terça-feira, 31 de maio de 2011

Cordel Encantado

Com um pouco mais de dois meses no ar, é chegada a hora de falar sobre a novela das 18h da Rede Globo que, desde as chamadas já chamava a atenção: Cordel Encantado.
Podem falar cobras e lagartos da "vênus platinada", mas no quesito novela a Globo arrasa e se for novela de época, não tem para ninguém. O capricho nos pequenos detalhes é impressionante.
No Cordel Encantado temos esse capricho aliado a uma história de contos de fadas, super na moda ultimamente. É a história de amor entre a princesa, herdeira do reino de Seráfia (Açucena/Aurora), com o herdeiro dos cangaceiros do sertão (Jesuino), nas terras da cidade de Brogodó. Tudo isso cheio de aventura, traições, brigas, amor e muito humor.
Os diálogos poderiam ser mais rimados, lembrando a literatura de cordel mesmo, mas é um detalhe ínfimo diante da beleza que é a novela e a perfeita atuação dos atores, a começar pelo casal de protagonistas Cauã Reymond e Bianca Bin que, além de lindos, possuem uma química perfeita.
Não podemos esquecer o show que vários outros atores estão dando, como: Bruno Gagliasso (Timóteo Cabral, mau caráter que nem a peste!); Debora Bloch (Duquesa Úrsula, não vale nadinha); Domingos Montagner (capitão Herculano, que homem é esse?!); Ilva Niño (dona Cândida); Osmar Prado (delegado Batoré); Ana Cecília Costa (dona Virtuosa) e vários outros. Menção especialíssima para as crianças João Fernandes (Eronildes, ele é muuuuito bom!) e Max Lima (Juca).
Thelma Guedes e Duca Rachid são as autoras inspiradíssimas dessa novela que, também, possui a brilhante e sensível direção de Amora Mautner. Na trilha sonora temos Gilberto Gil e Roberta Sá; Paula Fernandes e Vitor e Leo; Luan Santana; Daniel e outros que abrilhantam as cenas.
Cordel Encatado é novela para entrar na galeria das TOP, junto com Irmãos Coragem, Vale Tudo, Guerra dos Sexos, Saramandaia, Escrava Isaura e tantas outras inesquecíveis.

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Cordel Encantado
Autoras: Thelma Guedes e Duca Rachid
2011 - Tv Globo

domingo, 29 de maio de 2011

Vidas que se Cruzam (The Burning Plain)

O passado e o presente podem ter um efeito curioso sobre as pessoas separadas pelo espaço e pelo tempo. Mariana, uma garota de 16 anos está tentando unir as vidas destroçadas de seus pais em uma cidade na fronteira do México. Sylvia, uma mulher que vive em Portland deve realizar uma odisséia emocional para apagar um pecado de seu passado. Gina e Nick (Joaquim de Almeida), um casal que tem de lidar com um intenso e proibido caso; e Maria, uma jovem garota que precisa ajudar seus pais a encontrar a o perdão e o amor. Os cincos começarão suas próprias jornadas em busca de redenção e descobrirão que suas ações poderão fazer a diferença entre a vida e a morte.

♪♫ “How many times can a man turn his head, Pretend that he just doesn't see? (…) How many deaths will it take till he knows That too many people have died?” ♫♪ - Nos momentos finais do filme foi dessa música que lembrei e ela, de uma certa maneira, tem a ver com a história.
O filme é estilo Titãs: tudo ao mesmo tempo agora. Passado, bem passado, presente e quem sabe um futuro, são apresentados como uma colcha de retalhos, cuidadosamente cerzida.
Não entrarei em detalhes, porque não quero revelar os segredos das personagens. Basta saber que a trama do filme gira em torno das mulheres: Mariana (Jennifer Lawrence), Sylvia (Charlize Theron), Gina (Kim Basinger) e Maria (Tessa La). O tempo vai e volta e a vontade de ir a fundo no sentimento dessas mulheres e saber o que as ligam é o mote principal da narrativa.
A ala masculina dos personagens foi muito bem interpretada pelos atores, mas o filme é das mulheres. Excelente desempenho de TODAS. Charlize, linda como sempre, mergulhando de cabeça no emocional de sua Sylvia. Kim Basinger, com rugas sim, mas como sempre enigmática e tensa.
A película é surpreendentemente melancólica e bela. No início até achei meio chato esse estilo vai e volta, mas no momento que me deixei levar pelos sentimentos e pela vontade de querer descobrir o que se passava com cada personagem, nossa, fui arrebatada por cada um deles. Vale a pena assistir ao filme.

