocês dedico este post para agradecer-lhes o carinho e desejar um
FELIZ NATAL
cheio de paz, amor, saúde e prosperidade.

Márcia Andrade

domingo, 19 de dezembro de 2010

A Papisa Joana (Die Päpstin)

Das profundezas ocultas do Vaticano, chega uma história de intriga e paixão proibida, mantida em segredo pela Igreja Católica, durante milhares de anos. Num tempo em que a obediência total era exigida, Johannes/Johanna Anglicus (Johanna Wokalek) manteve-se como uma luz ao fundo do túnel numa era de trevas. No ano 853 A.C., após ter-se tornado um estudioso, curandeiro e professor de renome, ele ascendeu à posição mais elevada da terra: Papa da Igreja Católica. Dois anos depois, foi apedrejado até à morte por um segredo que se tornaria uma lenda. Johannes Anglicus era, na verdade, uma mulher – a única mulher alguma vez ordenada Papa, o único Papa que alguma vez concebeu um filho.

Baseado no romance histórico de Donna Woolfolk, de 1996, o livro se tornou filme, em uma produção alemã, em 2009. Não faço a mínima idéia se realmente houve uma Papisa, embora esse assunto vira e mexe aparece das cinzas, mas o fato é que o filme é muito bom.
O filme começa em 887 d.C., quando um Bispo (ao final do filme descobrimos a identidade dele e, confesso, fiquei com um sorriso nos lábios e comovida) chega a Roma, para verificar documentos sigilosos da Igreja, a fim de descobrir a existência da Papisa. Depois pula para trás, por volta de 814 d.C., quando do nascimento de Johanna.
Nascida em uma família pobre e rude, a pequena menina aprendeu, escondida, apenas com a ajuda do irmão mais velho, a ler e escrever, coisa que na época era inadmissível para uma mulher. E enfrentando a tudo e a todos, ela se travestiu de menino para seguir no caminho do conhecimento, mas sempre amando fervorosamente a Deus e aos humildes.
A história é linda e o filme é historicamente bem feito. Se existiu uma Papisa Joana, sinceramente, nós nunca saberemos e não vou aqui tecer conjecturas sobre isso, mas torno a afirmar, o filme é muito, mas muito mais do que isso e vale a pena ser visto.

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A Papisa Joana (Die Päpstin)
Diretor: Sönke Wortmann
Atores: Joahanna Wokalek, David Wenham, John Goodman, Iain Glen
2009, drama - história – romance

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Homem de Ferro 2 (Iron Man 2)

O mundo já sabe que o inventor bilionário Tony Stark (Robert Downey Jr.) é o super-herói blindado Homem de Ferro. Sofrendo pressão do governo, da mídia e do público para compartilhar sua tecnologia com as forças armadas, Tony reluta em divulgar os segredos por trás da armadura do Homem de Ferro, temendo que as informações caiam em mãos erradas. Tendo Pepper Potts (Gwyneth Paltrow) e James "Rhodey" Rhodes (Don Cheadle) a seu lado, Tony estabelece novas alianças e enfrenta novas e poderosas forças.

Depois de meses, finalmente vi este filme. O Tony Stark/Homem de Ferro não é o meu herói favorito, mas sem dúvida é o mais arrogante, cínico, sarcástico, narcisista e querido. Gosto dele! Ele faz questão de não esconder que é o herói de ferro, ao mesmo tempo que, neste filme, oculta o grave problema de saúde que o acomete devido ao uso do paládio que tem no peito.
Robert Downey Jr encarna novamente o personagem título. Adoro o Robert. Ele é o tipo de ator que incorpora o personagem com tudo, nos mínimos detalhes e na medida certa, sem exageros ou, com eles milimetricamente estudados. Ele está tão competente que já estou achando que ele é o homem de ferro.
Como todo filme de super-herói, nós temos 2 interessantes vilões: o vilão russo, Ivan Vanko, interpretado por Mickey Rourke, que depois de uma plástica mal feita, há muito Rourke deixou de ser o gato de “9 ½ semanas de amor”; o outro é Justin Hammer (Sam Rockwell) que faz o estilo engraçado e caricato.
Uma das mocinhas, interpretada por Scarlett Johansson, é Natalie Rushman, uma assistente do departamento jurídico das Industrias Stark e que, nas horas vagas, é a espiã russa que atende pela alcunha de Viúva Negra e que coreografa suas lutas muito bem.
O filme não foi tão bom quanto o primeiro, mas mesmo assim é bom e vale a pena ser visto. A trilha sonora com AC/DC, Queen, The Clash entre outros, também arrebenta. Só senti falta da música do Black Sabath, mas nem tudo é perfeito.

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Homem de Ferro 2 (Iron Man 2)
Diretor: Jon Favreu
Atores: Robert Downey Jr., Gwyneth Paltrow, Mickey Rourke
2010, aventura

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Minhas TOP Séries - 2010

Com a chegada das festas de fim de ano, nada mais clássico do que as listas. Por isso, resolvi fazer as minhas listas de séries e filmes preferidos.
Começarei com as séries que fizeram a minha cabeça nesse ano de 2010 e já torço para que continuem fazendo no próximo ano.
Tentarei evitar os “spoilers”.


> Bones (Bones) – Drama, Policial – Atores: Emily Deschanel, David Boreanaz
A série trata de investigação em casos de assassinato tratados pelo FBI envolvendo com os restos mortais das vítimas - especialmente ossos - que são analisadas pelos pesquisadores do Jeffersonian Institution comandados pela Dra. Temperance “Bones” Brennan (Emily Deschanel) após terem sido trazidos pelo agente especial Seeley Booth (David Boreanaz).


Uma série cheia de esqueletos, vermes, com diálogos rápidos e cheios de termos específicos dos cientistas, mas tudo regado com muito bom humor.
Todos os atores estão perfeitos em seus personagens. Adoro a dupla razão e emoção e, claro, faço parte daqueles fãs que adorariam que a dupla Bones & Booth finalmente formasse um casal romântico. Talvez o chame da série seja exatamente a não realização desse nosso desejo.


> Brothers & Sisters (Brothers & Sisters) – Comédia, Drama – Atores: Sally Field, Calista Flockhart, Rachel Griffiths, Dave Annable
Brothers & Sisters retrata os dramas de uma família moderna. A série conta os segredos da família Walker, que começam a vir à tona quando morre William Walker, o patriarca da família. Na tentativa de recompor a família como o porto seguro, Nora Walker (Sally Field) e seus cinco filhos; Sarah (Rachel Griffiths), Thomas (Balthazar Getty), Kevin (Matthew Rhys), Justin (Dave Annable) e Kitty (Calista Flockhart), tentam balancear suas próprias vidas refletindo as contradições, os dramas e os segredos dos laços familiares.


Estou achando que a série não emplacará a 6ª temporada e é uma pena.
B&S é um show de atuação, com diálogos rápidos e sarcásticos. Sally Field, minha eterna noviça voadora, continua arrasando, mas o personagem que mais gosto é o Kevin (Matthew Rhys) que faz o filho advogado abertamente gay. Ele é hilário e nada caricato. Um fofo!


> Dexter (Dexter) - Drama, Crime, Mistério, Suspense – Atores: Michael C. Hall, Jennifer Carpenter
De dia, Dexter (Michael C. Hall) é um pacato analisador de sangue que trabalha no Departamento de Polícia de Miami. À noite, ele é um assassino serial sangue-frio que mata e fatia em pedaços outros assassinos seriais que a Justiça não conseguiu prender. As habilidades forenses, a dificuldade de se relacionar com pessoas, a aparente falta de sentimentos e os flashbacks com o seu pai adotivo, fazem de Dexter uma série única e inesquecível.


