quarta-feira, 2 de março de 2011

Bruna Surfistinha

O filme conta a história da jovem Raquel, filha de classe média paulistana que um dia sai de casa e toma uma decisão surpreendente: virar garota de programa. Em pouco tempo, Bruna Surfistinha passa a ser uma celebridade nacional, contando sua rotina em um blog.

Há uns 15 anos eu li o livro “O Doce Veneno do Escorpião”, em e-book. Lembro de ter achado o livro uma droga. Uma e outra coisa interessante, mas o básico era sexo sexo sexo.
Agora filmaram o livro, ou, melhor dizendo, transformaram algumas partes do livro em uma cinebiografia. Não gostei do livro e não gosto de Deborah Secco. Portanto, pensei: "não assistirei nem por um decreto". Porém, o filme vazou na net e aí, queima-se a língua pois, a curiosidade bateu mais forte: baixei e assisti.
No filme a Raquel começa no estilo vitimizada (não se sentia amada pelo pai, seus colegas de colégio achavam-na esquisita e só queriam sacanagem com ela) e acaba se transformando em uma Bruna quase que martirizada (se tornou prostituta porque não queria depender de ninguém, assumiu uma culpa que não tinha para salvar uma amiga etc). Depois disso tudo, transforma-se em uma heroína solitária, que cria e utiliza o blog como marketing pessoal. Nossa, estava quase acendendo uma vela, tamanha transformação do livro para o filme.
Não entrando nesse esquema livro x filme, o fato é que Deborah fez uma Raquel/Bruna com uma trabalhosa expressão corporal para cada estágio da personagem. Particularmente, como já disse no início, não gosto do trabalho da Deborah, pois acho sempre a mesma coisa, tirando um ou dois personagens feitos por ela. No longa, Deborah teve que deixar de lado um certo pudor (pontos para ela, já que não deve ser fácil), uma vez que ela não interpreta uma freira e sim uma prostituta, mas o filme, diferente do livro, está longe de ser vulgar.
Achei que algumas cenas foram uma certa forçada de barra, principalmente a do salão de beleza, quando a personagem da Fabíula Nascimento finge ter um orgasmo. - Já sei, você lembrou do filme Harry e Sally, pois é, eu também, mas pare por aí que não tem nada a ver. Também não entendi o porque de tantas músicas estrangeiras na trilha do filme: Rolling Stones, Radiohead, The Flaming Stars etc.
Enfim, o filme está aí e não deixa de ser um programa (hmmmm) para quem tiver a fim de pagar para ver.

Nota: 6

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Bruna Surfistinha
Diretor: Marcus Baldini
Atores: Deborah Secco, Cássio Gabus Mendes, Drica Moraes
2011, drama biográfico

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