Nota: 8

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Vidas que se Cruzam (The Burning Plain)
Diretor: Guillermo Arriaga
Atores: Charlize Theron, Kim Basinger, Jennifer Lawrence
2010, drama

quarta-feira, 25 de maio de 2011

O Poder e a Lei (The Lincoln Lawyer)

A história segue Mickey Haller, um bem sucedido advogado de Los Angeles que está bastante feliz com sua carreira. Tudo muda quando ele precisa defender um insuportável garoto rico de Beverly Hills, que é acusado de assassinato.

Eu adoro filmes de tribunal. No cinema, julgamentos têm glamour e uma aura de amor à pátria, à liberdade e aos direitos humanos. Eu chego até a ficar emocionada com alguns.
Neste longa, Mickey Haller, interpretado pelo bom Matthew McConaughey, é um advogado de defesa que se fosse aqui no Brasil seria o chamado “advogado de porta de cadeia”, mas como é nos Estados Unidos, ele é um expert em garantir o seu pirão primeiro (grana fácil) e na quantidade suficiente. Só que um belo dia ele aceita um caso que mudará sua vida.
Não vou enganar: na primeira uma hora o filme é cansativo e até entediante. Chato! Porém, logo depois de um crime diretamente ligado a Haller, aí a tensão e a ação começam a se desenrolar de tal maneira que prende a atenção.
McConaughey está perfeito como advogado esperto, cínico e bem apessoado. Mesmo com entradas desbravando sua agora não tão vasta cabeleira, seu corpitcho continua com tudo em cima... Claro que ele fica sem camisa neste filme, senão não seria filme de Matthew McConaughey, ora bolas ! rs
Além dele temos interpretações convincentes de Ryan Phillippe, como o jovem playboy Louis Roulet, acusado de agressão; William H. Macy, como Frank Levin, investigador e amigo de Haller; além de John Leguizamo, Marisa Tomei entre outros. Não posso esquecer-me de Laurence Mason que interpretou Earl, o motorista do escritório sobre rodas de Haller. Aliás, vem daí o nome do filme, pois o carro é um Lincoln preto, daqueles dos anos 70, com a sugestiva placa "NT GUILTY".
O filme não é deslumbrante, mas tem seu charme. Portanto, vale uma conferida básica.

Nota: 7

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O Poder e a Lei (The Lincoln Lawyer)
Diretor: Brad Furman
Atores: Matthew McConaughey, Marisa Tomei, Ryan Phillippe, Frances Fisher.
2011, drama

Água para Elefantes (Water for Elephants)

Baseado no aclamado bestseller homônimo de Sara Gruen, traz um romance inesperado que tem como pano de fundo uma história única e comovente. Jacob é um rapaz de 21 anos que desiste da faculdade de Medicina Veterinária após a morte de seus pais. Ele se junta ao circo dos Irmãos Benzini, e encontra seu lugar no circo cuidando dos animais. No circo, ele conhece e se apaixona por Marlena, a estrela do show, mas ela é casada com o paranóico e esquizofrênico treinador dos animais.

Este filme se passa em um Estados Unidos em plena depressão econômica dos anos 30. Naquele tempo, muito mais do que hoje em dia, o circo era sinônimo de alegria e pureza. Era um grande evento a chegada de um circo à cidade. É nesse cenário que o drama de dois jovens apaixonados é apresentado.
A história é contada por Jacob Jankoski (Hal Holbrook), um senhor com mais de 70 anos que, ao fugir do asilo, encontra ouvidos interessados em sua história de ex estudante de veterinária (Robert Pattinson) que acabou parando no Circo dos Irmãos Benzini. Lá ele encontrou o amor de sua vida, Marlena (Reese Whiterspoon), e a bestialidade em forma de gente, ou melhor, na forma de dono do circo e marido de Marlena, o violento August (Christoph Waltz).
Robert Pattinson não é uma maravilha, mas também não fez feio. Temos que dar crédito ao esforço do rapaz. Reese, como sempre, encantadora, mas o destaque é Christoph Waltz. Ele encarnou um August cínico, violento, louco e mesmo com características tão parecidas, ele o fez diferente do personagem Cel. Hans Landa (Bastardos Inglórios) que lhe deu todos os prêmios de melhor ator coadjuvante que concorreu no ano de 2009. Esse cara é fera.
Eu gostei do filme. Gostei da trilha sonora (Louis Armstrong, Bessie Smith, James Newton entre outros). Adorei a elefante Rosi, uma fofa que atuou muito bem. Inclusive ela é importantíssima no clímax das sequências finais. Aliás, no longa, a desglamourização do circo fica claríssima quando nos é apresentado o lado brutal no trato dos animais. São poucas as cenas, mas são revoltantes.
Certamente não é o filme mais espetaculoso da terra, mas é um bom programa e vale a pena assisti-lo.