OK, ele é um serial-killer, mas nós o absolvemos porque o seu foco são os bandidos. Na 5ª temporada, Dexter passa por uma reviravolta em sua vida pessoal e nós ficamos aqui, torcendo para que ele reencontre o seu caminho. A atuação de Michael C. Hall é perfeita. A série é apaixonante.


> Glee (Glee) – Comédia, Musical – Atores: Lea Michele, Cory Monteith, Jane Lynch, Matthew Morrison
A história da série é focada nos esforços do professor de espanhol Will Schuester (Matthew Morrison), em reerguer o coral da escola William McKinley em Lima, Ohio, chamado de "Glee Club" (Clube do Coral), que no passado foi motivo de grande orgulho para todos os alunos na instituição.


Para mim, tirando um e outro, os musicais são cansativos e chatos, mas Glee me conquistou desde o 1º episódio.
A trilha musical é excelente, os atores cantam muito, as coreografias são boas. Nessa 2ª temporada, os episódios que aborda a religião e o halloween com Rock Horror Show, foram excelentes. Tudo isso apresentado pelos alunos pouco populares e estigmatizados do colégio: Artie, cadeirante; Tina, finge ser gaga; Quinn que fica grávida do melhor amigo do namorado; Kurt, homossexual; Rachael que se acha a última bolacha do pacote; etc.
Embora a treinadora das líderes de torcida, Sue Sylvester, continue insuportável, não tem como não rirmos com seus exageros e neuras. Aliás, ela arrasou cantando a música Vogue!


> The Vampire Diaries (The Vampire Diaries) – Drama, Romance, Terror – Atores: Nina Dobrev, Paul Wesley, Ian Somerhalder
A série se passa na cidade fictícia de Mystic Falls, Virginia, uma cidade carregada de história sobrenatural, e conta a história de Elena Gilbert (Nina Dobrev), que se apaixona por um vampiro de 162 anos de idade, chamado Stefan Salvatore (Paul Wesley). Suas vidas se tornam mais e mais complicada, pois o irmão de Stefan, Damon (Ian Somerhalder) retorna à cidade com uma vingança contra seu irmão. Ambos os irmãos começam a mostrar afeição por Elena, principalmente por causa de sua semelhança com o seu amor do passado, Katherine (Nina Dobrev).


Eu li os livros e posso afirmar: eis uma série que suplanta os livros os quais foi baseada (The Vampire Diaries, da americana Lisa Jane Smith).
Na 2ª temporada o clima está mais intenso uma vez que agora temos a presença de Katherine (ela é ruim mesmo!), lobisomens e novos vampiros, por enquanto.


> True Blood (True Blood) – Drama, Romance, Terror – Atores: Anna Paquin, Stephen Moyer, Alexander Skarsgård
True Blood fala sobre a co-existência de vampiros e humanos em "Bon Tomps", uma pequena cidade fictícia localizada em Louisiana. A série é focada em Sookie Stackhouse (Anna Paquin), uma garçonete telepata que se apaixona pelo vampiro Bill Compton (Stephen Moyer). Mas ela pode vir a mudar de opinião, à medida que desvenda os mistérios que envolvem a chegada de Bill em sua cidade.


Confesso que na 1ª temporada eu levei um susto com tantas cenas de sexo, tudo junto e ao mesmo tempo. Depois, acostumei!
Mas a 3ª temporada foi fraquinha demais, muito chata, inclusive. Mesmo assim, foi um verdadeiro colírio poder confirmar o que os sentidos já sabiam: Alexander Skarsgård é um GATO, com ou sem roupa!

domingo, 12 de dezembro de 2010

As Crônicas de Nárnia - A Viagem do Peregrino da Alvorada (The Chronicles of Narnia: Voyager of the Dawn Treader)

Neste novo capítulo, os irmãos Pevensie, Edmundo e Lúcia, retornam à Nárnia acompanhados pelo primo Eustáquio e lá encontram o príncipe Caspian, agora Rei, que os convoca para a importante missão de encontrar os Sete Lordes desaparecidos de Telmar. A bordo do imponente navio O Peregrino da Alvorada, os heróis de Nárnia se confrontarão com dragões, anões, tritões e um grupo de guerreiros perdidos. Com a ajuda de novos parceiros e de outros já conhecidos do público, como o rato falante Ripchip, o grupo enfrentará mares bravios, navegando até uma série de ilhas misteriosas, que ocultam segredos e tentações. Ao embarcarem no Peregrino da Alvorada, sua coragem e suas convicções serão postas à prova numa jornada de transformação com destino ao País de Aslan, nos recantos mais longínquos do mundo.

O filme As Crônicas de Nárnia é baseado nos livros (são 7 ao todo) de C. S. Lewis. O primeiro filme foi uma mistura do 1º e do 2º. livro. Este é o terceiro filme e por pouco não foi feito. A Disney desistiu de produzir já que essa adaptação não teve o mesmo sucesso dos arrasa-quarteirões que são os de Harry Potter e os da saga Crepúsculo. (A Disney já tinha passado pela frustração com os filmes Eragon e A Bússola de Ouro – diga-se de passagem que é uma pena, pois os livros são ótimos). Aí a Fox entrou e garantiu a produção deste filme.
O longa é uma aventura deliciosa, mas confesso que houve momentos que fiquei entediada e cansada.
Neste filme, Suzana e Pedro não retornam à Nárnia, pois já não têm mais idade. Lúcia e Edmundo sim, através de um quadro, e com eles vai o pentelho do primo Eustáquio, o insuportável. Aliás, excelente atuação do jovem Will Poulter. As demais atuações foram mornas, como os próprios personagens.
A missão agora é, junto com o Rei Caspian, achar as sete espadas dos sete Lordes desaparecidos, e para isso enfrentarão seus piores pesadelos: a gula, a avareza, a inveja, a ira, a soberba, a preguiça e a luxúria. Lembrou alguma coisa a você? Sim, são os Sete Pecados Capitais. Quem já leu os livros de C. S. Lewis sabe que ele insere a religião em suas obras e o faz de maneira caprichada. Pena que, em nome do dinheiro, a obra original tenha sofrido alterações ao passar para as telas cinematográficas.
Nesse ambiente de lucro a todo custo, creio que esse filme não salvará a franquia. É uma pena, já que os livros são ótimos e mereciam ser melhores produzidos.

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As Crônicas de Nárnia - A Viagem do Peregrino da Alvorada (The Chronicles of Narnia: Voyager of the Dawn Treader)
Diretor: Michael Apted
Atores: Bem Barnes, Anna Popplewell, William Moseley
2010, aventura

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Enterrado Vivo (Buried)

Paul Conroy (Ryan Reynolds) é um americano motorista de caminhão no Iraque e acorda, sem saber como, enterrado vivo dentro de caixão de madeira. Sem saber o que aconteceu e o porquê de estar ali, ele tem em suas mãos apenas um telefone celular e um isqueiro. Começa então uma tensa corrida contra o tempo e a falta de ar. E a pressão aumenta ainda mais quando os sequestradores exigem um resgate milionário para libertá-lo e um vídeo com suas imagens vão parar no You Tube.

Jesus, que filme é esse ?!
Um minuto e pouco e a tela está totalmente escura, um silêncio perturbador. De repente algumas tosses são ouvidas e você, espectador, vai ficando agoniado. De repente a luz de um isqueiro ilumina o ambiente. Conhecemos então Paul Conroy, que foi enterrado vivo com seus remédios, um celular, um isqueiro, uma lanterna, um lápis e uma garrafinha de bebida alcoólica. Começa uma corrida contra o tempo... 90 minutos.
Quem é claustrofóbico não deve passar nem perto desse filme, que do início ao fim é uma agonia só. Na verdade ele é a prova concreta que quando a situação está bem ruim anda dá para ficar bem pior.
No filme só vemos o personagem interpretado, e muito bem, por Ryan Reynols (futuro Lanterna Verde). Os outros só participam com suas vozes. O filme se passa todo em um caixão de madeira, o que certamente deve ter barateado a produção do filme.
O final é clichê total, mas mesmo assim, sendo o final A ou B, não teria como não ser óbvio. O que importa, realmente, é que o filme foi suspense do início ao fim. Prendeu a minha atenção e, por vezes, prendeu a minha própria respiração.

