quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

As Viagens de Gulliver (Gulliver’s Travels)

Lemuel Gulliver (Jack Black) trabalha no setor de correspondência de um jornal nova-iorquino. Com o sonho de ser um grande escritor, ele vai em direção ao Triângulo das Bermudas para escrever uma matéria, mas tem o trajeto de sua viagem desviado, acidentalmente, para a desconhecida ilha Lilliput. Os habitantes desta terra são minúsculos. Agora grande, ao menos no tamanho físico, Lemuel aproveita-se que os pequenos lilliputianos estão impressionados com ele e se coloca como feitor de alguns dos principais acontecimentos históricos do mundo do qual veio. As invenções deste sonhador colocam a ilha em perigo e ele precisa dar um jeito de consertar o estrago.

Inspirado no clássico do século 18, do inglês Jonatham Swift, o livro As Viagens de Gulliver fazia uma crítica à Inglaterra daqueles dias. Este filme, com muito boa vontade, faz uma crítica aqueles que se julgam superiores aos outros, mas que, na verdade, tudo é uma questão de saber se colocar, se impor, se apresentar. “Não existe trabalho pequeno, mas pessoas bem bem pequeninas.”, diz Gulliver ao final do filme.
No filme Gulliver, da Ilha de Manhattan, trabalha como contínuo em uma editora e há 5 anos é platonicamente apaixonado pela editora do caderno de viagens, Darcy (Amanda Peet). Ele decide convidá-la para sair, mas a coragem vai pelo ralo e acaba plantando uma mentira, dizendo que é um viajante profissional e que escreve muito bem. Ela lhe dá a missão de desvendar os mistérios do Triângulo das Bermudas. Nessa roubada ele acaba naufragando e parando na Ilha de Lilliput, habitada por minúsculas criaturinhas.
Ele conhece aquele que é a sua miniatura, vamos dizer assim, Horatio (Jason Segel), um camponês apaixonado pela princesa Mary (Emily Blunt), mas que tem vergonha de declarar o seu amor, pois acha que não é bom o suficiente. Além disso, ele precisa de um ato heróico para, no mínimo, pensar em se aproximar dela, mas com a amizade de Gulliver que se transforma em um herói (o ato heróico foi salvar o rei de um incêndio e, bem, essa foi a única hora em que eu ri muito) ele vai, aos poucos se fazendo aparecer. Amigo do herói é um "passaporte" e tanto.
Aí o filme começa a ficar engraçadinho, mas nada espetaculoso. Uma e outra situação interessante, principalmente as inserções de detalhes da nossa cultura pop: Star Wars, Titanic, Avatar, Transformers , Home Theater, Kiss etc. O longa serve como passatempo de férias, uma espécie de desculpa para sair de casa e ficar 1h20 em um belo ar condicionado, comendo pipoca e bebendo refrigerante. Isso se você precisa de uma desculpa.
Confesso que fiquei decepcionada com o filme, mas quem viu em 3D ficou ainda mais. É o que eu digo: não queiram ver em 3D só porque tem essa opção. Para ser um bom 3D o filme tem que ser feito, desde o início, para isso. De outra maneira é apenas jogar dinheiro fora! Portanto, antes de ir ao cinema e pagar ingresso exorbitante para 3D, procure ler as críticas e matérias sobre o filme.

Nota: 6

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As Viagens de Gulliver (Gulliver’s Travels)
Diretor: Rob Letterman
Atores: Jack Black, Emily Blunt, Jason Segel, Amanda Peet
2011, comédia

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