Nota: 7

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Água para Elefantes (Water for Elephants)
Diretor: Francis Lawrence
Atores: Robert Pattinson, Reese Whiterspoon, Christoph Waltz
2011, drama

segunda-feira, 23 de maio de 2011

O Noivo da Minha Melhor Amiga (Something Borrowed)

Rachel (Ginnifer Goodwin), uma advogada muito certinha, está prestes a completar 30 anos. Na comemoração, ela acaba bebendo demais e vai para a cama com Dex (Colin Egglesfield), amigo de faculdade e também noivo da sua melhor amiga Darcy (Kate Hudson). Sentindo-se péssima com a situação, as coisas parecem piorar a cada momento, pois Rachel será madrinha do casamento e vai ter que lidar com os preparativos da festa, seus sentimentos por Dex e ainda, a sua amizade cultivada desde a infância com a noiva traída.

Sabe aquela sensação de déjà vu ? “O Casamento do Meu Melhor Amigo”; “O Melhor Amigo da Noiva”, “Vestida para Casar”... Só que o filme em questão tem um pequeno diferencial: é chato !
É clichê em cima de clichê. Quer ver? Neste longa nós temos: uma noiva loira linda, bem humorada, comunicativa, com muita auto estima e não muito inteligente; uma amiga morena linda, tímida, reservada, inteligente e com baixa auto estima; um noivo bonito, bem sucedido e, vamos combinar, meio bananão; um amigo não muito bonito, mas solidário, inteligente, bem humorado e, torno a dizer: amigo! Quer mais clichê? OK! Temos uma amigaça da noiva que sempre foi apaixonada pelo noivo (na verdade ela que conheceu o cara primeiro) e ele também era apaixonado por ela (timidez é uma... meleca!), mas acabou se relacionando com a loira (a futura noiva). A morena tem um grande amigo que sempre foi apaixonado por ela, mas sabe como é... Quando a gente vê o cara como amigo (sem conotações sexuais), dificilmente a gente o vê como homem (com conotações sexuais).
O filme levanta uma questão: o quão frágil é a amizade entre duas mulheres quando entra um homem na jogada. Esse é um questionamento interessante e que vale a pena ser debatido.
Bom, mas quanto ao filme, ele é previsível ao extremo. Portanto, totalmente dispensável. É mais negócio pegar os DVDs dos filmes que mencionei no início deste post, pois têm tudo que uma comédia romântica deve ter: sensibilidade, carisma, humor, romance e história bem contada...
Em um filme desse gênero, muitas vezes, o modo de contar uma história romântica deve ser mais interessante que o próprio romance. “O Noivo da Minha Melhor Amiga” falhou exatamente nisso.

Nota: 6

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O Noivo da Minha Melhor Amiga (Something Borrowed)
Diretor: Luke Greenfield
Atores: Ginnifer Goodwin, Kate Hudson, Colin Egglesfield, John Krasinski
2011, comédia – romance

sábado, 21 de maio de 2011

Piratas do Caribe – Navegando em Águas Misteriosas (Pirates of the Caribbean: On Stranger Tides)

O capitão Jack Sparrow (Johnny Depp) vai até Londres para resgatar Gibbs (Kevin McNally), integrante de sua tripulação no Pérola Negra. Lá ele descobre que alguém está usando seu nome para conseguir marujos em uma viagem rumo à Fonte da Juventude. Sparrow investiga e logo percebe que Angelica (Penélope Cruz), um antigo caso que balançou seu coração, é a responsável pela farsa. Ela é filha do lendário pirata Barba Negra (Ian McShane), que está com os dias contados. Desta forma, Angelica quer encontrar a Fonte da Juventude para que seu pai tenha mais alguns anos de vida. No encalço deles está o capitão Barbossa (Geoffrey Rush), que agora trabalha para o império britânico.

Piratas do Caribe é Jack Sparrow que é Johnny Depp. Ou seja, sem Johnny, que interpreta um pirata, símbolo máximo de masculinidade e virilidade, cheio de trejeitos, digamos, sensíveis, mas regado com muito humor, cinismo e sensualidade, esta saga não duraria tanto.
Porém, este filme não brilhou tanto quanto os outros. Não, não tem nada a ver com a ausência de Keira Knightley e Orlando Bloom que, cá para nós, não fizeram falta. O filme embaçou porque, para mim, não teve um Sparrow mais solto e uma história mais interessantemente melhor roteirizada.
Houve algumas cenas fuga e lutas de espadas; todas mirabolantemente bem ensaiadas e, como sempre, perfeitas. A fantasia estava presente com a inclusão de sereias, caveiras e mortos vivos; tudo com muito requinte tecnológico. Fotografia maravilhosa com praias paradisíacas. Sem dúvida tudo isso abrilhantaram o filme, mas torno a dizer: faltou mais pegada !
Neste filme Jack fará uma jornada em busca da Fonte da Juventude. Nesse meio tempo, descobre que alguém se passando por ele está recrutando tripulação. Essa pessoa é alguém do seu passado, mais precisamente Angélica, filha do maléfico Barba Negra. Ao mesmo tempo os ingleses (temos aqui o nosso, não tão querido capitão Barbossa que, agora, por ser súdito do rei, não é mais pirata e sim corsário) e os espanhóis estão na disputa da Fonte, mas cada qual por um motivo.
Mesmo sendo um longa mediano, é sempre uma delícia ver Johnny Depp em ação. Além dele, adooooro a presença de Keith Richards (capitão Teague), mais uma vez como pai de Sparrow. Dessa vez, tendo uma conversa de pai para filho, mas sem esquecer o bom humor.