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Enterrado Vivo (Buried)
Diretor: Rodrigo Cortés
Atores: Ryan Reynolds, José Luis Garcia Pérez, Robert Paterson
2010, suspense

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Eloise (Eloïse)

O filme narra a trajetória de Asia (Diana Gómez), uma jovem de 18 anos que está no hospital em estado de coma e é assistida pela mãe e o namorado, Nathaniel (Bernat Saumell). O filme conta como Asia foi parar no hospital, sua relação com a mãe, suas amigas e namorado e, principalmente, com Eloïse (Ariadna Cabrol), uma enigmática moça que a introduzirá em um novo mundo de sensações. Enfrentando tudo e todos, Asia lutará para ser feliz em sua relação com Eloïse.

“Eloïse é uma história de amor. De amor precário, desconcertante, adolescente. Sentimentos que se tornam peculiares, que se complicam ao surgir a atração desconhecida entre pessoas do mesmo sexo”, explicou o diretor Jesús Garay.
Asia, estudante de Arquitetura, é uma adolescente tímida e típica, criada por uma mãe reguladora e cheia de problemas (a separação do marido, pai de Asia, foi turbulenta). Asia namora um rapaz bobo e sem conteúdo.
Eloise, estudante de Belas Artes, já vivida, no alto dos seus 20 e poucos anos, entra na vida de Asia e, de uma maneira delicada e carinhosa, mostra que a paixão, o amor, nem sempre vem de modo predeterminado.
O filme é da Catalunha, berço de Gaudí, Dali, Miró, Picasso e por aí vai e, por isso, não é de estranhar que o amor e o sexo sejam retratados tão delicada e intensamente.
A atuação das protagonistas foi perfeita. A história de amor, sim, é triste e lindíssima. Um belíssimo filme para todos que apreciam a sétima arte, sem preconceitos.

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Eloise (Eloïse)
Diretor: Jesús Garay
Atores: Diana Gómez, Ariadna Cabrol, Bernat Saumell
2009, drama

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Rio de Janeiro – o céu e o inferno bem aqui

No dia 21 de novembro passado, a cidade do Rio de Janeiro sofreu uma tsunami de ataques criminosos que espalharam terror pelas ruas da zona sul, norte, centro, baixada e até Região dos Lagos.
No dia 25 de novembro, para conter a violência, policiais militares e civis, com apoio das Forças Armadas e da Polícia Federal e Florestal, fizeram uma megaoperação em favelas historicamente controladas por traficantes: Vila Cruzeiro e, dois dias depois, o Complexo do Alemão, ambas na zona norte da cidade.
O balanço desta operação resultou, por enquanto, em 114 presos, cerca de 300 armas (fuzis, pistolas, metralhadoras, 1 bazuca etc) e 38 granadas apreendidas, além de 33,3 mil quilos de drogas. O comandante-geral da Polícia Militar do Rio estima em pelo menos R$100 milhões o prejuízo financeiro causado ao tráfico do Rio.
Ouvindo e lendo sobre esses acontecimentos, confesso que me emocionei ao ver as bandeiras do Brasil e do Estado do Rio fincadas no alto do morro do Alemão. Mas é fácil emocionar-me no aconchego do meu lar, bem longe da confusão, assistindo a tudo na telinha da minha televisão.
Não vou aqui bater na tecla de que isso aconteceu devidos aos anos de descaso que o Rio tem sido vítima. Todos nós já sabemos disso. Eu quero é saber o que será feito para, realmente, termos paz para vivermos, principalmente a enorme população que (sobre)vive na exclusão.
É ótimo saber que duas comunidades do valor da Vila Cruzeiro e do Alemão tiveram os bandidos expulsos (espero!), mas o que acontecerá de agora em diante? Trocar traficantes por milicianos é o mesmo que tirar a roupa de um santo para cobrir o outro. Pior até ! Bandido é bandido, mas bandido uniformizado, fardado, é uma afronta em todos os sentidos.
Faz-se necessário que o Estado cumpra com as suas obrigações básicas. Até o grupo Titãs, na música “Comida”, fala sobre isso quando resume a necessidade do povo cantando: “A gente não quer só comida / A gente quer comida / Diversão e arte / ... / A gente não quer só comer / A gente quer prazer / Prá aliviar a dor...”
O que falta aos políticos e as pessoas que detêm o poder é a vontade de fazer o correto, mesmo que levem anos; mesmo que para isso cabeças (e serão muitas) sejam decepadas; mesmo que obras invisíveis aos olhos sejam (e como são) necessárias.
Espero, no fundo do meu coração, que esse seja o início do fim e que uma nova era de igualdade nas áreas da educação, do social, da cultura, do profissional, da saúde realmente ocorra. Óbvio que a criminalidade não desaparecerá, até porque Shangrilá é um lugar que não existe, mas com os direitos essenciais acessíveis ao povo TODO, a diminuição do índice não seria uma utopia, mas um fato.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

A Rede Social (The Social Network)

O filme contará a evolução do site de relacionamentos sociais. O Facebook foi criado no campus da Universidade de Harvard, e em apenas 5 anos deixou de ser um programa de uso privado para se tornar um fenômeno mundial, com mais de 200 milhões de usuários. Criado por dois amigos estudantes teve sucesso em aproximar pessoas, mas ao mesmo tempo afastou seus criadores. Mark Zuckerberg é o nerd que criou a rede social enquanto ainda era um estudante em Harvard, com apenas 19 anos. Eduardo Saverin, co-fundador do Facebook brigou com Zuckerberg após o sucesso financeiro.

Um filme, baseado no livro do jornalista Bem Mezrich (The Acidental Billionaires...), que fala sobre a criação de um dos maiores sites de relacionamento do mundo, o Facebook, deve ser, no mínimo interessante, pensei.
Interessante foi, mas foi cansativo. Os diálogos rápidos, desesperadamente rápidos e com alguns termos que só os TIs e os nerds entendem, são os principais motivos. Mas isso não significa que o filme seja ruim. Mesclar cenas do passado e do presente tornou o filme bem dinâmico e, por vezes, tenso.
Vida de nerd não é fácil e quando esse gênio toma um toco da namorada, aí se torna um perigo. E assim, em 2003, quando cursava o 2o. ano da Universidade de Harvard, Zuckerberg resolve se vingar de sua ex-namorada chamando-a de vadia (dentre outras coisas), em seu blog, enquanto que ao mesmo tempo hackeava o livro dos alunos de 7 casas para criar, em um simples notebook, o site Facemash.com, onde se votava na mulher mais sexy entre as universitárias. Esse site obteve, em poucas horas, 22 mil votos/acessos, fazendo com que a rede de Harvard caísse. Ah, e o geniozinho fez tudo isso bêbado. Ta bom pra você?!
Depois disso, a vida de Mark Zuckerberg e Eduardo Saverin tomou o rumo (pelo retratado no filme, não foi de uma maneira honesta) do que hoje deu origem ao site que tanto conhecemos: Facebook.
O longa está repleto de vários jovens e incríveis atores. Fantástica a atuação de Jesse Eisemberg (Mark) que com ar blasé, fala como uma metralhadora e sem perder o fôlego ou elevar o tom de voz. Andrew Garfield (Eduardo) fez o amigo brasileiro, carregado de drama, nos mostrando o quanto, na verdade, o muito inteligente pode ser incrivelmente ingênuo. Armie Hammer faz os gêmeos Winklevoss tão bem que só no final descobri que era um ator fazendo dois papéis. Até Justin Timberlake (Sean Parker) está perfeito.
Durante todo o filme a minha vontade foi de dar uma surra em Mark, por ser tão... tão... cretino; e dar uns tapas, mas também colo para o Eduardo, que acreditava na amizade entre eles. Mas o fato é que, já dizia minha avó, debaixo desse angu tem caroço. Ou seja, acredito que muita sujeira foi empurrada para debaixo do tapete, mas de qualquer maneira isso, de forma alguma, desmerece a genialidade de Mark (hoje com 26 anos, o mais jovem bilionário da história).
Portanto, sendo ele ou não um arrogante, egoísta, trapaceiro e dissimulado, o filme vale, e muito, a pena ser visto. Afinal de contas Zuckerberg é o representante bem sucedido da geração Y.

