quinta-feira, 13 de maio de 2010

Os Vampiros - Eles não morrem mesmo!


Em pleno século XXI, começamos a sofrer, há 2 anos, a invasão dos vampiros sugadores de sangue, nas nossas telonas de cinema e nas nossas nem tão “telinhas” de televisão. Porém, mesmo um personagem atemporal sofre modificações temporais.
Lembro-me quando finalmente matei a minha curiosidade e assisti, na TV, ao filme “Nosferatu” (1922). Tentei esboçar um certo medo, até por respeito a uma obra clássica, mas não deu... O vampiro era tão caricato que não deu para controlar as risadas em várias cenas.
Outro filme, para mim um dos melhores do gênero terrir, foi “A Dança dos Vampiros”(1967), com Roman Polanski dirigindo e interpretando o medroso assistente Alfred. Não dá para esquecer o vampiro homossexual ou o vampiro judeu, que não sofria nenhum efeito adverso com a tradicional cruz. Ah, e também, é claro, a cena que dá nome ao filme, o baile com todos os vampiros dançando... Antológica!
Vi alguns filmes, não muitos, de Christopher Lee e, confesso: tinha um baita medo dele.
Aí, eis que surge, em 1992, o filme “Drácula de Bram Stoker”, com o fantástico ator britânico, Gary Oldman. Noooossa, chorei, torci, me apaixonei por ele... E olha que ele nem tinha carro volvo prata. Mas foi esse filme, a meu ver, que abriu as portas para outros tantos.
Um dos mais interessantes é “Entrevista com o Vampiro” (1994). Brad Pitt interpreta Louis de Pointe Du Lac, um vampiro, literal e psicologica e espiritualmente sem sangue, cheio de problemas existenciais... Um chato! Mas o filme ganhou sangue e vida com Lestat de Lioncourt, excelente interpretação de Tom Cruise. Um vampiro extremamente sedutor e sem nenhuma moral. Não posso deixar de mencionar as marcantes interpretações de Kirsten Dunst (como Claudia, uma criança vampira) e Antonio Banderas (como Armand).
Em 2008/2009 a vampirada levanta das suas tumbas e invade geral! Na TV surge True Blood (2008), baseada na série de livros Vampiros do Sul, de Charlaine Harris. É uma série mais adulta, com muito sexo. Temos os vampiros e os humanos vivendo, na medida do possível, civilizadamente, principalmente depois que os japoneses (sempre eles) desenvolveram um sangue sintético para exportação. O vampiro Bill Comton (Stephen Moyer) se apaixona pela mortal telepata Sookie Stackhouse (Anna Paquin), e nessa vidinha razoavelmente calma, na cidade de Bon Temps, aparece de tudo: metamorfo, viciados em sangue vampírico, bacante e sabe lá mais o que vira na 3ª temporada. Destaque para Eric Nothman (Alexander Skarsgård), vampiro xerife da Area 5 que deseja ter Sookie e todas nós, telespectadoras mortais, desejamos tê-lo... Que vampiro!
Em 2008 chega nas telas de cinema os vampiros pupurinados da série Crepúsculo, baseado nos livros de Stephenie Meyer, encabeçado pelo galã das teen-agers (e as nem tanto), Robert Pattinson (como Edward Cullen). Também apaixonado por uma mortal, Bella Swan (Kristen Stewart), Edward já é um vampiro modernoso: não possui as famosas presas afiadas, não dorme em caixões, não tem medo de cruz e circula sem problemas durante o dia, desde que não haja sol. Não que ele vá morrer, mas sua pele fica cintilante e aí o povo descobriria que ele e sua família são diferentes...
Voltando para a televisão, em 2009 estréia outra série de vampiros, The Vampire Diaries, mais para o público teen, ou seja, bem menos sexo que o True Blood, mas também baseada nos livros da trilogia Diários do Vampiro, de Lisa Jane Smith. Eu li o primeiro, O Despertar, e gostei muito mais da série. Nós temos uma mortal, Elena Gilbert (Nina Dobrev), que se apaixona pelo vampiro bonzinho Stefan Salvatore (Paul Wesley) que tem um irmão, Damon Salvatore (Ian Somerhalder), que é o vilão, mas que também não é tanto assim vai... O fato é que ela descobre que é a cara de uma mulher que roubou os corações dos irmãos Salvatore e que, inclusive, foi a responsável pela transformação deles como vampiros. Olha o bafão aí! Ah, esses vampiros têm presas e alguns deles podem muito bem andar durante o dia, com ou sem sol, desde que possuam uma espécie de amuleto encantado.
Pois é, os anos passam, os vampiros mudam, mas o fascínio que eles exercem em nós é imortal. Não importa o quão diferentes eles sejam. Tem gente que não gosta de tanta modernidade: "Pô, vampiro que não tem dente e não queima no sol não é vampiro". Eu não sou tão conservadora assim, mas confesso que, de todos, o meu preferido é o Drácula de Bram Stoker, mas minha mente e meu coração estão sempre abertos para novas experiências. Por isso, como não amar, também, os purpurinados?

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