Nota: 7

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Piratas do Caribe – Navegando em Águas Misteriosas (Pirates of the Caribbean: On Stranger Tides)
Diretor: Rob Marshall
Atores: Johnny Depp, Penélope Cruz, Geoffrey Rush, Ian McShane
2011, aventura

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Do Outro Lado (OUT)

De meia-noite às cinco e meia, sem intervalo, Yayoi, Masako, Yoshie, Kuniko e seus colegas permanecem ao lado da esteira transportadora, embalando quentinhas. Apesar de oferecer bom salário para meio-expediente, o serviço na fábrica de refeições de comida pronta é desgastante. Entre o trabalho mecânico da madrugada e os afazeres domésticos da manhã seguinte, as quatro operárias japonesas viveriam o repetitivo e extenuante cotidiano da mulher contemporânea até que um trágico assassinato mudasse suas vidas para sempre.

Como parece que deve ser todo trabalho em uma fábrica (rotina cansativa e tediosa), o início do livro é vagaroso e sonolento. Nos primeiros capítulos fiquei meio em dúvida: será que esse livro é, realmente, policial? Eu mesma já estava querendo matar a autora, pois o tédio era enorme.
A vida da classe operária, feminina, japonesa é sofrida e dolorosa. A opressão constante e o desejo de liberdade faz com que até uma pessoa comum e pacífica tome uma atitude que transformará completamente a sua própria vida e a dos que a cercam.
Livro de maior sucesso da japonesa Natsuo Kirino e primeiro da escritora a chegar ao Brasil, “Do Outro Lado” ganhou o Grande Prêmio Japonês de Melhor Romance Policial e ficou entre os finalistas do Edgar Allan Poe de 2004. O New York Times Book Review disse que o livro “é uma mistura potente de maldade humana, feminismo obstinado e justiça precavida.” Com toda essa recomendação, o livro tem que ser bom – pensei.
O fato é que para mim, uma simples amante da leitura, o livro, inicialmente, é enfadonho, mas depois do crime e da ocultação dos pedaços do cadáver, ele começa a ficar envolvente e tenso. O livro não é ruim. Merece até ser filmado, pois daria um filme bem interessante nas mãos de um grande diretor. O problema é que nas última páginas, bem lá no final, a autora perde o rumo e tenta nos enfiar uma Síndrome de Estocolmo, mas, na boa, totalmente nada a ver.

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Do Outro Lado (OUT)
Autora: Natsuo Kirino
Editora Rocco

terça-feira, 17 de maio de 2011

Que morram os feios (Que se mueran los feos)

Eliseo (Javier Câmara) é feio, coxo, e solteiro. Não encontrou a mulher da sua vida e não conhece o amor. Nati (Carmen Machi) é feia, falta-lhe um seio e é separada. Ela encontrou o homem de sua vida, mas, apesar disso, não conhece o verdadeiro amor. Eliseo pensa que o pior da sua vida está chegando. Nati acha que o melhor da sua vida está chegando. A morte da mãe de Eliseo faz cruzar seus caminhos novamente, depois de vinte anos, para lhes dar uma última chance de felicidade e amor. Mas … O que acontece quando a mulher da sua vida é casada com seu irmão?

Com um título desse eu pensei que fosse rir muito. Enganei-me! O filme tem um e outro momento engraçado (inclusive a morte da mãe do Eliseo, ai que horror, foi hilária), mas nada demais.
Praticamente é a velha história do patinho feio, só que no final ele não se transforma em cisne, mas o amor verdadeiro vê coisas que os olhos não observam. OK, isso que eu disse é tão profundo quando um buraco de golfe, mas é a mais pura verdade e o filme está aí para confirmar.
Não posso deixar de mencionar a música “Que morram os feios”, que é absurdamente engraçada. “Que morram os feios / Que morram os feios / Que não sobre nenhum, nenhum, nenhum feio / ... / Eu, eu, eu, eu sou muito feio / E a estética, por muito que avance não me salvará.” Certo, lendo não fica tão engraçado e soa preconceituosa (e vamos combinar que é mesmo), mas ouvindo é muito cômica.
Resumindo, o longa não vale o aluguel do dvd e nem o seu tempo. Porém, se passar na televisão, dê uma paradinha para assistir.