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A Rede Social (The Social Network)
Diretor: David Fincher
Atores: Jesse Eisenberg, Andrew Garfield, Justin Timberlake, Armie Hammer
2010, drama

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Megamente (Megamind)

Megamente (Will Ferrell) é um vilão magro, usa roupas nas cores azul e preta e sua cabeça é careca e grande, devido ao cérebro privilegiado. Ele deseja conquistar a cidade de Metro City e faz diversas tentativas, muitas delas são frustradas. O vilão precisa ter oponentes para que sua vida tenha sentido e, após a morte de MetroMan (Brad Pitt), Megamente cria Titan (Jonah Hill), um herói para ter com quem rivalizar.

Super vilão ou herói improvável? Pois é, debaixo desse peito bate um coração, e isso serve também para os vilões, pelo menos o do filme Megamente, mais uma criação da DreamWorks.
Destinado a ser... Bom, ele nunca soube o que os pais dele falaram quando, para salvá-lo, o colocou em uma pequena nave, rumo ao planeta Terra. Infelizmente quis o destino que ele aterrissasse no meio de uma penitenciária e lá ele foi criado pelos bandidos. Seu arquiinimigo, Metro Man, que também foi colocado em uma nave espacial, caiu aos pés de uma belíssima árvore de Natal de uma mansão.
Inimigos sim, mas no fundo rola uma relação de amor e ódio, de respeito mútuo, mas completamente sem querer Megamente consegue aniquilar o herói Metro Man. É aí que ele entra em crise e se pergunta: “De que adianta ser mau quando não tem um bom para tentar te deter?” Por isso, decide criar um herói para enfrentá-lo, o Titan, mas este acha mais interessante e divertido ser o vilão e aí tudo se complica.
A animação, que não é uma das melhores da DreamWorks, tem mais cara de programa de menino, mas mesmo assim dá para se divertir. A trilha sonora é sensacional. Tem AC/DC, James Brown, Rolling Stones, The Clash, R.E.M., entre outros. Luxo puro!

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Megamente (Megamind)
Diretor: Tom McGrath
Vozes: Will Ferrell, Brad Pitt, Jonah Hill, Tina Fey
2010, animação

sábado, 27 de novembro de 2010

Enigmas de um Crime (The Oxford Murders)

Uma série de assassinatos assombram Oxford ultimamente e a esperança dos moradores da região estão com dois homens: Arthur Seldom (John Hurt), um prestigiado professor de lógica, e Martin (Elijah Wood), um jovem estudante que acabara de chegar à universidade na expectativa de estudar com o professor. Ao que tudo indica, os crimes estão ligados por códigos, estranhos símbolos e números matemáticos. Professor e estudante juntam suas habilidades para desvendar o mistério e montar esse difícil quebra-cabeças. Na medida que Martin chega perto da verdade, aumenta a sensação de insegurança e incompreensão com o mundo ao seu redor.

Enigmas de um Crime não estreou em nossos cinemas, foi direto para o DVD. Sinceramente, pelo que vi, duvido muito que faria sucesso nas telonas. A idéia é interessante: assassinatos enigmáticos, com pistas repletas de códigos e símbolos filosóficos e matemáticos.
O filme começa com uma palestra cujo tema central é “Podemos saber a verdade?” Ao longo do filme somos instigados a concordar que não existe verdade absoluta.
O início do filme é lento e chato, mas dá uma melhorada quando os assassinatos vão ocorrendo. A parte do romance entre Martin e Lorna foi completamente sem graça e nada convincente.
Mesmo assim filmes desse tipo são raros e vale a pena dar uma conferida e mergulhar em teoremas filosóficos e descobrir que a resposta sempre esteve diante de nossos olhos.

Em tempo: Eu era fã da criança Elijah Wood, mas confesso que desde que ele cresceu e se tornou um adulto, sua atuação, para mim, tem sido mediana. É uma pena, pois tenho certeza que ele é capaz de mais, muito mais... É só ver a filmografia dele e conferir o que estou dizendo.

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Enigmas de um Crime (The Oxford Murders)
Diretor: Alex de la Iglesia
Atores: Elijah Wood, John Hurt, Leonor Watling
2008, suspense - policial

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Harry Potter e as Relíquias da Morte – 1ª parte (Harry Potter and the Deathly Hallows)

Em Harry Potter e as Relíquias da Morte, Harry foi encarregado de uma tarefa obscura, perigosa e aparentemente impossível, localizar e destruir os Horcruxes remanescentes de Voldemort. Potter nunca esteve tão sozinho nem teve de enfrentar um futuro tão sombrio. Porém, de algum modo, Harry deve encontrar dentro de si próprio a força para completar a tarefa que lhe foi dada, ele deve sair do ambiente acolhedor e seguro da Toca para seguir sem temor nem hesitação pelo inexorável caminho que lhe foi traçado.

Depois de anos, meses e dias de expectativas, finalmente chegou o início do fim da saga daquele que deixou de ser, há muito tempo, diga-se de passagem, bruxinho Harry Potter.
Como uma fã confessa, fiz toda a preparação pré-filme: reli, pela 6ª vez, todos os livros da série; assisti aos 6 filmes anteriores da saga e aos trailers que foram disponibilizados do sétimo e li todas as matérias que saíram ao longo desses meses de espera. Na verdade fiz tudo isso até um determinado momento porque depois a ansiedade era tanta que resolvi dar um tempo.
Ingresso comprado (pela internet, óbvio, para não haver riscos de dar com a cara na porta), além da pipoca e do refrigerante (sem isso, não é cinema!), lá fui eu, acomodar-me na poltrona.
Minutos depois o já conhecido logo da WB, característico dos filmes de Harry Potter aparece na telona e o povo do cinema começa a aplaudir e a berrar. O filme finalmente começa... e foi maravilhoso!”
Não imaginei, mas de cara já chorei com as cenas das despedidas, principalmente de Hermione, que depois de lançar o feitiço “Obliviate” (o que causa amnésia), por motivos de segurança, em seus próprios pais, vê a sua imagem nas fotos desaparecer. Foi muito triste esse momento.
Claro que várias coisas que estão no livro foram omitidas e, para mim fizeram falta, como por exemplo, uma melhor despedida entre Harry e seus tios e primo Duda, principalmente. Outras não fizeram falta, como a casa dos pais da Ninfadora.
Harry Potter e as Relíquias da Morte está um filme bem mais sério, soturno e tenso, mas com gotas de humor e ternura. Ri muito com o Rony (“E deixar a Hermione? Está louco?! Não duraríamos nem 2 dias sem ela.”) e com o Harry (“Continue falando da luz que iluminou o seu peito que ela vai te perdoar.”). Mas o momento de maior ternura mesmo foi Harry e Hermione, dançando na barraca. Essa passagem não existe no livro, mas essa cena foi linda!
Excelente como fizeram a narrativa do “O Conto dos Três Irmãos” do livro “Os Contos de Beedle, o Bardo”: Hermione lê, enquanto a cena é mostrada em desenho animado, super bem feito. E já no finalzinho, a cena da morte do elfo liberdo, Dobby, é de estraçalhar o coração. Eu chorei rios de lágrimas e não tenho a mínima vergonha em dizê-lo.
Resumindo: foram 146 minutos vendo um Daniel Radcliffe (Harry Potter) cada vez mais bonito e, sem dúvida, melhorando e muito a sua atuação. O cara tem futuro, já que coragem de fazer personagens diferentes ele já tem; uma Emma Watson (Hermione) que se tornou uma jovem mulher lindíssima, um pouco travada, mas vê-se que tem talento; e um Rupert Grint (Rony) meio desajeitado, bobo até, mas esforçado e isso conta muito.
A trilha sonora de Alexander Desplat foi perfeita. Quem sabe role aí uma indicação ao Oscar? O filme se passa fora dos muros de Hogwarts e eles aproveitaram bem, pois as locações foram deslumbrates. Fotografia 10 !
O longa foi incrível e mesmo não tendo uma coisinha aqui e ali, ele não me decepcionou em nenhum momento. E agora, como aguentar a espera pelo Relíquias da Morte parte 2? Ah, já sei ! “Accio 15 de julho de 2011!” – Droga, não deu ! Eu sou trouxa mesmo...


Em tempo: Uma pergunta que não quer calar: Aonde foi parar a capa da invisibilidade que, em nenhum momento, apareceu no filme? Eu senti falta dela...
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Harry Potter e as Relíquias da Morte – 1ª parte (Harry Potter and the Deathly Hallows)
Diretor: David Yates
Atores: Daniel Radcliffe, Emma Watson, Rupert Grint, Ralph Finnes
2010, ação – fantasia

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Um Homem Misterioso (The American)

Jack é um assassino profissional com um histórico impecável, mas quando um trabalho na Suécia acaba mal, ele promete que sua próxima missão será a última. Então Jack esconde-se numa pequena cidade do interior da Itália enquanto espera por instruções para seu último trabalho. Logo Jack se encontra em uma cidade de muita paz e conhece Mathilde, uma belga por quem se apaixona. Mas baixar a guarda de repente pode ser fatal.

Este filme é uma adaptação baseado no romance de Martin Booth, “A Very Private Man”. Adoro filme de ação. Adoro George Clooney. Um filme com esses pré-requisitos não tem erro, mas esse tem.
O início do filme teve um leve movimento, mas depois, para um longa que se classifica como sendo de ação, o que não teve foi movimento. Com uma hora e meia de duração, se tivemos 20 minutos de ação foi muito. Já no quesito suspense o filme faz jus a categoria, mesmo sendo óbvio demais.
Com fotografia belíssima (Itália tem um cenário naturalmente rico, elegante e puro), o filme foi tédio absoluto. O final foi totalmente previsível, mas uma coisa é inquestionável: da mesma forma que o Rio de Janeiro, George Clooney continua lindo!

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Um Homem Misterioso (The American)
Diretor: Anton Corbijn
Atores: George Clooney, Bruce Altman, Theka Reuten
2010, ação - suspense

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

The Walking Dead

A série é baseada na HQ homônima criada por Robert Kirkman. No seriado, descobriremos como é a vida na Terra após um apocalipse zumbi, em que a enorme maioria da população da terra foi infectada por um vírus misterioso que os transforma em mortos-vivos. Os poucos humanos que sobreviveram à epidemia agora devem se unir para encontrar um novo lar, longe dos zumbis.O grupo é liderado por Rick Grimes (Andrew Lincoln), um policial que acordou sozinho em um hospital cercado por mortos-vivos e agora procura sua esposa, Lori (Sarah Wayne Callies), e seu filho. Ele se junta a Shane (Jon Bernthal), seu ex-parceiro na polícia; Andrea (Lauren Holden), uma das duas irmãs que escapou da praga; Glenn (Steven Yeun), um varredor de ruas experiente; entre outros humanos igualmente assustados que lutam para escapar do vírus.

Eu gosto de filme de terror, mas fiquei meio assim assim, quando vi as chamadas para a nova série que estreou na Fox: The Walking Dead. Foi algo como momento eca! A visão de vários, muitos, um monte de zumbis não são propriamente um convite irresistível, mas resolvi conferir.
Tirando algumas cenas nojentérrimas (tripas espalhadas, corpos se decompondo, zumbis comendo um cavalo...), a série é, na verdade, meio devagar, tranqüila, tipo a passos de zumbi, mas os ganchos para o episódio seguinte são bons e, por isso, continuo vendo.
Além disso, estamos no segundo episódio e tem algumas perguntas que estão no ar: O que aconteceu com as pessoas? Foi com a Terra toda? Por que uns foram atingidos e outros não? Ahhhh e tem o que, por enquanto, é o bafão da série: a mulher do subdelegado está tendo um caso, atualmente, com o auxiliar do marido. Só que o maridão dela está vivinho da silva, é o herói da série, e está procurando por ela e pelo filho. E aí?! Que situação tosca hein?! Como disse, mais um gancho para assistir aos próximos capítulos.

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The Walking Dead
Criador: Robert Kirkman
Atores: Andrew Lincoln, Sarah Wayne Callies, Jon Bernthal
2010, terror

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

RED - Aposentados e Perigosos (RED)

Frank Moses (Bruce Willis) é um agente aposentado da CIA que leva uma vida sossegada até que um grupo de assassinos tenta matá-lo. Para manter a sua vida e a da sua namorada Sarah (Mary-Louise Parker) a salvo, ele decide ressuscitar seu antigo time de campo.

RED é um filme de ação, e bota ação nisso, baseado na HQ de Warren Ellis e Cully Hammer. Na verdade RED é a sigla para Retired Extremely Dangerous (Aposentados Extremamente Perigosos). E esses aposentados não dão moleza são.
O filme é sobre um grupo de agentes aposentados que se unem para ajudar um deles a descobrir quem os querem mortos. Antes disso, tudo estava indo bem, principalmente com Moses que flertava, ao telefone, todo dia, com uma atendente do fundo de pensões. Paz absoluta.
“‘- Eu não mato ninguém há anos.’ ‘- Isso é triste!’”, diz Moses sensibilizado.
Mas não adianta, os malvados têm que comer muito arroz com feijão para matar aquele que é e sempre será, duro de matar: Bruce Willis. Ele faz o personagem de sempre: valentão, durão, com coração de ouro e alma de bondade, além de sínico toda a vida. A relação de amor com a câmera é algo que ninguém pode negar e nos filmes de ação Willis brilha.
Nesse filme ele atua ao lado de vários figuraças: Morgan Freeman (adoro esse cara), John Malkovich, Richard Dreyfuss, Ernest Borgnine (é bom revê-lo), mas o melhor de tudo (tipo momento mastercard) é ver a rainha Helen Mirren empunhando uma metralhadora e atirando para todos os lados. Não tem preço!
O filme é ótimo. Suspense, ação e, claro, doses de humor que não faltam em filmes atuados por Bruce Willis. É diversão garantida para toda a família.