Nota: 5

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Que morram os feios (Que se mueran los feos)
Diretor: Nacho G. Velilla
Atores: Pere Arquillué, Carmen Machi , Javier Cámara,
2010, comédia

sábado, 14 de maio de 2011

Em busca de uma nova chance (The Greatest)

A morte do filho adolescente Bennett, num acidente de carro, é quase demais para a família Brewer suportar. Não apenas porque ele tinha uma vida promissora, mas também porque o impacto de sua morte desencadeia uma série de tumultos em suas vidas. Sua mãe fica obcecada e não pode deixá-lo ir; seu pai não consegue encarar a situação; e a posição de segundo lugar de seu irmão é ampliada. E quando a namorada de Bennet aparece, a família tem que lidar com circunstâncias que complicam ainda mais sua perda.

O filme segue a estrutura de qualquer longa que fala sobre a morte de um filho: um pai que tenta ser forte e meio que nega a morte do filho; uma mãe desesperada, que faz qualquer coisa para saber como foram os últimos minutos do filho e um irmão, caçula, que acaba sendo esquecido pelos pais e tem que viver à sombra do falecido irmão. E nesse imbróglio todo ainda tem uma namorada, do falecido, que está grávida. Clichê ou não, o filme me comoveu.
A película é cheia de momentos belíssimos, marcantes e fortes. Logo no início temos Bennet e Rose, pela primeira vez em suas vidas, fazendo amor: delicadeza, ternura, uma cumplicidade que só o verdadeiro amor nos incita. Outro momento, este com um gosto amargo, é quando Allen, Grace e Ryan voltavam do enterro. Foram os 2 minutos mais longos de todos... Aquele silêncio opressor dentro do carro, cada um olhando para uma direção diferente. Todos juntos de corpo, mas absolutamente sozinhos e solitários em espírito e mergulhados cada qual em sua dor. Essa cena é até difícil de ver.
A atuação de Susan Sarandon (Grace) é fantástica. Foi a personificação da mãe desesperada em saber o que aconteceu nos 17 últimos minutos de vida do seu filho. Pierce Brosnan (Allen), simples e discreto, um pouco frio e distante, perfeito. Carrey Mulligan (Rose), linda e doce, fez uma Rose, de 16 anos, frágil e ao mesmo tempo forte, determinada e assustada. Aaron Johnson (Bennett) e Johnny Simmons (Ryan), também estavam bem.
O filme tem um quê de dramalhão, típico das novelas mexicanas, mas mesmo assim isso não tira o seu brilho. Não é um filme que veria novamente, mas foi um bom filme.

Nota: 7

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Em busca de uma nova chance (The Greatest)
Diretora: Shana Feste
Atores: Pierce Brosnan, Susan Sarandon, Carey Mulligan, Aaron Johnson
2010, drama – romance

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Caminho da Liberdade (The Way Back)

Em 1940, pegos pelo regime stalinista, sete prisioneiros aproveitam-se da nevasca para fugir de Gulag Soviético. A liberdade desses homens tem um preço: eles têm poucas chances de chegarem a um lugar seguro sem serem pegos novamente e correm risco de morte.

É um filme que narra uma história de superação e luta pela sobrevivência nas piores condições possíveis.
Imagine ser preso por ter sido delatado pela sua esposa (não pensem mau dela; a coitada só fez isso depois de ter sido torturada) e levado para uma prisão na Sibéria. Não para por aí não... Imagine fugir a pé, com mais 6 companheiros, enfrentando uma nevasca (é na Sibéria!!!) terrível. Imagine andar a pé da Sibéria à Índia (atravessaram 5 países e alguns nem um pouco simpáticos), cerca de 6.500 km rumo à liberdade. Até para imaginar é difícil...
Não é filme de guerra, mas do que aconteceu com esse grupo de homens que escaparam de um campo de concentração, entre 1941 e 1942. Nos envolvemos, principalmente, com os personagens de Janusz (Jim Sturgess) e Sr. Smith (Ed Harris). Todos estão muito bem e vale os poucos minutos que temos com Colin Farrell (Valka), que construiu um personagem bem marcante.
O filme é um pouco cansativo, mas vale assistir. Longas que mostram situações extremas e que como um ser humano, com objetivo bem definido, pode superar tudo, são sempre imperdíveis e valem a pena serem vistos. Janusz superou tudo isso, mas foi apenas em 1980 que ele pôde, realmente e finalmente, fazer o que mais queria. O que lhe serviu de objetivo principal, nesses anos todos, e aí a gente se emociona...

Nota: 8

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Caminho da Liberdade (The Way Back)
Diretor: Peter Weir
Atores: Ed Harris, Jim Sturgess, Colin Farrell, Saoirse Ronan
2011, drama

terça-feira, 10 de maio de 2011

Comer Rezar Amar (Eat Pray Love)

Liz Gilbert (Julia Roberts) tinha tudo o que uma mulher moderna deve sonhar em ter – um marido, uma casa, uma carreira bem-sucedida – ainda sim, como muitas outras pessoas, ela está perdida, confusa e em busca do que ela realmente deseja na vida. Recentemente divorciada e num momento decisivo, Gilbert said a zona de conforto, arriscando tudo para mudar sua vida, embarcando em uma jornada ao redor do mundo que se transforma em uma busca por auto-conhecimento. Em suas viagens, ela descobre o verdadeiro prazer da gastronomia na Itália; o poder da oração na Índia, e, finalmente e inesperadamente, a paz interior e equilíbrio de um verdadeiro amor em Bali. Baseado no best-seller autobiográfico de Elizabeth Gilbert, Comer, Rezar, Amar prova que existe mais de uma maneira de levar a vida e de viajar pelo mundo.

Não morro de amores pela Julia Roberts e acho que colocam muita areia no caminhão dela. Nesse filme ela está aguada e sem graça, como a grande maioria de suas atuações. Javier Bardem já esteve melhor, mas nesse filme, desculpa aê, passa longe como brasileiro. Felizmente a interpretação de alguns atores e atrizes secundários vale o ingresso.
O longa conta a história de Liz que, apesar do sucesso profissional, está a procura de algo mais, principalmente quando o seu casamento chega ao fim e de uma maneira nada simpática. Por isso, ela vai para Itália, a fim de reencontrar e se deleitar com os prazeres culinários e conhecer o significado do dolce far niente. Depois segue para a Índia, em busca de conhecimento e de conforto na religião. Finalmente, última parada, em Bali, a princípio para rever o seu guru, mas eis que ela descobre o amor, personificado na figura do brasileiro Felipe (Javier Bardem).
É um filme que fala sobre reencontrar a vontade de viver e, para isso, é necessário redescobrir a si mesmo. A história é boa e interessante, mas o filme não me satisfez plenamente. Em algumas passagens se mostrou arrastado, até mesmo chato.
Mesmo assim quem não gostaria de passar um ano de sua vida numa aventura desse tipo? Que o filme, pelo menos, sirva para isso: fazer-nos entender e buscar o equilíbrio mental, físico e espiritual e, assim, crescermos como seres humanos.

Nota: 7

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Comer Rezar Amar (Eat Pray Love)
Diretor: Ryan Murphy
Atores: Julia Roberts, Javier Bardem, Viola Davis, James Franco
2010, drama – romance

sábado, 7 de maio de 2011

Reencontrando a Felicidade (Rabbit Hole)

No filme, Becca (Nicole Kidman) e Howie Corbett (Aaron Eckhart) são um casal feliz, cujo mundo perfeito é mudado para sempre quando seu pequeno filho Danny é morto por um carro. Becca, uma executiva que virou dona de casa, tenta redefinir sua existência em um lugar surreal de família bem-intencionada e amigos. Dolorosas, pungentes, e muitas vezes engraçadas, as experiências de Becca vão levá-la a encontrar consolo em um relacionamento misterioso com Jason, um jovem e perturbado artista de quadrinhos que conduzia o carro que matou Danny.

A história gira em torno do casal Becca e Howie que há oito meses perdeu o filho único, de 4 anos, atropelado por um adolescente. A perda e o luto são os temas deste filme.
Cada um tenta lidar com a perda a sua maneira: o marido mergulha no passado e a esposa passa a seguir o adolescente que atropelou seu filho, até que uma cumplicidade surge desse relacionamento. O fato é que cada um deles busca, no exterior, uma paz e conforto que só sentirão se procurarem no seu interior.
Reencontrar a felicidade, ter um bom motivo para abrir os olhos depois de uma perda como essa, não é fácil. Porém, o primeiro passo tem que ser dado e o filme é isso.
Nicole Kidman (graças a Deus o efeito do botox da testa foi embora) mostra uma competência, uma dor e uma angustia extraordinárias. Essa personagem lhe rendeu a terceira indicação ao Oscar. Aaron Eckhart (apaixonei-me por esse cara no filme “Obrigado por fumar”) arrasa. Todos os atores estão perfeitos e convincentes. O filme, mesmo com tema tão depressivo, não cai na pieguice.
O longa é delicado, é humano, é doloroso. Mesmo assim é inspirador, porque querer ser feliz é, por si só, ter a esperança de que dias melhores virão. É um dia por vez, nada mais que isso... Um dia a cada dia.