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RED - Aposentados e Perigosos (RED)
Diretor: Robert Schwentke
Atores: Bruce Willis, Morgan Freeman, Helen Mirren, Mary-Louise Parker
2010, ação

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Minhas mães e meu pai (The Kids are all right)

Nic (Annette Bening) e Jules (Julianne Moore) são casadas e dividem um harmonioso lar na Califórnia com seus filhos adolescentes Joni (Mia Wasikowska) e Laser (Josh Hutcherson). Antes de Joni entrar para a Universidade, Laser pede ajuda para encontrar o pai biológico deles, já que os dois jovens foram concebidos por inseminação artificial. Ela, indo contra a vontade de suas mães, entra em contato com o pai, Paul (Mark Ruffalo). Os jovens logo se identificam e criam laços com ele. Na medida em que o pai começa a fazer parte da vida de todos, um novo e inesperado capítulo se inicia para esta família inusitada e nada convencional.

“- ‘Não crie expectativas. Ele pode ser esquisito... Afinal de contas ele doou sêmen’. – disse Joni” “- ‘Se ele não tivesse doado, não estaríamos aqui. Respeite-o.’ – retrucou Laser”
É praticamente com esse diálogo dos irmãos que o longa começa. O filme, de temática GLS, retrata uma relação familiar moderna e não convecional mas, com a entrada de Paul, certo desconforto, insegurança e pequena acomodação no relacionamento do casal, Nic e Jules, se mostra aparente.
Não importa o sexo do casal, os problemas de um casamento, de uma relação, sempre existirão; porque não há uma fórmula para o sucesso absoluto, mas apenas a vontade de querer estar junto, de querer dar certo, mesmo que, às vezes, decisões e atitudes erradas sejam tomadas.
A atuação dos atores foi perfeita. Annette Bening fez uma Nic masculinizada com todos as manias do homem da família (“Você deve ser a churrasqueira da família”, disse Paul). Julianne Moore, linda como sempre, fez uma Jules por vezes submissa, delicada e frágil. Mark Ruffalo perfeito como Paul, um natureba gente boa e gentil. Mia Wasikowska (Joni) e Josh Hutcherson (Laser) também estavam confortáveis em seus papéis.
O filme foi considerado, pelos críticos, a sensação do Festival de Berlim, e dizem que, muito provavelmente, Annette e Julianne concorrerão ao Oscar de melhor atriz. Eu gostei muito do filme e se tivesse que arriscar, daria o Oscar para Bening, que foi mais que perfeita, foi crível.

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Minhas mães e meu pai (The Kids are all right)
Diretor: Lisa Cholodenko
Atores: Annete Bening, Julianne Moore, Mark Ruffalo
2010, comédia - drama

domingo, 7 de novembro de 2010

O Clube do Filme (The Film Club)

David Gilmour, crítico de cinema desempregado e com dinheiro contado, vivia uma fase complicada. Além disso, o filho de 15 anos colecionava reprovações em todas as disciplinas. Diante da falta de rumo daquele estudante perdido e despreparado, uma proposta paterna radical: o garoto poderia sair da escola – e ficar sem trabalhar e sem pagar aluguel – desde que assistisse toda semana a três filmes escolhidos pelo pai, e com o pai. Assim surgiu o Clube do Filme...

Quando vi a propaganda do livro, em um busdoor, o que me chamou a atenção foi o título “O Clube do Filme”, que juntava as duas coisas que mais gosto: filme e livro. Com essa característica o livro só podia ser, no mínimo, bem interessante. Infelizmente não pude comprá-lo, mas há alguns dias eu recebi o livro em e-book e, finalmente, pude lê-lo.
O livro é autobiográfico e conta da história de David, na época desempregado, e de seu filho Jesse, cheio de dúvidas e inseguranças, descobrindo o amor e suas frustrações. Ou seja, um adolescente normalíssimo. O que não foi tão normal assim é a compreensão do pai quando o filho resolve sair da escola.
Mas o fato de passarem esse 1 ano praticamente juntos, assistindo e comentando os filmes, isso sim fez com que um realmente conhecesse o outro e esse tipo de relacionamento é importantíssimo nesse período de vários rumos e repleto de incertezas. Como David diz: “Educar filhos é uma sequência de despedidas, um adeus após outro... (...) Eles [os filhos] passam a vida partindo.”
Não vou dizer que o livro é maravilhoso, pois não é, mas é interessante. A seleção dos filmes é diversificada e de primeira qualidade.
“Eu escolhia os filmes de maneira bastante aleatória, sem uma ordem particular. Em maioria, eles deviam apenas ser bons, clássicos, quando possível, mas, sobretudo envolventes...”
Uma coisa o livro me deu: uma vontade enorme de assistir a vários filmes antigos, clássicos e, por isso, também fiz a minha listinha. Obra prima é obra prima, nós sempre aprendemos algo, além de ser um bálsamo para os olhos.

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O Clube do Filme (The Film Club)
Autor: David Gilmour
Intrínseca

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Ondine (Ondine)

Ondine é um conto de fadas moderno que narra a história de Syracuse (Colin Farrell), um pescador cuja vida se transforma quando ele encontra Ondine, uma mulher linda e misteriosa (Alicja Bachleda), em sua rede de pesca. Sua filha Annie (Alison Barry) passa a acreditar que a mulher é uma criatura mágica, enquanto Syracuse apaixona-se desesperadamente por ela. No entanto, como todos os contos de fadas, a magia e a escuridão caminham lado a lado.

Têm filmes que, definitivamente, o trailer dá de 10 a 0. Esse filme é um desses exemplos.
Quando vi o trailer no cinema fiquei encantada pelo cenário (filmado nas costas irlandesas), pelo tipo de filme (adooooro contos de fadas modernos) e pelo Colin Farrell, que é um gato. Fora isso, que decepção !
Filme, do início ao fim, completamente morno e sem sal. Seria muito mais interessante e aproveitável se eles tivessem feito um filme sobre a história de Ondina, da mitologia germano-escandinava, muito mais interessante do que essa xaropada que foi o filme.
Película chata, atuação fraca, fotografia encantadora e olhe lá. Um tédio !

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Ondine (Ondine)
Diretor: Neil Jordan
Atores: Colin Farrell, Alicja Bachleda, Alison Barry, Stephen Rea
2010, romance

sábado, 30 de outubro de 2010

Titanic II (Titanic 2)

No 100 º aniversário da viagem do navio Titanic, um navio de luxo moderno batizado de Titanic 2, segue o caminho de seu homônimo. Mas quando um tsunami lança um iceberg no caminho do novo navio, os passageiros e a tripulação precisam lutar para evitar um destino semelhante.

Agora você veja só: qual a criatura, com o mínimo de QI, entraria em um navio luxuoso chamado Titanic II ? Quem? Quem? Só sendo muito, mais muito dãããã.
Dessa vez o motivo do afundamento foi um tsunami, mas também rolaram alguns icebergs. Esse povo não aprende mesmo.
As cenas da Groelândia e as do navio cruzando os mares do Atlântico, dentre outras, são as coisas mais esdrúxulas que eu já vi.
O filme é tão ruim, mas tão ruim que foi lançado direto em DVD, mas por mim poderia ter sido lançado direto em uma lata de lixo.

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Titanic II (Titanic 2)
Diretor: Shane Van Dyke
Atores: Bruce Davison, Brooke Burns, Marie Westbrook, Shane Van Dyke
2010, aventura – drama

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Wall Street – o dinheiro nunca dorme (Wall Street - money never sleeps)

O filme se passa 23 anos após o primeiro longa. Sai da cadeia Gekko, bilionário sem escrúpulos que recorria aos meios mais escusos para lucrar com os movimentos da Bolsa de Valores de Nova York nos anos 80. Disposto a retomar suas atividades, Gekko descobre um mercado financeiro muito mais tumultuado do que aquele que dominava. É o maravilhoso mundo das alavancagens, dos derivativos, dos subprimes....