Nota: 10

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Reencontrando a Felicidade (Rabbit Hole)
Diretor: John Cameron Mitchell
Atores: Nicole Kidman, Aaron Eckhart, Dianne Wiest
2010, drama

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Os Agentes do Destino (The Adjustment Bureau)

À beira de conquistar um lugar no Senado, o ambicioso político David Norris conhece a bela bailarina contemporânea Elise Sellas, uma mulher como ele nunca conheceu. Mas assim que se começam a apaixonar, misteriosos homens conspiram para mantê-los afastados. David percebe que está a lutar contra os próprios Agentes do Destino, que farão tudo ao seu alcance para evitar que David e Elise fiquem juntos. Perante tão estranhos acontecimentos, ele tem de deixá-la ir e aceitar o caminho que lhe foi destinado… ou arriscar tudo e desafiar o Destino.

Destino… Quem o controla? Ele já está escrito e lacrado, ou podemos exercer o nosso livre arbítrio e modificá-lo? Modificamos por que assim está escrito ou porque achamos que o que queremos é o que deve ser?
O filme é baseado no relato de Philip Dick, publicado em 1950 e o primeiro trabalho de direção de George Nolfi. George também escreveu a maior parte da história e dos personagens, uma vez que, originalmente, só tenha 8/10 páginas.
No longa, David (político) conhece Elise (dançarina) e se apaixonam. Porém, isso significa um problema para o escritório de controladores do destino. Destino esse que fez com que David tomasse conhecimento disso, coisa que não deveria ter acontecido. Por isso, ele é ameaçado: se ele falar deles e/ou voltar a ver Elise, ele sofrerá uma reinicialização. Mas esse sentimento, amor, que une David a ela é mais forte e aí... Corre corre para mudar o destino dessa história !
Achei o estilo do enredo super original. Todos os atores estão ótimos em seus papéis, embora não tenha sentido muita química entre Damon e Emily, mas nada que tenha prejudicado o resultado final como um todo.
Esse filme é sensacional ! Não só porque tem várias perguntas embutidas que nos levam a reflexões profundas, mas porque ele tem ação o suficiente para não nos desgrudarmos da tela.

Nota: 9

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Os Agentes do Destino (The Adjustment Bureau)
Diretor: George Nolfi
Atores: Matt Damon, Emilly Bunt, Anthony Mackie, Terence Stamp
2011, romance – suspense – ficção científica

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Thor (Thor)

A aventura épica se inicia no planeta Terra nos dias de hoje até reino de Asgard. O Poderoso Thor é um arrogante guerreiro cujas ações intempestivas despertam uma guerra antiga. Como castigo Thor é enviado à Terra e forçado a viver entre os mortais. Uma vez aqui ele aprende o que significa ser um verdadeiro herói depois que o vilão mais poderoso de seu mundo envia as forças negras de Asgard para invadir o planeta.

Thor é um herói da Marvel Studios, baseado nas HQ que, por sua vez, são inspiradas na mitologia nórdica. Das HQ, confesso, não conheço nada. Sei apenas que, desde a infância, sou apaixonada por Thor. Não perdia um só episódio do desenho animado e, mesmo hoje, lembro direitinho daquele espetáculo de espécime: alto, forte, cabelos loiros compridos e olhos azuis, tudo isso embrulhado em uma armadura preta e prateada e uma bela capa vermelha, além de um elmo com asas. [suspiro] Por isso, dá para imaginar a minha alegria ao saber que iriam fazer um filme.
Mas tive duas decepções iniciais. A primeira foi a escolha de Kenneth Branagh para direção. O cara é ótimo quando se trata de Shakespeare, mas em mitologia nórdica seria tão bom quanto?
A segunda decepção foi na escolha do ator. Alexander Skarsgård (35 anos, sueco, interpreta o vampiro Eric da série True Blood), para mim, ele seria a própria personificação de Thor. Porém, o diretor optou por Chris Hemsworth (australiano de 28 anos, interpretou George Kirk no filme Star Trek). Ele não fez feio, mas...
Bom, vamos ao filme. Nós temos o reino de Asgard feito no computador, mas mesmo assim de muito bom gosto. Asgard é tão perfeito que a Terra ficou sem graça... Inclusive os terráqueos.
No filme, Thor é arrogante (ou seria mimado?!), egocêntrico e intempestivo. Resolve arrumar briga com os Gigantes do Gelo. Seu pai, Odin, expulsa-o e Thor cai na Terra, como um mero mortal. Por duas vezes é atropelado por Jane Foster, uma cientista que tenta ajudá-lo. Enquanto isso, seu irmão Loki trama o fim do próprio pai e de Thor.
O filme é bom, bem dirigido (pois é, Branagh fez seu trabalho direitinho), mas não empolga. Saí com a sensação de que alguma coisa ficou faltando. Talvez se houvesse mais cenas de ação, principalmente com o uso do Mjolnir... Todas que tiveram foram fortes e vibrantes, como um martelo do Deus do Trovão deve nos fazer crer.
A atuação dos atores, de um modo geral, não comprometeu o produto final. Ressalto dois: Anthony Hopkins que emprestou a sua classe e energia para fazer um Odin digno; e Renne Russo (Frigga) teve uma participação do tipo “estava lá, não viu?”
O longa não é ruim, mas ficou abaixo das minhas expectativas. É um bom filme, diversão garantida, mas não gaste seu dinheiro vendo em 3D; você dá umas risadas e tals, mas o filho do Pai de Todos merecia um filme muuuito melhor. Que venha Os Vingadores, então !

Nota: 7

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Thor (Thor)
Diretor: Kenneth Branagh
Atores: Chris Hemsworth, Natalie Portman, Stellan Skarsgard, Anthony Hopkins
2011, aventura

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Novo capítulo

Tinha 16 anos quando assisti, pela televisão, ao casamento de Charles e Diana. Era a realização de um conto de fadas. Naquele tempo, eu sonhava com príncipe encantado, conforto, saúde e felicidade eterna.
Mesmo com toda a pompa, dinheiro e glamour, o casamento do herdeiro do trono da Grã-Bretanha teve traições, descaso, desamor e falta de respeito. Ouso dizer que as únicas coisas boas que restaram foram os filhos: William e Harry.
Agora, William, com 29 anos, casa-se com Catherine Middleton, uma plebéia milionária. Eu também assisti a este casamento real e, mesmo 30 anos depois, me pego sonhando com príncipes encantados.
Toda menina foi criada a base de contos de fadas: Branca de Neve, Cinderela, Bela Adormecida e por aí vai. Enfiaram em nossas cabeças que um mundo encantado e um belo príncipe seriam a base da realização pessoal. Puro engano...
O pilar principal é, antes de mais nada, sermos felizes e bem resolvidos e, para isso, temos que conquistar a nossa independência financeira e psicológica. Não podemos colocar a nossa felicidade nas mãos de outros. A nossa felicidade depende de nós e quando a conquistamos, até mesmo um príncipe desencantado será maravilhoso.
Não achei o meu príncipe, não vivo em um conto de fadas e estou longe da minha independência financeira, mas mesmo assim continuo acreditando que contos de fadas acontecem.
Pode não ser do jeitinho cor de rosa que aprendemos a admirar através dos fantásticos desenhos da Disney, mas e daí?! A história é minha e apenas eu poderei colocar o ponto final nela. Por enquanto, estou apenas iniciando mais um novo capítulo.

domingo, 1 de maio de 2011

Como Você Sabe (How Do You Know)

Lisa Jorgenson (Reese Witherspoon) é uma mulher dedicada ao esporte, desde sua infância. Quando é cortada da equipe, ela fica sem rumo e perdida sobre como construir uma vida sem aquilo que sempre a motivou. Lisa, então, acaba se envolvendo com Matty (Own Wilson), um jogador de beisebol mulherengo e narcisista. Paralelamente a esse novo romance, Lisa conhece George (Paul Rudd) , um homem de negócios que está sendo acusado de um crime financeiro. Num primeiro encontro entre Lisa e George em que cada um conta os piores dias de suas vidas, eles encontram muita coisa em comum e um futuro que pode não ser tão pessimista quanto eles imaginam.

O filme poderia ter seguido vários caminhos. Poderia ter investido no crime financeiro, executado por um pai que, simplesmente, coloca a culpa toda nas costas do filho. Não seguiu... Poderia ter investido na dedicação dada ao esporte até que um belo dia o corte é feito e tudo aquilo que ela vivia vira pó. Não seguiu... Poderia ter investido nos sentimentos feridos, quando Lisa, logo depois de ser cortada da seleção, pede para que as outras atletas a tratem normalmente, como sempre, para que não haja a impressão de que tudo o que passaram juntas não existiu. Não seguiu...
O longa preferiu o caminho mais fácil e até bobo. Chega a ser um desperdício de profissionais. É uma pena ! De qualquer maneira é sempre um prazer ver o incrível Jack Nicholson em ação, mesmo que seja no papel de sempre: um cara elegante, irritadiço, cínico e ácido. É lugar comum, mas Jack é Jack.
Temos também uma Reese Whiterspoon (ela está ficando durona, pois o papel de mulher frágil não está mais caindo como uma luva para ela... o tempo passa, afinal de contas...) disputada por um Owen Wilson (o de sempre: bem apessoado, atleta no campo e na alcova, bem-humorado, mas sem muita coisa na cabeça) e Paul Rudd (é esforçado, mas falta-lhe tempero). Cada um fazendo o seu personagem, mas sem muita pegada.
Filme longo demais (2 horas), cansativo e praticamente sem brilho. Como já disse: um desperdício de talento e, principalmente, do meu tempo.

Nota: 4

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Como Você Sabe (How Do You Know)
Diretor: James L. Brooks
Atores: Reese Whiterspoon, Paul Rudd, Owen Wilson, Jack Nicholson
2011, comédia romântica