Antes de assistir, fiz questão de rever o primeiro, o Wall Street – poder e cobiça. Michael Douglas estava fabuloso, poderoso em seu Gordon Gekko e mereceu o Oscar do ano de 1987.
Neste segundo, o dinheiro nunca dorme, mas confesso que, em determinado momento, bati cabeça, e a palavra que me veio à mente foi “boring” (juro que a palavra veio em inglês mesmo) e que quer dizer chato, maçante.
Wall Street 2 não tem o pique do primeiro. É até meio corta tesão, ouvir Gekko falar que “o dinheiro não é o que mais importa na vida”. Logo ele, que era obcecado pelo poder e que não media esforços para alcançar seus objetivos. Aliás, nestes quesitos ele ainda continua assim. Sejamos honestos, uma criatura dessa não muda tanto, só o mínimo possível, mas já é uma diferença e tanto... Nós podemos ver isso no final e, por isso, acredito que esse filme seja uma espécie de redenção para o personagem Gordon Gekko.
Uma das coisas que achei interessante no filme foi colocar os prédios de Nova York formando torres de gráficos financeiros. Excelente sacada de Oliver Stone que, aliás, dirigiu os dois Wall Streets. Outra coisa são as frases/pensamentos ditas pelo Sr. Gekko (quase um biscoitinho da sorte... ou não), e neste filme eu gostei da seguinte: “A mãe de todos os males é a especulação. A morte programada”. Boa né?! Mas uma frase que ele disse no primeiro ainda é imbatível: “A ilusão se torna real e quanto mais real se torna, mais as pessoas querem. O capitalismo na sua essência.”
O filme também conta com as atuações de Shia LaBeouf, que interpreta Jake Moore, um jovem corretor de Wall Street nada metido ou arrogante, mas inteligente e com muita vontade de aprender e fazer o que é certo; Carey Mulligan, que faz a Winnie Gekko e, claro, odeia o pai e todo o mau caratismo que ele representa; e Susan Sarandon que, pouco usada, está mais para figurante de luxo.
Um detalhe curioso é que Shia passou alguns dias em Wall Street, em grandes empresas como a Schottenfeld e John Thomas Financial. Para treinar o que aprendeu, ele abriu uma conta com 20mil dólares e conseguiu multiplicar o seu investimento em dois meses e meio, chegando a 300mil dólares. Está bom pra você?!

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Wall Street 2 – o dinheiro nunca dorme (Wall Street - money never sleeps)Diretor: Oliver Stone
Atores: Michael Douglas, Shia LaBeouf, Carey Mulligan
2010, drama

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

O Solteirão (Solitary Man)

Ben Kalmen era dono de uma grande concessionária de carros, devido as suas más decisões, deitou abaixo o negócio, e depois de várias infidelidades no casamento e a falta de discrição em diversas situações, ele é abandonado pela família e tem de começar a vida do zero. Nesse recomeço ele conhece Jordan, filha de um magnata dos automóveis, aos poucos ele se apega a ela e tem de fazer uma escolha, aproveitar esse novo relacionamento ou usá-la para voltar aos negócios.

Com a cena do início do filme foi impossível não lembrar a situação real pela qual Michael Douglas está passando, mas o filme não tem nada a ver com isso e, portanto, segue a fita.
Douglas é um daqueles caras que, só com a roupa de baixo a gente pensa: “Nossa, ele tá velho pacas. Credo!” Mas quando ele está usando um terno bem cortado, um cachecol e um Ray-ban adornando o rosto, o que pensamos? “É, o cara é charmoso!”
Basicamente o filme retrata justamente isso: quer se queira ou não, os anos passam e chega uma hora que você tem apenas duas escolhas: ou envelhece ou morre, não existe uma terceira opção. Porém, você pode envelhecer bem, mas de qualquer maneira, a escolha é somente sua e dependerá, exclusivamente, das atitudes que tomar diante da vida.
Bem Kalmen (Douglas) carrega uma bagagem enorme da experiência de anos, mas destrói tudo isso com sua arrogância e passa o filme todo levando surras da vida (algumas até literalmente...), devido às escolhas equivocadas. Mas será que ele tem cura? Será que, mesmo reconhecendo o carinho e a força de sua ex-esposa e daquele que, mesmo depois de anos, continua sendo seu amigo, Ben continuará a persistir no erro? Lembrando que se continuar nesse ritmo, perderá o pouco que lhe restou...
O final do filme é o momento da decisão e o que ele escolhe? Bom, se você for assistir ao filme, você saberá.

Em tempo: em minha opinião, a escolha do título não foi acertada. A tradução ao pé da letra, “O Solitário”, caberia muito melhor.

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O Solteirão (Solitary Man)
Diretores: Brian Koppelman, David Levien
Atores: Michael Douglas, Susan Sarandon, Danny DeVito, Mary-Louise Parker
2010, drama

domingo, 17 de outubro de 2010

Tropa de Elite 2 – o inimigo agora é outro

Nascimento, dez anos mais velho, cresce na carreira: passa a ser comandante geral do BOPE, e depois Subsecretário de Inteligência. Em suas novas funções, Nascimento faz o BOPE crescer e coloca o tráfico de drogas de joelhos, mas não percebe que ao fazê-lo, está ajudando aos seus verdadeiros inimigos: policiais e políticos corruptos, com interesses eleitoreiros. Agora, os inimigos de Nascimento, são bem mais perigosos.

“Tropa de elite osso duro de roer, pega um pega geral, também vai pegar você...” Essa música gruda como chiclete e quando toca na escuridão do cinema, não tem um que não balance as perninhas e cante junto com o grupo Tihuana. Aliás, usar essa música de fundo ao mesmo tempo em que algumas cenas do “Tropa 1” são exibidas, intercaladas com os nomes dos atores, direção etc, foi excelente idéia.
Wagner Moura dá vida, mais uma vez, ao agora coronel Nascimento, que volta mais maduro, mais marrento, mais bonito... Seu bordão “pede pra sair” dá lugar ao “agora é pessoal”. Atuação perfeita de Wagner Moura é pautada principalmente no olhar e na expressão corporal. Ao longo do filme vemos a dureza, a figura quase que blindada de emoção dar lugar ao cansaço e a frustração, não só no setor profissional como no lado pessoal também. Separado da esposa e vendo o filho de 16 anos cada vez mais se distanciando, finalmente ele acaba percebendo que algumas atitudes devem ser revistas e quando isso acontece é realmente emocionante. Uma das cenas que mostra bem isso é quando Nascimento leva o filho para o tatame de jiu-jitsu. É a maneira dele de “abraçar”, “beijar” e dizer ao filho que o ama.
O filme começa com o Fraga (Iradhir Santos), ativista dos direitos humanos e depois deputado, ministrando uma palestra e passando alguns dados que, pasmem, se realidade, serão tenebrosos: “em 2081, 90% da população do Rio de Janeiro será de bandido”. Tá bom para você?
Tropa 2 expõe a ferida do Rio de Janeiro e não contente, ainda coloca pitadas de sal... E dói muito. Mesmo assim ainda rimos com o apresentador de TV, Fortunato (André Mattos) que, diante das câmeras do seu programa “Mira Geral”, brada aos 4 ventos justiça e prisão aos bandidos e aos corruptos, mas atrás das câmeras não passa de mais um deputado safado como tantos outros. A corrupção do governo é ainda mais nojenta e saber que isso realmente deve acontecer nos dá a sensação que todos nós somos uns palhaços.
Nessa luta do bem contra o mal, o Tropa 2 nos deixa, mais uma vez, sem saber quem é o bandido e quem é o mocinho, mas a realidade inconteste é que ficamos felizes quando um bandido é brutalmente assassinado e torturado. Nesse caso, o que vale é o lema “bandido bom é o bandido morto.” É isso realmente? Além disso, tem uma afirmativa direta, dita pelo Nascimento, que deveria sair da ficção e invadir o nosso dia-a-dia para ser debatida em todos os setores: “A PM do Rio tem que acabar”. O que você acha?
Mas o Tropa 2 não é só tiros, sangue e porrada. Ele é também cheio de diálogos cortantes, sarcásticos e, mais uma vez, recheado de bordões tais como: “Vamos dar saco de bombom pros vagabundos!”; “Quer me foder, me beija!”; “Cada cachorro que lamba a sua caceta.”; “Tá de pombagirice?!”; “Taxa do ‘eu sei’.”; “Quer rir, tem que me fazer rir.”
Tropa de Elite 2 foi o filme nacional mais aguardado do ano e estreou em mais de 630 salas. José Padilha está de parabéns. Missão dada é missão cumprida e fez isso e muitíssimo bem.

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Tropa de Elite 2 – o inimigo agora é outro
Diretor: José Padilha
Atores: Wagner Moura, Maria Ribeiro, André Ramiro, Seu Jorge
2010, ação – drama

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

$#*! My dad says (em português seria: As merdas que meu pai fala!)

“$#*! My Dad Says” é baseada na popular conta de Twitter de Justin Halpern, um roteirista que registrou em seu diário os comentários que seu pai fazia no dia a dia, acreditando que um dia poderia utilizá-lo como material para seus personagens. A nova comédia da CBS, estrelada por William Shatner, mostra Ed Goodson, um pai cheio de opiniões (muitas vezes inapropriadas) que não tem medo de falar aquilo que ache para quem quiser ouvir.

Sou fã de William Shatner, desde o tempo do querido comandante da USS Enterprise, capitão James T. Kirk, e órfã da fantástica série Justiça sem Limites (Boston Legal), em que ele brilhava junto com o também incrível James Spader. Com tudo isso, fiquei curiosa em conhecer a nova série estrelada por Shatner, a “Shit! My dad says”. Por isso, baixei os 3 primeiros episódios que estão disponíveis na internet (a série ainda não estreou em terras tupiniquins) para dar uma conferida.
Sabe aquele tipo de série cômica que só americano acha graça? Pois é, “$#*!...” é esse tipo de série. Não gostei !
Dei uma risada ou outra, Shatner continua um gordinho charmoso, mas a sitcom é boba, não me diz nada e não vale nem os 30 minutos de sua duração.

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$#*! My dad says
Criador: Justin Halpern
Atores: William Shatner, Jonathan Sadowski, Nicole Sullivan, Will Sasso
2010, comédia

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

The Runaways - As Garotas do Rock (The Runaways)

Baseado no livro autobiográfico de Cherrie Currie. O filme mostra a trajetória da primeira grande banda de rock, The Runaways, formada apenas por mulheres, que existiu entre 1975 a 1979.

Kristen Stewart interpreta o papel da guitarrista e líder da banda, Joan Jett. Sua interpretação é forte e, ao mesmo tempo, morna... Na verdade, nem parece a líder de uma banda de rock pesado que revolucionou uma época, mas sem dúvida ela passa o seu amor incondicional pelo rock’n’roll e é através de seus olhares que ela ganha pontos.
Já a atuação de Dakota Fanning, que faz o papel da vocalista loira Cherrie Currie, é simplesmente arrasadora! Cherrie tinha 15 anos quando entrou para a banda e teve seu mundo virado de ponta cabeça. Quando ela cansa dessa vida “rock paulera” e prefere voltar para casa, para sua vidinha mediana, o que me veio logo a cabeça foi: ela matou a banda! Mas a realidade é que Cherrie, que estava no momento de autodestruição, pulou fora antes do fim irreversível: a morte. E ela precisou de muita coragem para isso.
O fim da banda deveu-se aos motivos de sempre: drogas, egos inflados, falta de grana... Mesmo assim, para os amantes do rock e de sua história, vale dar uma conferida no filme.

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As Garotas do Rock (The Runaways)
Diretora: Floria Sigismondi
Atrizes: Kristen Stewart, Dakota Fanning
2010, drama biográfico

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Como Treinar o seu Dragão (How to Train your Dragon)

É comum lutar contra dragões na ilha de Berk. Soluço (Jay Baruchel) é um jovem bastante sarcástico, que volta e meia bate de frente com seu pai, Stoico (Gerard Butler), o chefe da tribo local. Quando entra para o Treino com Dragões, juntamente com outros jovens vikings, Soluço acredita ser esta sua grande chance de provar que pode ser um grande guerreiro. Só que seu mundo vira do avesso ao se tornar amigo de um dragão ferido.

Essa história de ter um cachorrinho ou peixinho ou gatinho como bichinho de estimação é papo para os fracos. O bom mesmo é ter um dragão, principalmente se você for um jovem viking.
Como treinar o seu Dragão é, antes de tudo, uma homenagem a amizade. Os laços desse sentimento são mais fortes e resistentes que qualquer outra coisa. Além disso, as aparências enganam e se você está aberto para novas experiências, a amizade pode ultrapassar barreiras e a DreamWorks retrata muito bem isso nesse filme. Tudo bem, a história não é novidade alguma e o final é previsível, mas e daí?
A animação tem pitadas de humor, emoção, ação e drama, tudo isso junto e muito bem misturado. Os personagens vikings são muito bem feitos, mesmo com feições caricatas, e as diversas espécies de dragões são incríveis, principalmente o Fúria da Noite, o dragão principal que de tão estranho é fofíssimo. Inclusive tem uns traços do monstrinho Stitch (de "Lilo & Stitch")... Talvez porque os diretores sejam os mesmos.
Enfim, cada vez mais fico encantada com as animações feitas atualmente e sou fã incondicional delas.

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Como Treinar o seu Dragão (How to Train your Dragon)
Direção: Dean DeBlois e Chris Sanders
Vozes: Gerard Butler, América Ferrera, Jonah Hill
2010, animação

domingo, 3 de outubro de 2010

Depois de Partir (Afterwards)

Nathan é um brilhante advogado que mora em Nova York e possui uma carreira brilhante, bem diferente de sua vida pessoal que desmoronou após seu divórcio com Claire, seu único amor. Um dia ele conhece o doutor Kay, um médico misterioso que se apresenta como o “Mensageiro” e alega pressentir quando alguém está próximo da morte. Nathan custa a acreditar na profecia do médico, até que ele testemunha alguns acontecimentos que confirmaram as palavras do doutor e mostram que seus dias na terra estão se esgotando.

Filme sessão da tarde, com belas imagens, trilha sonora suave e gostosa e com a presença sempre misteriosa e intrigante de John Malkovich.
Depois de partir é uma espécie de filme de auto-ajuda. A frase mais falada é “ninguém tem poder sobre a hora da morte”, o que, cá prá nós, é uma pena. Ou não?!
Mas no meio dessa história água com açúcar, de final diferente do que imaginei no início, uma frase me chamou a atenção: “não importa saber se há vida após a morte; o que importa é estar vivo antes de morrer.”
E quantas pessoas nós conhecemos que respiram, mas não estão vivos? Andam pelas ruas, trabalham ao nosso lado, mas não estão vivos? Essas pessoas alimentam-se de nossa energia, mas não passam de zumbis. A importância de vivermos bem, fazendo o bem é importantíssima, pois não sabemos o que nos acontecerá no segundo seguinte.
O filme vale como ponta pé inicial para uma reflexão, mas nada mais que isso. Porém, a atuação do francês Romain Duris, 34 anos, é instigante e convincente. Nunca tinha visto um filme com ele, e, fisicamente, ele me lembrou o ator Joseph Fiennes. Para mim, só isso já é um ponto a favor.

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Depois de Partir (Afterwards)
Diretor: Gilles Bourdos
Atores: John Malkovich, Romain Duris, Evangeline Lilly
2010, suspense - drama